sexta-feira, 11 de março de 2016

O dia em que pedi uma intervenção militar constitucional

Por Fernando Castilho



Ok, amigo leitor, se você chegou até aqui, peço que leia o texto todo antes de me interpretar mal.

Os comandantes militares são especialmente treinados em estratégias de combate, escaramuças e guerra, portanto, têm suficiente sensibilidade de perceber o que realmente está ocorrendo no país quanto ao desrespeito aos poderes da Constituição, objeto de sua defesa e aos riscos de confrontos de grupos. Eles sabem que se Lula for preso sem provas, o país pega fogo.


A situação política no Brasil é de uma gravidade somente comparável aos golpes de 1954 e 1964. É um quebra-cabeças difícil de se montar, mas vamos tentar.


Teoria da Conspiração

Com seu ingresso no Brics, o Brasil passou a ser o mais importante país da América Latina, mas seus maiores interlocutores e parceiros comerciais passaram a ser a partir de então, a China e a Rússia, dois dos maiores e mais poderosos adversários americanos.

Até junho de 2013, Dilma Rousseff navegava em águas tranquilas com um índice de aprovação que lhe garantiria uma vitória tranquila em 2014. Porém, algo inusitado ocorreu.

A partir de um movimento pelo congelamento das passagens de ônibus, vindo da ultra-esquerda, o gigante acordou.

Lembremos que o Arnaldo Jabor uma noite criticou o movimento e já na noite seguinte o apoiava incondicionalmente. Ordens do chefe.

Quem é o chefe? A Globo? Não. Alguém acima dela.

Era fundamental que se impedisse Dilma de ser reeleita.

Era imprescindível que o governo brasileiro voltasse às mãos daqueles mesmos lacaios que privatizaram quase tudo. Já havia a garantia de que o Brasil, caso Aécio Neves vencesse, deixaria o Brics e voltaria aos braços do Tio Sam.

Não há provas, tudo parece ficção, mas é fato que a queda do avião que vitimou Eduardo Campos propiciou o aparecimento de Marina Silva, esta sim opositora ferrenha de Dilma.


E Dilma quase perdeu.

Fim da teoria.


Imagem real n°1.

Durante os 8 anos dos governos Fernando Henrique as Forças Armadas reivindicaram em vão a compra de caças e a construção de submarinos e tanques, uma vez que seus equipamentos se tornaram obsoletos.

FHC não só não se mexeu como também reduziu o orçamento militar causando um sucateamento no setor de defesa.

Os militares não gostaram nada do governo FHC.

Veio Lula.

Este iniciou o processo de compra de caças mas em meio a vários empecilhos criados pelos americanos, perdeu muito tempo e não resolveu o problema.

Mas foi no governo Dilma que enfim 36 caças Grispen foram adquiridos à Suécia.


O fato desagradou demais os americanos uma vez que o contrato com os suecos estabelecia a transferência de tecnologia, coisa que eles se negam a fornecer.

Além disso, Dilma iniciou a construção de 5 submarinos, sendo um deles nuclear.

Este submarino nuclear, em parte construído na França, em parte no Brasil, representará um grande avanço na Marinha brasileira.

E é aí que mora o perigo.

O contrato também prevê transferência de tecnologia.

Toda a tecnologia nuclear está sendo desenvolvida pelo Brasil.

A Odebrecht é uma das construtoras envolvidas no projeto.

Os americanos odiaram a ideia, novamente pela transferência de tecnologia, mas mais do que isso, este submarino é estrategicamente importante na defesa de nossas águas continentais, o que inibiria posições americanas.

Os comandantes militares devem sentir calafrios só de pensar em perder os caças e os submarinos. Devem estar muito preocupados.


Imagem real n° 2.

A corrupção na Petrobras passou a ser utilizada como pretexto para muita gente pedir sua privatização, no que estariam interessados mega investidores como George Soros e os irmãos Koch, patrocinadores do Movimento Brasil Livre do Kim Kataguiri.

A ações da empresa passam a despencar, mas Soros compra muitas ações na baixa.

José Serra apresenta em regime de urgência projeto para transferir 30% das atividades de exploração do pré-sal para companhias estrangeiras, entre elas a Chevron americana.

A tentativa de impeachment de Dilma sofreu revés uma vez que ela não deixa rabo, ou seja, nada pesa de ilícito contra ela. Mesmo assim, o ministro do TRE, Gilmar Mendes reabre processo para verificação de contas de sua campanha que já haviam sido aprovadas. O processo pode dar cassação do mandato.

O alvo passa a ser Lula, afinal uma pesquisa de opinião mostrou que, apesar de ter sua imagem desgastada, ele ainda é o mais forte candidato para 2018.

Pior, também para 2022.

Isso adiaria demais o sonho americano e daria muito tempo para o Brics se tornar um sucesso.

Acharam que dentro da lei iria ser fácil pegá-lo mas Lula também não deixa rabo.

Então, que seja fora da lei.

Um tríplex que não é de Lula surge como tentativa de ocultação de patrimônio.

Antes da Lava Jato se uma pessoa pedisse para que outra provasse ser proprietária de um imóvel, bastaria esta apresentar um documento de escritura.

Mas a mesma pergunta para quem não é proprietário de um imóvel só pode ser respondida com um não, pois não existe um documento de não propriedade. Mas a Lava Jato exige esse documento.


Imagem possivelmente real n° 1.

Lula foi conduzido coercitivamente a depor no aeroporto de Congonhas.

Estacionado na pista havia um jatinho da Polícia Federal, cercado de agente à paisana, prontos a levá-lo preso para Curitiba.

Um coronel da Aeronáutica foi informado do fato e imediatamente ordenou que o jato fosse cercado por seu batalhão.

Não há ainda uma confirmação do episódio, mas parece bastante verossímil uma vez que Moro abortou a ação.

Se o episódio de fato ocorreu, provavelmente o coronel teria entrado em contato com seus superiores, relatado a situação e solicitado instruções. E elas teriam sido dadas.

Ok, encerradas as imagens, vamos aonde quero chegar.

O Poder jurídico do país parece dominado pelas forças que agirão sem pestanejar para prender Lula, derrubar a presidenta e restaurar o poder aos velhos lacaios de sempre.

Feito isso, a Lava Jato deixa de existir, Aécio e outros da oposição, que foram delatados não responderão a nenhuma investigação e talvez até Eduardo Cunha se safe.

Alguém, qualquer um que não seja do PT, assumindo trata de retirar o Brasil dos Brics, de cancelar o contrato dos caças e de sucatear os submarinos. Com as bênçãos americanas.

Não há a quem recorrer, nem ao STF que faz vistas grossas a tudo.

A Constituição Federal, em seu Capítulo II, DAS FORÇAS ARMADAS, Art. 142, diz: As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Bem, os comandantes militares, embora não sejam políticos, são especialmente treinados em estratégias de combate, escaramuças e guerra, portanto, têm suficiente sensibilidade de perceber o que realmente está ocorrendo no país quanto ao desrespeito aos poderes da Constituição, objeto de sua defesa e aos riscos de confrontos de grupos. Eles sabem que se Lula for preso sem provas, o país pega fogo.

Se ainda não agiram, isso talvez se deva à falta de uma ordem direta da presidenta, que não virá, uma vez que ela é republicana demais para perceber a necessidade de intervir agora.

Porém, a possibilidade de que seja verídica a ação do coronel da Aeronáutica talvez seja a senha.

Nunca imaginei ansiar por uma intervenção militar, mas neste momento, na contra-mão dos motivos da direita reacionária, parece que não haja outra saída.

Cabe aos comandantes militares defenderem neste momento a Constituição e a Democracia.

Se não o fizerem, perderemos todos e estaremos sujeitos a um retrocesso de consequências imprevisíveis.

Sem a intervenção os bandidos de toga não vão parar de desrespeitar o Estado de Direito a duras penas conquistado.

Se a defesa tiver que partir dos militares, que seja.

Fora que seria um tapa de luva de pelicano nos coxinhas que pedem intervenção militar com objetivos sinistros.





4 comentários:

  1. Talvez seja mesmo a solução, mas eu esperava mais rigor da presidenta sem que precisássemos ter que contar com a ajuda das forças armadas, até porque, sabe-se lá se as 3 forças estão em sintonia. Basta um comando disto ar pra que toda a teoria vá por água abaixo. Arriscado.

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  2. O comando das FFAA deixou claro outro dia que obedece ordens do seu chefe supremo, a presidenta. Mas há riscos. No entanto talvez não sejam maiores que as demais possibilidades. Como funciona uma intervenção desse tipo? Como fica o Congresso? Quais são os passos? Vou me informar, bjs

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  3. O Lott deu um 'golpe militar' para garantir a posse de JK!

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