quarta-feira, 30 de março de 2016

Você pagará o pato da Fiesp?

Por Fernando Castilho





Esse pato é como um cavalo de Troia golpista. De dentro dele, se você bobear, sairá uma série de duros golpes aos trabalhadores como terceirização de atividades fim, revogação da lei que garante reajuste automático do salário mínimo, extinção do 13° salário, fim das férias remuneradas, etc..

Quem paga imposto no Brasil?

Você, trabalhador assalariado, que recebe seu holerith no final de cada mês e vê ali discriminado seu recolhimento na fonte, sem choro nem vela.

Mas quando se trata de empresários e empresas fica difícil acreditar que o mesmo ocorra, não?

Veja os casos de Globo, Unibanco e outros que devem ao governo milhões de reais. Fora outros que enviam dinheiro a paraísos fiscais e você nem fica sabendo.

A Fiesp escreve no seu pato: Não vou pagar o pato.

E tem razão, não vai mesmo. Quem vai pagar, como sempre, é você.

Hoje os jornais amanheceram com enormes e caros anúncios pagos pela Fiesp com os dizeres: IMPEACHMENT JÁ!


Foto: Ricardo Lísias
Justamente eles que apoiaram o golpe de 1964.

O pato golpista está presente em quase todas as capitais do país.

Ele é enorme, muito mais resistente que o pixuleco e vive cercado por seguranças armados, terceirizados como convém à entidade.

O custo deve ser enorme.

Então pergunto: estão todos unidos, trabalhadores e patrões, ou seja, proletariado e burguesia em torno dos mesmos ideais?

É assim que você imagina? Uma relação harmoniosa?

Saiba que historicamente essa relação é de conflito e não pode existir harmoniosamente.

Se você cochilar, a burguesia lhe subtrai direitos a duras penas conquistados.

E esse pato é como um cavalo de Troia. De dentro dele, se você bobear, sairá uma série de duros golpes aos trabalhadores como terceirização de atividades fim, revogação da lei que garante reajuste automático do salário mínimo, extinção do 13° salário, fim das férias remuneradas, etc..

Lembre-se que a legislação trabalhista brasileira é das mais avançadas no mundo. Em outros países desenvolvidos não existe 13° nem férias remuneradas.

Não desconfie. Apesar de parecer ficção e coisa de quem é cruel demais, há possibilidade real de que isso se concretize. É um velho sonho do empresariado, de Michel Temer, Armínio Fraga e José Serra.

É por isso que a Fiesp apoia o golpe para derrubar Dilma.

Com Temer no governo essas medidas serão paulatinamente adotadas, pode estar certo.

Perceba que a entidade, por não ter base, procura utilizar-se de incautos que lutem por seus interesses, disfarçados em interesses nacionais.

Se você se deixar usar como massa de manobra, aí sim, estará pagando o pato.

Mais uma vez.


ATUALIZAÇÃO:

O pato acaba de ser abatido em Brasília!



4 comentários:

  1. Esses direitos trabalhistas já estão sob risco no governo petista, as tentativas de aprovação não dependem de resistência do PT, mas da opinião pública. Só passam pelo Congresso, ou seja, nada muda se o presidente for Temer ou Dilma, aliás se passasse, Dilma iria sancionar com certeza.
    Em vez de atacar o pato, que todos sabem ser dos industriais da FIESP, porque defender o PT, que como partido dos TRABALHADORES, nada fez por nós nesses treze anos no poder?
    Sou bancário e sei que meu salário não aumenta acima da inflação pretérica por influência da CUT, que domina as negociações e faz negociatas.

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    1. As industrias, empresas e bancos nunca ganharam tanto dinheiro quanto os anos do PT, isto é fato. Apenas no ultimo mandato esta ocorrendo problemas economicos que poderiam ser corrigidos se a oposiçao deixasse o governo trabalhar.... lamento por sua posiçao.

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  2. Há divergências. O 13* não existe, mesmo. Faça as contas. Divida seu salário anual pelas 52 semanas e verá.
    Quanto a não existir 13 salários por ano, diria que tem países que têm muito mais. 17 salários, dependendo dos resultados, chama-se participação nos lucros.

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  3. Quem paga o pato são os trabalhadores, e não este safado do SKAF fascista, temos que tirar este cara da FIESP.

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