É
sempre assim.
Em
todas as retas finais de eleição, quando o PT está à frente, a
mídia dá um jeito de colocar camisas do partido em sequestradores, como
nas eleições de 1989, ou editar o vídeo de um debate entre Collor
e Lula no mesmo ano, ou ainda, transformar uma bolinha de papel
atirada em Serra num atentado, em 2010. Agora não foi diferente. Sempre há um golpe preparado por ela, bandida e escroque por natureza.
A
revista Veja, panfleto semanal do PSDB, não se fez de tímida na
reta final destas eleições. Publicou uma matéria em que o
ex-diretor da Petrobrás, demitido em 2012 pela presidente da
companhia, Graça Foster, Paulo Roberto Costa, preso há seis meses,
denunciou em delação premiada, vários políticos da base aliada do
governo Dilma Rousseff, como participantes de um amplo esquema de
corrupção.
O
panfleto em que mais da metade das páginas é de publicidade e o
resto é de ódio e mentiras, não apresenta uma prova, uma fonte e nenhum depoimento sequer.
Como sempre, certamente
a mídia agora utilizará essa denúncia como sua bala de prata
contra Dilma. Mais tarde, findas as eleições, pode ser até que as
denúncias sejam consideradas vazias, já que está mexendo com
alguns cachorros grandes, mas o estrago já estará feito.
Eduardo
Campos, apesar de estar na lista, não deverá atingir Marina. Esta
continuará a falar frases sem sentido, e não explicará nada.
Para
ela, a bomba é outra. Poderá ter algo a ver com o avião de Eduardo Campos. Será estourada em seguida, ou estará reservada para o 2° turno, caso
a mídia logre êxito em destruir Dilma, o que é improvável diante
dos históricos 34% de índice do PT. Tudo vai depender se Aécio
aproveita a ajuda da revista ou não.
Parece
que a análise da conjuntura das eleições presidenciais feita por
este blog em 3 de setembro caminha no sentido certo. No texto Aécio ainda é o plano A da mídia,
o blogueiro elencou as razões pelas quais, apesar de Marina Silva se
esforçar para parecer aos olhos da mídia e de seu novo deus, o
mercado financeiro, como a alternativa confiável a assumir o posto
do tucano, esta não convence. E acertou ao dizer que vinha algo por aí.
É
totalmente certo que não querem Dilma. Mais ainda, a odeiam, e ao
PT, afinal, embora há quem diga que não há mais diferença entre direita esquerda no país, para a mídia, está claro que há sim. A razão do ódio é a grande redução da desigualdade social ao longo de 12 anos, em que 30 milhões de pessoas saíram da linha da miséria. Inaceitável...
É
certo também que para eles, Aécio representa a bóia salvavidas do
PSDB, uma vez que sua derrota, além da perda do governo de Minas
Gerais para Fernando Pimentel do PT, transformarão os tucanos em um
partido quase nanico. Isso tem que ser impedido.
Logo
após a morte de Eduardo Campos, Marina Silva foi inflada além da
conta. Ao invés de tirar votos de Dilma, tirou votos de Aécio, o
que justamente a mídia não queria.
Foi
um tiro no pé.
Agora
torna-se fundamental tentar corrigir o erro.
É
a isso que veio a matéria de Veja.
Editora Abril |
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