quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Sabrina Sato pula a cerca e dá ajeitada no bumbum!

Por Fernando Castilho


Foto UOL/Folha
Dirão: ''É carnaval, é assim mesmo, o Brasil para e ninguém quer saber de coisa séria, de política, todo mundo quer é cair na folia. Você é que não gosta de carnaval!

É verdade que não gosto. Não sei sambar, portanto posso ser doente do pé, e talvez até um tanto ruim da cabeça, graças a Deus. Mas mesmo assim, ainda acho que sou uma boa pessoa.

No país do carnaval não se pode considerar normal que praticamente nada do que acontece na política seja noticiado. Embora muita coisa esteja parada mesmo.

As ''notícias'' sobre o carnaval e o BBB tomaram os jornalões, desconsiderando fatos importantes que aconteceram na semana passada e que, passada a farra, cairão no esquecimento.

Vejamos.

Soubemos do vazamento das contas secretas do HSBC na Suíça, através do jornalista Fernando Rodrigues do UOL em 8 de fevereiro. Rodrigues preferiu omitir os nomes dos envolvidos.

São 8 667 contas num total de 7 bilhões de dólares sonegados! E tem gente envolvida na Operação Lava Jato. Talvez gente da grande mídia...Da oposição...Graúdos. Muito grave.

Após a denúncia, porém, tudo continua antes no quartel de abrantes. Se entre os nomes tivesse um petista, a cobertura do carnaval parava...

No Paraná, 100% das escolas estaduais estão em greve. 100%!

Os ônibus de Curitiba pararam.

Beto Richa (PSDB) propôs um “pacote de maldades” para ser aprovado em regime de urgência pelos seus deputados cupinchas. O governador queria pegar 8 bilhões da Previdência do Paraná. Dinheiro do contribuinte para pagar fornecedores.

Richa fez de tudo, deu calote em professores, bombeiros, policiais e outras classes, não pagando férias, atrasando décimo terceiro e demitindo professores PSS que haviam sido aprovados, além de faxineiros, merendeiros, porteiros etc.

Em reação ao pacote, mais de 20 mil professores e funcionários públicos ocuparam a Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, motivo pelo qual, os deputados cupinchas fugiram vergonhosamente pela porta dos fundos.

Richa conseguiu que decretassem a expulsão deles do local. Mas a PM se recusou a cumprir a ordem e foi embora. Desobediência ao governador, que é o comandante maior da corporação. Bicho feio!

Além disso, o governador passou a mão em dinheiro destinado a pagamentos de precatórios, o que é ilegal e tecnicamente pode lhe valer processo de impeachment. Aliás, já há ato marcado para isso no dia 21 de fevereiro.

Nem um pio da mídia...

São Paulo, ainda graças ao governador Geral Alckmin (PSDB), atravessou o período do carnaval sem água. Os jornais que já não noticiavam o racionamento, mas limitavam-se a dizer eufemisticamente que havia uma crise hídrica em todo o país, esqueceram-se de vez do problema. A turma suou pra valer, e quando voltou pra casa não havia água para o banho.

Como se vê, os dois estados-vitrine do PSDB vão mal devido à má gestão dos tucanos. E um deles poderá sofrer impeachment e o outro poderá ter inviabilizada sua candidatura para Presidente em 2018.

Um quarto fato importante passou desapercebido pela mídia. Em clima de carnaval, quando bobagens são o tempo todo divulgadas, o viral nas redes sociais ''Impítiman é meuzovo!'' não deveria passar batido. Virou febre e inspirou blocos carnavalescos. Mas como trolou com a poderosa Globo, suas irmãs fieis deixaram quieto.

Só uma notícia não passou desapercebida pela imprensa:
O ex ministro do STF, Joaquim Barbosa, pelo twitter, pediu à Dilma a cabeça do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo por este ter recebido em audiência, advogados de réus da Operação Lava Jato.

Agora todos os dias o fato é repercutido. Lógico, ele não é Beto Richa nem Geraldo Alckmin. Ele é do PT.

A Folha tenta transformar a audiência com advogados, um ato corriqueiro, que sempre existiu, em novo escândalo, tentando mostrar que a presidenta blefou quando disse que o Governo não interfere nas investigações, e que não restará pedra sobre pedra. Aliás, já faz parte da tradição da imprensa, usando um determinado tom de denúncia, transformar o lícito em ilícito.

Felizmente, Cardozo agora tem que, ao contrário do que fazia antes, sentar a pua e reagir.

E já começou, ao dizer que a críitica ao encontro com advogados e típica da ditadura. Um tapa com luvas de pelica em JB. E também na Folha.

Mas já pensaram se Sabrina Sato fosse petista?


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