Charge por Pataxó pataxocartoons.blogspot.jp
Pataxó |
Sempre
contra o PT, o panfleto dos tucanos, costuma todas as semanas,
brindar a direita mais reacionária do país, com capas contendo
manchetes em letras garrafais impressas sobre ilustrações de
sensacionalistas, de muito mau gosto.
Se
há um escândalo contra o PSDB, não mostra.
Mas
se há uma ponta de dúvida sobre uma possível denúncia de desvio
de conduta da cunhada da amiga do jardineiro do Palácio do Planalto,
lá está a capa.
Diogo
Mainardi foi pago como pistoleiro, para todos os domingos tentar
matar um pouquinho Lula. Lula, republicana e eticamente, respeitando
a liberdade tresloucada de expressão, nunca reagiu.
Mas
as balas disparadas a esmo pela coluna acabaram por ricochetear em
outros políticos ou em jornalistas. Mainardi teve que se mandar para
a Itália para fugir ao grande número de processos que se acumularam
contra ele.
Hoje,
quem faz o serviço sujo é Reinaldo Azevedo, não sem antes beijar
sua medalhinha, onde uma há uma foto estampada de José Serra.
Reinaldo Azevedo e José Serra |
Veja não se preocupa em checar fontes, se há uma oportunidade de atingir Lula ou Dilma.
Em
2012, Ricardo Setti, jornalista da revista, publicou como verdadeira
uma fotomontagem grosseira que estava circulando nas redes sociais,
autêntico fake, em que Lula aparece abraçado a Marisa Letícia e Rose
Noronha, indiciada por coordenar um mega esquema de corrupção ativa
e tráfico de influência para beneficiar empresas que faziam
negócios com o Governo Federal.
Em
2009, Dilma chegou a aparecer ao lado de um fuzil. A “ficha”
(falsa) da ministra no Dops (“capturada”) circulou em blogs de
extrema-direita. Veja não se avexou e a publicou.
A
CPI que investigou Carlinhos Cachoeira elaborou um relatório sobre o
longo relacionamento de Cachoeira e Policarpo Júnior, jornalista da
Veja, onde consta que ele não mantinha com Cachoeira "uma
vinculação que se consubstanciava apenas na relação de jornalista
e fonte". Seus aliados "alimentavam de informações o
jornalista e usavam as matérias assinadas e/ou pautadas pelo
jornalista ou sua equipe como uma arma letal para prejudicar
adversários, destruir personalidades e biografias, criar e promover
de modo amiúde falsos moralistas e paladinos da ética, visando
sempre alcançar o êxito político e econômico" da
organização.
Policarpo Junior, afirma o relatório, "aderia
aos estratagemas e utilizava as informações que lhe repassavam o
grupo criminoso, na exata medida em que tais enredos pudessem se
coadunar com os caminhos e as visões de mundo que orientam a linha
editorial do conglomerado que o emprega". Leia matéria completa aqui
Policarpo Júnior e Carlinhos Cachoeira |
Há,
segundo o relatório, casos em que Veja teria mantido como
verdadeiras histórias que sabia não ser verdadeiras. Em maio de
2011, Veja publicou reportagem na qual acusava o ex-deputado e
ex-ministro do governo Lula José Dirceu (PT) de ser responsável por
ter transformado a construtora Delta na maior parceira do governo
federal no PAC. Segundo o relatório, a revista acusava Dirceu de
fazer “tráfico de influência”.
O
relatório da CPI mostra, no entanto, diálogos entre Cachoeira e
Cláudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste, nos quais eles
afirmam que Dirceu nada tinha a ver com a entrada da Delta nas obras
federais. Segundo o relatório, mesmo informado de que Dirceu não
tinha influência sobre os contratos da Delta com o governo federal,
a história foi mantida.
Em
2012, repórter da Veja escreveu um artigo calunioso sustentando que
Lula teria se encontrado com o publicitário Marcos Valério, quando
presidente da República, para acertar detalhes do chamado
“mensalão”, que envolveria uma quantia muito maior do que a
atribuída no julgamento do Supremo Tribunal Federal, alcançando R$
350 milhões. O autor da matéria afirma ali, que as graves
denúncias feitas contra Lula estão baseadas no ouvir dizer,
em “revelações de parentes, amigos e associados” do empresário
Marcos Valério, que teria extravasado a eles seu inconformismo por
sua condenação no processo do chamado “mensalão”.
O
próprio advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, prontamente
desmentiu as mentiras da revista da família Civita e afirmou que seu
cliente não conversou com nenhum jornalista. Mentira pura.
Veja
também destruiu reputações.
O
ex-ministro Luiz Gushiken foi acusado pela revista de ter participado
do esquema do chamado mensalão. Inocentado pelo STF, ganhou após
sua morte um processo contra a revista. Mas sua reputação já tinha
sido destruída.
Luiz Gushiken |
Em
2012, O então ministro dos esportes, Orlando Silva (PcdoB) teve que
pedir demissão, devido à denuncias de Veja, de ser beneficiário de
um esquema de desvio de recursos do Programa Segundo Tempo, que
financiava projetos de organizações não governamentais para
estimular a prática de esportes entre jovens. Foi inocentado, mas
sua imagem fora duramente atingida.
Agora,
mais recentemente, próximo às eleições presidenciais, com o claro
intuito de atingir Dilma Rousseff, a revista volta à carga com uma
lista de ex-ministros e parlamentares feita pelo ex-funcionário da
Petrobrás, Paulo Roberto Costa.
Essa
lista seria integrante de seu processo solicitando abrandamento da
pena por corrupção, através de delação premiada. Se Veja
conseguiu acesso ao homem, não se sabe. O fato é que o processo
encontra-se guardado como segredo de justiça, e nem mesmo o
Ministério da Justiça conseguiu acesso a ele.
Haveria
muito mais o que relatar em todos esses anos de existência desse
panfleto, mas já está mais que ilustrado.
A
publicação deixou de há muito de ser um veículo informativo
semanal de confiança.
Hoje,
praticamente metade de suas páginas são dedicadas a anúncios e a
campanha por assinaturas nunca esteve tão agressiva, oferecendo
incríveis descontos, num claro sinal de que as coisas vão mal para
a Abril.
A
revista cada vez mais se esmera em contratar colunistas de direita,
como o menino maluquinho, Rodrigo Constantino, o roqueiro decadente,
Lobão e, é claro o Reinaldão. Por isso, fica só no nicho dos
ultra coxinhas que masturbam dominicalmente seu ódio contra o PT. A
revista expande, só encolhe.
Seu
custo de produção haverá de torná-la inviável num futuro não
muito distante.
Dia
a dia perde credibilidade, restando a ela, portanto, corromper,
forjar, caluniar, mentir, sugestionar, manipular para conseguir
alguma coisa que possa publicar.
Não
são os poderes executivo ou legislativo os maiores corruptos do
país. Veja é hoje a campeã absoluta de corrupção no Brasil.
Ninguém
a supera. Nem mesmo o Jornal Nacional.
Se
necessita corromper para atingir seus objetivos inconfessáveis, ela
não hesita.
Até
o dia em que fechar...
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