sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Veja, a campeã em corrupção!

Por Fernando Castilho

Charge por Pataxó pataxocartoons.blogspot.jp


Pataxó
A revista Veja, linha auxiliar do PSDB, da famiglia Civita, há anos tem se esmerado em mentir aos seus leitores, não poupando para isso, vários artifícios e artimanhas.

Sempre contra o PT, o panfleto dos tucanos, costuma todas as semanas, brindar a direita mais reacionária do país, com capas contendo manchetes em letras garrafais impressas sobre ilustrações de sensacionalistas, de muito mau gosto.

Se há um escândalo contra o PSDB, não mostra.

Mas se há uma ponta de dúvida sobre uma possível denúncia de desvio de conduta da cunhada da amiga do jardineiro do Palácio do Planalto, lá está a capa.

Diogo Mainardi foi pago como pistoleiro, para todos os domingos tentar matar um pouquinho Lula. Lula, republicana e eticamente, respeitando a liberdade tresloucada de expressão, nunca reagiu.


Mas as balas disparadas a esmo pela coluna acabaram por ricochetear em outros políticos ou em jornalistas. Mainardi teve que se mandar para a Itália para fugir ao grande número de processos que se acumularam contra ele.

Hoje, quem faz o serviço sujo é Reinaldo Azevedo, não sem antes beijar sua medalhinha, onde uma há uma foto estampada de José Serra.

Reinaldo Azevedo e José Serra

Veja não se preocupa em checar fontes, se há uma oportunidade de atingir Lula ou Dilma.
Em 2012, Ricardo Setti, jornalista da revista, publicou como verdadeira uma fotomontagem grosseira que estava circulando nas redes sociais, autêntico fake, em que Lula aparece abraçado a Marisa Letícia e Rose Noronha, indiciada por coordenar um mega esquema de corrupção ativa e tráfico de influência para beneficiar empresas que faziam negócios com o Governo Federal.

Em 2009, Dilma chegou a aparecer ao lado de um fuzil. A “ficha” (falsa) da ministra no Dops (“capturada”) circulou em blogs de extrema-direita. Veja não se avexou e a publicou.

A CPI que investigou Carlinhos Cachoeira elaborou um relatório sobre o longo relacionamento de Cachoeira e Policarpo Júnior, jornalista da Veja, onde consta que ele não mantinha com Cachoeira "uma vinculação que se consubstanciava apenas na relação de jornalista e fonte". Seus aliados "alimentavam de informações o jornalista e usavam as matérias assinadas e/ou pautadas pelo jornalista ou sua equipe como uma arma letal para prejudicar adversários, destruir personalidades e biografias, criar e promover de modo amiúde falsos moralistas e paladinos da ética, visando sempre alcançar o êxito político e econômico" da organização. 

Policarpo Junior, afirma o relatório, "aderia aos estratagemas e utilizava as informações que lhe repassavam o grupo criminoso, na exata medida em que tais enredos pudessem se coadunar com os caminhos e as visões de mundo que orientam a linha editorial do conglomerado que o emprega". Leia matéria completa aqui
Policarpo Júnior e Carlinhos Cachoeira

Há, segundo o relatório, casos em que Veja teria mantido como verdadeiras histórias que sabia não ser verdadeiras. Em maio de 2011, Veja publicou reportagem na qual acusava o ex-deputado e ex-ministro do governo Lula José Dirceu (PT) de ser responsável por ter transformado a construtora Delta na maior parceira do governo federal no PAC. Segundo o relatório, a revista acusava Dirceu de fazer “tráfico de influência”.

O relatório da CPI mostra, no entanto, diálogos entre Cachoeira e Cláudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste, nos quais eles afirmam que Dirceu nada tinha a ver com a entrada da Delta nas obras federais. Segundo o relatório, mesmo informado de que Dirceu não tinha influência sobre os contratos da Delta com o governo federal, a história foi mantida.

Em 2012, repórter da Veja escreveu um artigo calunioso sustentando que Lula teria se encontrado com o publicitário Marcos Valério, quando presidente da República, para acertar detalhes do chamado “mensalão”, que envolveria uma quantia muito maior do que a atribuída no julgamento do Supremo Tribunal Federal, alcançando R$ 350 milhões. O autor da matéria afirma ali, que as graves denúncias feitas contra Lula estão baseadas no ouvir dizer, em “revelações de parentes, amigos e associados” do empresário Marcos Valério, que teria extravasado a eles seu inconformismo por sua condenação no processo do chamado “mensalão”.

O próprio advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, prontamente desmentiu as mentiras da revista da família Civita e afirmou que seu cliente não conversou com nenhum jornalista. Mentira pura.

Veja também destruiu reputações.
O ex-ministro Luiz Gushiken foi acusado pela revista de ter participado do esquema do chamado mensalão. Inocentado pelo STF, ganhou após sua morte um processo contra a revista. Mas sua reputação já tinha sido destruída.

Luiz Gushiken

Em 2012, O então ministro dos esportes, Orlando Silva (PcdoB) teve que pedir demissão, devido à denuncias de Veja, de ser beneficiário de um esquema de desvio de recursos do Programa Segundo Tempo, que financiava projetos de organizações não governamentais para estimular a prática de esportes entre jovens. Foi inocentado, mas sua imagem fora duramente atingida.

Agora, mais recentemente, próximo às eleições presidenciais, com o claro intuito de atingir Dilma Rousseff, a revista volta à carga com uma lista de ex-ministros e parlamentares feita pelo ex-funcionário da Petrobrás, Paulo Roberto Costa.

Essa lista seria integrante de seu processo solicitando abrandamento da pena por corrupção, através de delação premiada. Se Veja conseguiu acesso ao homem, não se sabe. O fato é que o processo encontra-se guardado como segredo de justiça, e nem mesmo o Ministério da Justiça conseguiu acesso a ele.

Haveria muito mais o que relatar em todos esses anos de existência desse panfleto, mas já está mais que ilustrado.

A publicação deixou de há muito de ser um veículo informativo semanal de confiança.
Hoje, praticamente metade de suas páginas são dedicadas a anúncios e a campanha por assinaturas nunca esteve tão agressiva, oferecendo incríveis descontos, num claro sinal de que as coisas vão mal para a Abril.

A revista cada vez mais se esmera em contratar colunistas de direita, como o menino maluquinho, Rodrigo Constantino, o roqueiro decadente, Lobão e, é claro o Reinaldão. Por isso, fica só no nicho dos ultra coxinhas que masturbam dominicalmente seu ódio contra o PT. A revista expande, só encolhe.

Seu custo de produção haverá de torná-la inviável num futuro não muito distante.

Dia a dia perde credibilidade, restando a ela, portanto, corromper, forjar, caluniar, mentir, sugestionar, manipular para conseguir alguma coisa que possa publicar.

Não são os poderes executivo ou legislativo os maiores corruptos do país. Veja é hoje a campeã absoluta de corrupção no Brasil.

Ninguém a supera. Nem mesmo o Jornal Nacional.

Se necessita corromper para atingir seus objetivos inconfessáveis, ela não hesita.
Até o dia em que fechar...







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