Charge por Pataxó pataxocartoons.blogspot.jp
Marina e Eduardo |
A
Rede Sustentabilidade, partido que Marina Silva estava organizando
para chamá-lo de seu, não conseguira seu registro no TSE.
Faltaram-lhe 95 mil assinaturas que haviam sido impugnadas por
fraude.
Marina
não perdeu tempo. Seu caráter oportunista se manifestou rapidamente
e, num lance digno de raposa matreira, antes que perdesse qualquer
chance de disputar o poder, pulou para os braços de Eduardo Campos
do PSB, na condição de candidata a vice-presidente, deixando seus
seguidores de queixo caído.
Com
a morte do ex-governador pernambucano, em um acidente cujas causas se especulam mas ainda não foram esclarecidas, a ex-senadora, antes que o luto de
três dias terminasse, buscou ser a cabeça de chapa do partido, e
conseguiu.
Durante
meses de campanha, a ''nova política'' defendida por ela e seus
seguidores foi se transformando aos poucos. Valeu tudo, desde alterar
o programa após dois tuítes de Silas Malafaia, até defender a
independência do Banco Central, passando por afirmar que Chico
Mendes era da elite, e que essa história de que era contrária ao
agronegócio não passava de lenda... (continue lendo...)
.
Dilma
Rousseff, em seu horário eleitoral, bateu em Marina, mas tendo o
cuidado de mostrar somente aquilo que ela própria defendia. Marina,
pelo contrário, manifestou um ataque sórdido contra a presidenta,
acusando-a de ter colocado Paulo Roberto Costa na Petrobrás para
assaltar os cofres públicos...
A
ex-senadora morreu na praia, mais pelas próprias contradições que
pelos ataques.
Restou-lhe
agora apelar para a sua tática favorita. Novamente, como em 5 de
outubro de 2013, um ano depois, matreira como a raposa, já procurou Aécio Neves
para lhe propor apoio.
Vamos combinar qualquer dia? |
Não
haveria problema nenhum nisso se o apoio ao tucano, mais que ao PT,
não representasse o embarque direto, sem escalas, na política mais
velha que se possa praticar. Afinal, ela está apoiando o passado, o
retrocesso, o neoliberalismo, o desemprego, as medidas impopulares, a
recessão, enfim, a direita e as elites que sempre governaram o país
antes de 2003.
Para
justificar essa adesão, se vitimiza novamente e, perante seus
seguidores da Rede, se diz magoada com o Partido dos Trabalhadores,
Dilma e Lula.
Acontece
que um candidato ao posto mais alto do país NÃO PODE tomar uma
decisão por mágoa. TEM que tomar decisão pensando no futuro do
país, na manutenção das conquistas. O interesse de 202 milhões
de brasileiros se sobrepõe à sua mágoa.
Mas
amigos, essa história é conversa pra boi dormir. É só desculpa
para sensibilizar a Rede. E ela conseguiu. O quase partido já acatou sua decisão. Vai apoiar Aécio no segundo turno.
Por
trás do choro, o que Marina pretende de fato?
Um
ministério no possível governo tucano?
Seria
o do Meio Ambiente, sua especialidade?
Não,
definitivamente não. Entraria em conflito com ruralistas, com o
agronegócio, com o descaso com que o PSDB sempre tratou a questão.
Ela quer o bem bom.
Daniela
Martins, no blog do jornalista Kennedy Alencar, parece que mata a
charada. Ela sustenta que ''um emissário de Aécio Neves levou à
ex-senadora um convite para que ela assuma o Ministério das Relações
Exteriores, caso o tucano vença a disputa presidencial. A ideia
seria indicar Marina para o Itamaraty a fim de que ela defenda uma
diplomacia verde.
Marina
tem boa imagem internacional. Também teria convergência com Aécio
na mudança de alguns pontos da linha diplomática dos governos do
PT. Com Aécio e Marina, o Itamaraty daria menos foco ao Mercosul.
Tentaria negociar mais com os Estados Unidos e a União Europeia''.
Pataxó |
Dá
pra entender até onde isso pode ir?
Interesses
de quem estarão sendo defendidos?
Já
ouviram falar de George Soros?
Precisa
dizer mais alguma coisa?
O
blogueiro aqui, vislumbra algo mais na negociação. Algo mais sujo
ainda...
À
Aécio Neves, Marina afirmou que o apoiaria se ele levasse adiante
sua proposta de extinção da reeleição. Tem gente dizendo que não
depende dele, depende do Congresso. Mas a verdade é que, caso ele
queira, pode ficar por um mandato apenas.
É
aqui que entra a opinião do blogueiro.
Tudo
já pode estar amarrado.
Marina
levaria a Rede e o PSB a apoiar Aécio no segundo turno, imaginando
que os 21% de votos dela migrem para o tucano. Teoricamente, Aécio
somaria 54%, tornando-o imbatível diante de Dilma, que tem 41%.
Simples. Nesse casamento, o mineiro assume a presidência, enquanto
a acreana fica com o Ministério das Relações Exteriores.
Em
2018, quando provavelmente o PT lançará Lula, as
posições se inverteriam: a candidata do PSDB seria Marina, apoiada
por Aécio que poderia ser seu vice. Sonham ser imbatíveis.
O
projeto para tirar o PT do poder, pode não ser só para agora, mas
também para 2018.
Marina
Silva estaria preocupada com sua biografia?
De
forma alguma. Ela já a jogou no lixo. Só alguns de seus seguidores
ainda não perceberam isso.
Os
espertinhos como ela, já.
Ávidos
por cargos no governo.
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