Eduardo Cunha, o grande ditador |
São trezentos picaretas com
anel de doutor
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou''
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou''
Luís
Inácio (300 picaretas) Paralamas do Sucesso
É
difícil escrever sobre isto. É chato, inclusive. Não é por tédio
ou preguiça. É que essas coisas não deveriam estar acontecendo.
Mas
vamos lá.
Começo
com uma reflexão: estamos vivendo numa ditadura. Não aquela que a
turba que foi às ruas no começo do ano proclama.
Vivemos
a ditadura do Cunha. Ela não tem nada de comunista. Nada de Foro de
São Paulo. Ela é de direita.
Eduardo
Cunha manda no país mais que a presidenta republicana do Brasil. Duvida?
Em
questão de poucos meses ele já fez passar o financiamento empresarial às campanhas e a
redução da maioridade penal, dois temas que mereceriam grande
discussão e reflexão, pela complexidade.
Nos
dois casos, após um primeiro resultado desfavorável a ele.
Sim,
se o projeto não passa, ele maquia e reapresenta no dia seguinte.
Daí passa.
Fere
o Regimento Interno da Câmara e a Constituição. Mas quem se
importa?
303
picaretas votaram a favor da redução. Já no dia seguinte os
picaretas somavam 323.
Claro
que após todas as votações, já se sabendo quais os deputados que
não lhe foram favoráveis, fica fácil comprar um a um. E vinte é
muito fácil.
Talvez
tenha sido isso que aconteceu com o deputado Mandetta do DEM, que
votou contra a maioridade. O único. Já no dia seguinte, mudou seu
voto. Talvez na primeira votação ele já tivesse em mente uma
negociação. E conseguiu o que queria.Quem sabe?
No
caso do projeto das doações empresariais, Cunha e os deputados que o
acompanharam devem ter recebido muitos incentivos das empreiteiras que fazem as doações.
Uma
parte da população foi pega de surpresa, não sabia do que se
tratava, não saiu às ruas protestando pelo comprometimento futuro
de seu emprego, salário e renda.
Outra
parte apoia porque vê nisso uma derrota de Dilma, sem saber que a
derrota não é exatamente dela.
Quanto
ao projeto de redução da maioridade penal, a coisa é um pouco mais
complexa.
Os
motivos pelos quais a maioria da população é favorável são
vários:
Alguns
ou parentes de alguns já sofreram assalto ou assassinato, que pode
até não ter sido cometido por menor de 18 anos, como é o caso da
deputada Keiko Ota. Mas isso não importa, não é mesmo?
Outros
simplesmente são movidos pelo ódio que turva seus olhos e não os
deixa raciocinar com a razão. Ignoram solenemente que a redução da
maioridade não deu certo nos países onde foi adotada, que os crimes
violentos cometidos por menores são inferiores a 0,1% do total,
etc..
E
outros mais só querem a derrota de Dilma, não importando as
consequências para o país, para os jovens e os pais desses jovens.
Então,
quem acaba alimentando a ditadura Cunha são as pessoas que pensam
como ele.
E
já que para elas não importa o Estado de Direito, a Constituição
e nem o Regimento Interno da Câmara, passam por cima de tudo isso e
comemoram o resultado. Percebam que no caso da Lava Jato, o juíz
Sérgio Moro ignora totalmente o direito à defesa dos envolvidos,
extorque delações, faz vazar delações para a mídia e seleciona
livremente quem tem que ser investigado ou punido.
Com
todo o respaldo da maioria que apoia a redução, o presidente da
Câmara não tem receio algum de, por exemplo, descumprir o habeas
corpus concedido pelo STF à UNE e à UBES para acompanhar as
votações. No final a UNE e a UBES forçaram a entrada e Cunha teve
que ceder.
As
bancadas da bala, do boi e da Bíblia, o chamado grupo BBB ainda deve
aprontar alguma. Já há projeto no sentido de obrigar as escolas,
que são laicas, a ensinar o cristianismo como matéria.
Eles
que são tão cristãos...
Torna-se
agora necessário que o governo os partidos de esquerda, a OAB e os
movimentos sociais tomem posição e criem mecanismos de mobilização
popular a fim de garantir a defesa do Estado de Direito e a
Constituição, uma vez que o projeto tem que ser barrado no STF por
inconstitucionalidade. E quem acredita no Papai Noel deve estar
tranquilo imaginando que o STF certamente há que se pautar somente
pelo que a Carta Magna prega.
Há
que se impedir urgentemente que a ditadura do obscurantismo cresça a
níveis muito perigosos.
Em
tempo: será que não é hora de rever essa base de sustentação do
governo? Do PMDB, base aliada, 47 dos 63 deputados votaram pela
redução da maioridade penal, portanto, contra o governo. De que
eles servem, afinal?
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ResponderExcluirTchal Dilma!!!
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