Como Anakin Skywalker, todos desejaram ser maiores do que eram.
Numa analogia com o mito cristão-judaico da criação, como Lúcifer, todos ousaram ser mais luminosos que o Criador.
Nestes
tempos de Star Wars poderíamos pensar que todos aqueles figurões
(jedis?) que um dia perfilaram nas fileiras do PT ou participaram de um governo federal
do PT e que acabaram por sair rancorosos, indo para o outro lado (da
Força?) transformaram-se em Darth Vaders por aí.
Dentro
de um modo maniqueísta e fantasiosa de ver as coisas, já que não
afirmo aqui que o PT seja o lado bom da Força (não a do Paulinho), ok?
Mas
se a fantasia imita a vida, a vida também pode imitar a fantasia,
não é certo?
Vejam
só, Hélio Bicudo, Marta Suplicy, Marina Silva, Cristovam Buarque e,
por que não citar também Michel Temer? Todos eles saíram
rancorosos do PT ou do governo. A lista é enorme, (Heloísa Helena, Eduardo Jorge, etc.) mas vamos nos
concentrar nestes que já está de bom tamanho.
O
que une todos esses nomes tão diferentes, além do rancor comum a
todos eles?
Ambição
pelo poder. e inveja.
Como
Anakin Skywalker, todos desejaram ser maiores do que eram.
Numa
analogia com o mito cristão-judaico da criação, como Lúcifer,
todos ousaram ser mais luminosos que o Criador.
Maniqueísmo
demais? Vejamos.
O
jedi Hélio Bicudo, vinha de uma luta feroz contra os sith que
compunham o Esquadrão da Morte. Derrotou a todos, inclusive seu
líder, o delegado Fleury, torturador na ditadura.
Após
ganhar certa fama no PT, imaginou que poderia chantagear o presidente
Lula e que este, em troca iria conceder-lhe mais poder dentro da
sigla. Não conseguiu e saiu do PT, rancoroso.
Poderia
chamar o PT de Conselho dos Jedi ou Lula de Mestre Yoda, mas não
vamos ser piegas pois todos estão muito longe dos altos ideais
daqueles cavaleiros. Procuro não ir longe demais na analogia com a
franquia para que não fique chato demais.
Marta
Suplicy fez uma boa gestão à frente da Prefeitura de São Paulo,
virou senadora e ministra mas não repetiu o mesmo êxito e a fama.
Imaginou-se uma princesa Leia quando quis voltar a disputar o cargo
mas perdeu para Fernando Haddad. Na impossibilidade de disputar a
prefeitura em 2016 pelo PT, bandeou-se para o PMDB, sentando-se ao
lado do trono de Cunha Vader. (concedam-me esta licença)
Marina
Silva é outro caso de síndrome de princesa Leia.
Foi
ministra do Meio-Ambiente. Não conseguiu muito êxito à frente do
ministério em parte por um certo descaso de Lula que queria porque
queria desenvolvimento rápido para o Brasil, o que acabou por se
chocar contra as políticas ambientalistas. Mas também em grande
parte pela sua falta de foco e de tomada de decisões, sua hesitação
em vários momentos e uma certa visão ''poética'' em relação à
um tema tão complexo.
Saiu
do PT com uma grande dose de rancor e ciúmes da então ministra de
Minas e Energia, Dilma Rousseff, a preferida de Lula. Disputou a
presidência justamente com ela em 2010 e perdeu.
Novamente
em 2014 mediu forças com Dilma, perdendo novamente no primeiro
turno.
Não
se fez de rogada e passou, aí sim, para o lado escuro da Força,
Aécio Neves, no segundo turno.
Digo
''aí sim'' porque, mesmo que com visão maniqueísta, como queiram,
considero que, por estar há um ano tentando derrubar uma presidente
eleita democraticamente além de sabotando o governo, criando crise
política destinada a aumentar a crise econômica que prejudicará
mais aos pobres, Aécio Neves, hoje, é certamente o lado escuro da
política.
Michel
Temer, ao escrever uma carta endereçada a Dilma, demonstrou também
todo seu rancor por deixar de ser o que nunca foi, protagonista no
governo. Um imperador Palpatine bem menos talentoso em seu golpismo,
vamos dizer.
E
por fim, agora aparece Cristovam Buarque reclamando com o presidente
de seu partido, o PDT, por estar sendo preterido como o candidato da
legenda à presidência em favor de Ciro Gomes, recém-chegado.
Como
se sua relativa antiguidade dentro do partido lhe conferisse a
primazia automática de ser seu candidato. Um predestinado, em sua
visão.
Cristovam
Buarque foi ministro de Educação no primeiro governo Lula.
Em
2004, enquanto cumpria férias em Portugal, foi demitido do cargo por
telefone pelo então presidente.
"Quero
ministros para apresentar resultados, não para ficar com tese, com
conversa'', teria dito Lula, já cansado de muita retórica e poucos
resultados.
Buarque
então saiu do PT, para variar, rancoroso e foi para o PDT.
Sua
vaidade agora aflora novamente.
Precisamos
unir o país.
Precisamos
combater a crise e não aumentá-la.
Precisamos
de menos vaidades e mais altruísmo.
Precisamos
que essas figuras matreiras sejam excluídas pelos leitores, democraticamente, da vida política do país.
Precisamos
que essa força desperte, enfim.
Isso é uma verdadeira radiografia do que acontece na Politica, muito bom esse texto é escancarar as feridas dos imbecis que veem a Politica como uma Piramide para o sucesso financeiro e pessoal!
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