Uma das regras do jornalismo (e não só do jornalismo, funciona também nas redes sociais) diz que aquilo que você publica certamente vai ser lido por alguém, nem que seja por uma só pessoa, mas alguém. E quem foi que leu? Nada menos que um dos autores do livro. Pêgo na mentira!
Meu pai era leitor do Estadão e da Folha.
Foi
natural portanto, que eu assumisse o hábito.
Em
tempos de ditadura, quando inúmeras vezes, devido à censura, me
deparava com capas contendo receitas de bolo, percebia o esforço de
jornalistas de primeira linha tentando escapar do cerco imposto pelo
regime, para nos passar alguma informação, pequena que seja, porém,
verdadeira. Havia profissionalismo mesmo no jornal que deu apoio
logístico à ditadura.
Hoje,
porém, as coisas mudaram. Descrente da mídia, de há muito deixei
de ser assinante de jornais e revistas.
Mas
ainda dou minhas fuçadas pela internet.
Foi
numa delas, mais precisamente no O Globo, que li pasmo que Lula
havia sido citado na biografia de Pepe Mujica, ''Uma ovelha negra no
poder'', como ciente do mensalão. Aquela velha história do ''Lula
sabia!''