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terça-feira, 22 de agosto de 2023

Não haverá pena suficiente para punir seu Jair pelos crimes durante a pandemia

Por Fernando Castilho

Foto: agência AFP


Não podemos nunca esquecer os crimes de seu Jair cometidos durante a pandemia da Covid-19, comprovados pela CPI e ignorados solenemente pelo PGR, Augusto Aras.


O papo tem que ser reto.

O hacker Walter Delgatti Neto causou furor na última sessão da CPMI dos atos golpistas ao acusar de maneira ousada o ex-presidente Jair Bolsonaro de contratá-lo para tentar fraudar as urnas eletrônicas ou, no mínimo, levantar elementos que pudessem colocar em dúvida a inviolabilidade. Além disso, afirmou que foi instado pelo capitão a assumir a autoria de um grampo plantado no gabinete de Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do TSE com o fim de expor possíveis falas comprometedoras para desacreditá-lo perante a população.

Os parlamentares da extrema-direita tentaram desqualificá-lo ao levantar sua ficha criminal, como fez o senador Sergio Moro, mas o que conseguiram foi apenas criar elementos para responsabilizar um presidente que jamais deveria ter contratado um criminoso para cometer crimes por ele. Como um chefão que contrata um pistoleiro para dar fim a um adversário ou inimigo. Deram tiro no próprio pé.

Afirmaram também que as acusações de Delgatti carecem de provas. Mas sobre isso, o jurista Lenio Streck, usando uma analogia, deu uma verdadeira aula em entrevista.

Imagine que uma pessoa entra toda molhada em uma sala afirmando que determinado homem teria jogado um balde de água nela.

Essa pessoa poderia estar fazendo uma acusação falsa, porém, o fato é que ela está realmente molhada. Poderiam dizer que ela mesma se molhou ou que se jogou numa piscina, mas não seria obrigação dela apresentar provas, mas sim, a quem couber fazer a investigação.

É o caso das acusações de Delgatti. O fato é que ele esteve realmente com Carla Zambelli que a levou a conversar com o ex-presidente, como este mesmo confirmou.

Se Jair Bolsonaro realmente o contratou para fraudar as urnas e o encaminhou ao Ministério da Defesa para que ele pudesse começar a agir, não é ele que tem que provar. É a Polícia Federal que tem o poder de investigar câmeras, testemunhas, etc.

Embora, aparentemente não tenham sido ainda encontrados registros de suas cinco idas ao ministério, talvez porque tenham apagado o conteúdo das câmeras e também de sua identificação, ou talvez, como afirma o hacker, tenha sempre entrado pela porta dos fundos, é certo que o hacker descreveu muito bem as salas onde esteve, com certa riqueza de detalhes impossíveis de serem conhecidos por ele sem que estivesse realmente presente.

O que temos então é um torno de bancada sendo cada vez mais apertado em Bolsonaro e não vai demorar muito para que ele seja, enfim, indiciado.

O que não podemos nunca esquecer, porém, são seus crimes cometidos durante a pandemia da Covid-19, comprovados pela CPI e ignorados solenemente pelo PGR, Augusto Aras.

Bolsonaro é o responsável por centenas de milhares de mortes, direta ou indiretamente pelo vírus, seja por omissão quando se recusou a tomar as medidas necessárias para contê-lo, ignorando as recomendações da comunidade cientifica e da OMS, seja por ação, quando protelou a compra de vacinas por um mês. Embora o ato de imitar pessoas morrendo por asfixia não possa ser enquadrado como crime hediondo, é certo que esse ato foi de uma crueldade e imoralidade jamais vistas partindo de um presidente da República.

O ex-presidente TEM que pagar por esse que é o maior de todos os crimes cometidos por ele, mas teremos que aguardar a posse do novo procurador-geral para que este desarquive o relatório da CPI e o envie para o STF.

Porém, nenhuma pena, dada a gravidade, conseguirá ser proporcional ao crime cometido.

Nem prisão perpétua ou execução seriam suficientes.


quarta-feira, 29 de março de 2023

Não era uma arminha de dedo... Réquiem para a professora Elisabete Tenreiro

Por Fernando Castilho

Foto: ArquivoPessoal/Reprodução/GoogleStreetView

O governo Bolsonaro, que muitos chamam de “governo da morte”, em que até havia um gabinete paralelo intitulado “gabinete do ódio”, responsável por disseminar o ódio e a violência na sociedade, atingiu atingiu crianças e jovens em cheio.


Era uma tarde ensolarada de domingo em Santos, onde vivo. Perto do segundo turno das eleições de 2018.

Caminhando pela avenida da orla, de repente ouvimos, minha esposa e eu, um buzinaço que se tornou ensurdecedor à medida em que uma grande fila de carros e caminhões com faixas Bolsonaro 17 e Bolsodória 45, começou a avançar ostensivamente.

Tudo normal, pensei eu, afinal, faz parte da democracia.

Porém, o inédito nessa carreata eram as crianças nos bancos de trás, numa espécie de frenesi, fazendo arminha com os dedos para os transeuntes, enquanto seus pais buzinavam meio que enlouquecidos. Horripilante!

Para nós, que já participamos de inúmeras campanhas eleitorais, o normal seria o gesto de fazer um coração com as mãos para conquistar mais eleitores, mas os tempos mudaram.

Lembro que comentei com minha esposa: “isso não vai dar boa coisa”. Não deu.

Tecnicamente não é possível atribuir aos 4 anos de governo bolsonarista a tragédia ocorrida na Escola Estadual Thomázia Montoro, afinal, violência contra professores por parte de alunos é um fenômeno que já existia antes de Bolsonaro, mas, cá entre nós, vem aumentando muito nos últimos tempos.

É praticamente inédito que um menino de apenas 13 anos, da 8ª série do fundamental II, que a imprensa insiste em chamar de adolescente, tenha planejado e anunciado em rede social um assassinato com faca e tentado matar outros professores e alunos, além da professora Elisabete Tenreiro de 71 anos, que teve parada cardíaca e faleceu.

O menino participava de conversas com outros de sua idade através de um grupo no twitter, em que exaltavam as façanhas de outros que lograram matar e até se suicidaram logo após. Ele havia anunciado que iria no dia seguinte à escola para matar e se lamentava por não ter conseguido uma arma de fogo para a “missão”.

Não vejo como o twitter, com seus poderosos algoritmos, não consiga detectar conversas como essas e eliminá-las da rede. Consegue, mas não quer.

O professor da rede pública estadual e editor do canal Tiago na Área, Tiago Luz, lembrou muito bem em vídeo que soluções rápidas e fáceis não funcionam para assuntos complexos como este. Além do mais, logo se esquece o fato, até que nova tragédia aconteça e reapareçam as mesmas soluções fáceis. Ele propõe um amplo debate com a sociedade e especialistas, tanto em educação, quanto em segurança e até com psicólogos.

Na escola onde eu lecionava até o fim do ano passado, havia inúmeros casos de depressão, de alunos que tentaram suicídio e de automutilação. Parece que não só os 4 anos de incentivo ao armamento e ao uso de armas são os responsáveis, mas também 2 anos de reclusão domiciliar devido à Covid-19. Houve uma espécie de dessocialização em que as crianças passaram a adquirir uma forma de vida mais individualizada do que em grupo.

Havia uma psicóloga que uma vez por semana dava atendimento online a grupos de alunos. Numa das vezes, num auditório com grande número de adolescentes do ensino médio, ela tentava falar sobre ansiedade, mas absolutamente ninguém a ouvia, preferindo assistir vídeos “engraçados” no Tik Tok.

Penso que atendimentos assim não devem ser generalizados e em grandes grupos, pois é justamente em grupos que os alunos se sentem à vontade para se recusar a participar.

O atendimento psicológico deve ser presencial e para grupos de até 3 crianças, sob pena de fracassar.

O governo Bolsonaro, que muitos chamam de “governo da morte”, em que até havia um gabinete paralelo intitulado “gabinete do ódio”, responsável por disseminar o ódio e a violência na sociedade, atingiu os jovens em cheio, mas, felizmente, apesar da sobrevivência do bolsonarismo ou extrema-direita, acabou.

Agora o pesado nevoeiro cinza escuro está se dissipando e uma nova aurora nasce com o governo Lula.

Além da árdua missão de consertar tudo aquilo que foi destruído em termos de economia, saúde (700 mil mortos pela Covid-19), educação, direitos humanos, meio-ambiente e corrupção, Lula tem ainda por cima que dissolver a atmosfera de ódio que contaminou grande parte dos brasileiros e criar ares claros e límpidos para a sociedade.

Para isso terá também que compartilhar com estados e municípios políticas públicas que propiciem emprego e renda para a população mais pobre, sem o que esta não verá futuro para seus filhos, sob risco de, por falta de perspectivas, a violência aumente.

Antes de encerrar, sinto ser necessário lembrar que já há algumas gerações estamos naturalizando morte violentas influenciados que somos, principalmente por produções do cinema americano que nos bombardearam e ainda bombardeiam com filmes de ação em que, invariavelmente se mata muito. Ao vermos tantos tiros, sangue e morte, ficamos anestesiados a ponto de não mais nos chocarmos com assassinatos violentos.

Felizmente, com o streaming, Hollywood deixou de ser a principal fonte de entretenimento. Hoje há produções de outros países que abordam temas mais cotidianos como dramas familiares ou amorosos. E é disso que precisamos muito.

Por fim, fica a sugestão do professor Tiago Luz de se promover um amplo debate sobre a violência infantil com a sociedade.

Será um longo processo, mas que, ao seu fim, talvez nunca mais vejamos crianças fazendo arminha com os dedos nem utilizando armas reais.


sábado, 25 de março de 2023

Não diga "eu sinto". Diga "tenho provas".

Por Fernando Castilho




Foi ainda no colegial, atual ensino médio, que aprendi sobre o método científico. Tinha um professor de Física que me inspira até hoje em minhas aulas.

Segundo o método científico, assim que se formula uma hipótese, é preciso testá-la várias vezes em condições normais de temperatura e pressão, para que possa se tornar uma verdade.

Todas as crenças, desde as mitologias até as atuais religiões, sejam elas cristãs ou não, e as superstições e crendices criadas pelo ser humano para lhe dar algum conforto espiritual nunca passaram pelo crivo do método científico, este destruidor esperanças inúteis.

Nunca houve evidências, muito menos provas. E olha que lá se vão cerca de 500 anos do Iluminismo, que deu enorme impulso às artes e à Ciência.

Algumas crendices já foram testadas e devidamente reprovadas pela...Ciência, esta chata, não é mesmo? Como exemplo, temos a astrologia, que em seu início se confundia com a Astronomia, mas, infelizmente, enquanto a última evoluiu incrivelmente (vejam as últimas descobertas do telescópio espacial James Webb), a primeira parou no tempo e não consegue responder por qual motivo planetas e estrelas tão distantes teriam o poder de influir na vida de um reles mortal do terceiro planeta a partir de uma estrela pequena como o Sol. Perdura até hoje como apenas uma brincadeira, embora tenha quem leve a sério.

Outro exemplo é a homeopatia. Sei que muita gente alimenta o desejo de que ela funcione. Sei que muita gente dirá: ela me salva todos os dias. Infelizmente, a realidade é outra. A homeopatia, testada exaustivamente, se comporta como a Cloroquina no combate à covid-19, guardando-se a diferença de que ela não faz mal. Apenas cria no paciente a ilusão de que está sendo curado. Quando a coisa fica mais feia, recorre-se ao médico alopata.

É preciso considerar que a crença na Terra plana tem a mesma raiz das crenças que o ser humano desenvolveu por não ter conhecimento científico.

Este texto não se destina a revoltar quem acredita em crendices em pleno século 21, ano de 2023, quando robôs incríveis estão sendo criados, quando inteligências artificiais já estão entre nós, quando o James Webb já enxergou galáxias em formação há apenas 300 milhões de anos desde o Big Bang e quando vacinas contra um vírus desconhecido podem ser criadas em poucos meses para salvar a humanidade. É muita Ciência e também muita tecnologia.

É preciso respeitar quem ainda crê em algo que não se comprova, mas também é preciso que os contrapontos também sejam fundamentos em dados concretos e demonstráveis.  


quinta-feira, 16 de março de 2023

A necessidade de punir o malfeitor e controlar nossa ansiedade

Por Fernando Castilho



É possível que, com o clamor popular, os magistrados apressem os trâmites dos processos contra Bolsonaro, mas deveremos esperar longamente por uma condenação.


Tenho acompanhado pelas redes sociais a ansiedade que as pessoas de mentalidade progressista vêm demonstrando pela prisão de Jair Bolsonaro.

Após quatro anos de desgoverno, com a destruição de programas sociais, de descaso para com uma pandemia que matou mais de 700 mil pessoas, com incentivo ao garimpo em terras indígenas que quase extinguiu a etnia Yanomami, com mentiras e agressões verbais toda vez que se manifestava e pela tentativa de melar o processo eleitoral e ainda dar um golpe no país para se perpetuar no poder, é totalmente compreensível que não consigamos controlar nossa ansiedade e revolta toda vez que a mídia, juristas e ministros do STF opinam que não será possível prender o ex-presidente imediatamente.

Explico.

Bolsonaro perdeu o foro especial por prerrogativa de função. Vários processos que estavam nas mãos do PGR, Augusto Aras, estão sendo enviados para a justiça comum para serem julgados em primeira instância. Se condenado, caberão recursos até que se conclua o trânsito em julgado e seu destino seja, enfim, a cadeia.

Cabe aqui esclarecer que poderão se passar longos anos até que seu julgamento seja concluído. Com Paulo Maluf foram décadas de espera até a conclusão final que lhe impôs a prisão domiciliar devido à idade avançada e problemas de saúde. Revoltante, mas real.

É até possível que, com o clamor popular, os magistrados apressem os trâmites dos processos, mas não vamos manter falsas esperanças.

A outra possibilidade é a prisão preventiva, mas para isso é necessário que, caso venha a ser réu, Jair tente fugir, destruir provas ou continuar a ser uma ameaça à sociedade.

Para ser uma ameaça à sociedade, é preciso que Bolsonaro volte para o Brasil o quanto antes para assumir o papel de líder da oposição a Lula, como quer Valdemar da Costa Neto, presidente do PL.

Explico.

Com Bolsonaro no poder de liderança da extrema-direita, será criado um novo cercadinho (talvez virtual) que voltará a ser frequentado pelos seus apoiadores. Embora não seja mais presidente e, portanto, não seja blindado pela grande imprensa como foi durante quatro anos, o homem é falastrão e se empolga toda vez que seus apoiadores o encorajam. Daí, desata a falar absurdos, a ofender, mentir e atacar. Então, para prendê-lo preventivamente, basta ficar atento à sua fala. Oportunidade não vai faltar.

O que podemos esperar realmente é sua praticamente certa inelegibilidade por oito anos. Bolsonaro está completando 68 anos e terá 76 ao fim de sua quarentena. A depender do sucesso do governo Lula, seja de 4 ou 8 anos, e da luta da esquerda para desmontar a extrema-direita, teremos um Jair envelhecido e sem importância.

Lembremos que, para liderar uma oposição a Lula, será necessário que Bolsonaro trabalhe muito, mas todos sabemos que trabalho não é com ele. Quando estava na Câmara e no Palácio do Planalto, trabalhou muito pouco.

Resta o Tribunal Penal Internacional de Haia que já possui processos em andamento por genocídio. Alguns consideram uma condenação difícil, mas não impossível.

De qualquer forma, o que queremos ver é punição exemplar para que nunca mais o povo brasileiro passe por tsunami avassalador como esse.

O Estado Democrático de Direito tem que prevalecer, mesmo para o julgamento desse malfeitor, portanto, não é o caso de se passar por cima das leis.

Mas não haverá punição dura o suficiente para compensar o sofrimento daqueles que perderam seus amigos e parentes pela Covid-19.

Nunca haverá.


terça-feira, 12 de abril de 2022

A pobreza invisível aos olhos dos partidos de direita

Por Fernando Castilho


Foto: Folha de São Paulo


As instituições que deveriam fiscalizar essas ações ilegais do capitão, o TSE e a PGR, fazem vista grossa, ou por pusilanimidade, caso da primeira, ou cumplicidade, caso da segunda


As propagandas eleitorais na TV, embora disfarçadas, já começaram.

Excetuando-se a centro-esquerda de Lula, e a extrema-direita de Bolsonaro, todos os outros partidos componentes desse espectro político são da direita. E nenhum, excetuando Lula, demonstra o menor sentimento de empatia com o sofrido povo brasileiro.

O que se vê são platitudes e mentiras.

Um diz que a esquerda vê a pedofilia com simpatia.

Outro se intitula o verdadeiro partido conservador.

Para todos o que importa é a defesa da tradicional família brasileira. Mesmo que ela esteja se despedaçando por causa da fome, do desemprego e da Covid..

O Brasil perdeu em pouco mais de dois anos pelo menos 620 mil pessoas para a Covid-19, numero divulgado pelo Consórcio de Veículos de Imprensa que, com certeza, está subestimado. Multiplique-se isso por 5 e teremos a dor de mais de 3 milhões de familiares, muitos dos quais, perderam seus arrimos.

Mas esses partidos, o presidente e o centrão não viram isso, ou não sentiram isso, ou não ligam para isso, ou não agiram para evitar isso.

Outros milhares de pessoas, entre mortos, feridos e desabrigados foram vítimas das terríveis chuvas dos últimos meses, enquanto o presidente do Brasil se exibia em esquis aquáticos por Santa Catarina, alheio ao sofrimento humano.

Novamente, nenhum deles viu isso, sentiu isso. E nem se lembra mais disso.

Caminho pelas ruas da cidade e observo o enorme contingente de famélicos, sujos e  maltrapilhos a andar como zumbis a esmo ou deitar nas calçadas e marquises. Gente que chegou ao fundo do poço por causa do desemprego que lhe custou o despejo e a desagregação da família. Gente que talvez nunca mais consiga se reerguer.

Passo por um semáforo e observo a menina descalça de 7 ou 8 anos tentando vender balas para os motoristas que permanecem com as janelas de seus carros fechadas por medo de assalto. É inevitável um sentimento de tristeza e raiva.

Esse fenômeno também acontecia até 20 anos atrás, pouco antes da eleição de Lula a seu primeiro mandato.

Essas pessoas abandonadas pelo Estado são invisíveis aos olhos dos políticos dos  partidos de direita e de extrema-direita que fazem propaganda na TV. Nós já os vimos antes através de denúncias de corrupção, de votos favoráveis a medidas contrárias ao povo, como as reformas trabalhista e da previdência e envolvimentos em orçamentos secretos.

São os mesmos que em 2016 votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff, pela família, pelos filhos, pelo papagaio, mas sobretudo, pelo dinheiro que receberam de Eduardo Cunha. São predadores do Estado brasileiro que se aproveitam do fantoche que está no Planalto.

Sim, o responsável direto por todo esse sofrimento dos desvalidos, a autoridade máxima da nação, gasta seu tempo viajando pelo país, fazendo campanha eleitoral antecipada, paga com dinheiro público.

As instituições que deveriam fiscalizar essas ações ilegais do capitão, o TSE e a PGR, fazem vista grossa, ou por pusilanimidade, caso da primeira, ou cumplicidade, caso da segunda.

O sofrimento e a dor de não conseguir emprego, de não ter o mínimo necessário para comprar alimentos para os filhos famintos, de não poder comprar um botijão de gás, de perder o pouco dos bens que se conseguiu comprar com sacrifício em muitas prestações não é nem reverberado pelos veículos de comunicação que sempre procuram selecionar as pessoas mais conformadas com a própria sorte para as rápidas entrevistas no horário nobre dos telejornais. Chegamos a questionar se não existe mesmo ninguém revoltado no país.

É por isso que, em meio a essa profusão de insensibilidades das propagandas eleitorais dos partidos de direita e extrema-direita, a chama de esperança transmitida pelo velhinho de cabelos brancos que fala ao povo com voz rouca, ilumina aqueles momentos tão hipócritas e obscuros.

Para Lula, o enorme contingente de miseráveis não é invisível. Mas só pra ele.

É pra essa gente, mas também para a classe média que também começa a ser duramente atingida pela crise econômica descontrolada que Lula fala.

É essa gente que Lula quer colocar no orçamento do país.

Para Lula, o pobre não é um problema a ser desconsiderado ou colocado na invisibilidade, mas sim, a solução para a economia.

Ao dizer que é mais fácil vencer as eleições do que consertar todos os estragos cometidos nesses últimos anos, o velhinho barbudo dá a real dimensão da destruição que encontrará em todas as esferas federais ao assumir em janeiro de 2023.

Lula é o único candidato que não está em campanha por pura vaidade, para manter privilégios, para aumentar e dividir o butim ou para evitar ser preso.

Lula é o único candidato que ama seu país de verdade, com sinceridade.

Ele sempre demonstrou isso e a gente vê isso em seus olhos. 


Também publicado no Jornal GGN:

https://jornalggn.com.br/opiniao/a-pobreza-e-invisivel-aos-olhos-dos-partidos-de-direita-por-fernando-castilho/

Também publicado em Medium:

https://medium.com/@fernandocastilho/a-pobreza-invis%C3%ADvel-aos-olhos-dos-partidos-de-direita-92985f6c4e96






terça-feira, 5 de abril de 2022

Como propagou-se a Covid pelo mundo?

Por Fernando Castilho





A imprensa ocidental deixou de falar das armas biológicas norte-americanas encontradas pelos russos em laboratórios ucranianos. Por quê?


A mídia ocidental, capitaneada por agências como a Reuters, tem procurado mostrar a versão que mais agrada este lado do planeta acerca dos acontecimentos relativos ao conflito Rússia-Ucrânia.

Todos os dias temos lamentado a destruição e as mortes no país de Volodymyr Zelensky, alimentado nosso ódio pelo invasor, Vladimir Putin, mas esquecendo-nos de verificar quais seriam as razões para a invasão e, muito menos, ouvido e visto o que relata a imprensa do lado de lá.

Ontem mesmo, vimos revoltados os cerca de 300 corpos de pessoas assassinadas pelo exército russo, espalhados pelas ruas destruídas da cidade de Bucha.

Numa situação dessas, temos duas opções: acreditar piamente nas imagens ou desconfiar delas, afinal, há uma guerra de informações. A primeira é a mais cômoda e a segunda é a mais trabalhosa. Opto pela segunda.

Zelensky, como de costume, fez com muita competência um teatro em cima do fato, mas a Rússia nega veementemente que tenha cometido esse crime terrível.

Bem, neste contexto atual em que a Rússia, seus costumes, sua cultura e suas artes estão sendo canceladas pelo restante do mundo, vale perguntar qual seria a razão para jogar ainda mais a opinião pública planetária contra ela? Qual o simbolismo e qual a utilidade para a guerra desses 300 corpos?

Estive pensando o dia todo nisso quando me veios às mãos um vídeo mostrando os mesmos corpos deitados nas ruas acenando para tropas ucranianas que passavam de caminhão. Muito estranho.

Porém, da mesma maneira que desconfiamos dos vídeos de Zelensky, também desconfiamos desse.

A imprensa ocidental deixou de falar das armas biológicas norte-americanas encontradas pelos russos em laboratórios ucranianos. Por quê?

Por que a ONU não enviou uma missão para investigar esses laboratórios? A Rússia vai ficar falando sozinha na ONU? Ninguém tem interesse em verificar a veracidade das gravíssimas afirmações?

Agora me deparo com Ignacio Ramonet,  jornalista e diretor do sério jornal Le Monde Diplomatique em versão espanhola, acaba de fazer uma denúncia gravíssima.

O texto que compartilho aqui começa com a palavra Urgente e afirma que a Rússia não esperava descobrir, como parte da sua campanha militar, “aves numeradas“ criadas por laboratórios biológicos e bacteriológicos na Ucrânia, financiados e supervisionados pelos organismos militares dos EUA.

Outra “surpresa”, foi anunciar as localizações dos laboratórios norte-americanos que fabricam e ensaiam armas biológicas em 36 países do mundo (um aumento de 12 países em relação à sessão anterior).

Mas afinal o que são estes “pássaros numerados”, tratados por Ramonet como “Aves de destruição em massa”?

Depois de estudar a migração das aves e observá-las ao longo das estações, os especialistas ambientais e os zoólogos puderam conhecer o caminho que estas aves tomam a cada ano na sua viagem sazonal,incluídas as que viajam de um país para outro e até de um continente para outros.

(isso já sabíamos)

Aqui entra em ação o papel dos serviços de inteligência das organizações que conduzem um plano de “segurança estratégica” dos EUA. Um grupo destas aves migratórias são “detidas”, digitalizadas e providas de uma cápsula de germes e patógenos que levam um chip para serem controlados através de computadores, como se fossem drones vivos. A seguir são libertadas de novo para unirem-se às aves migratórias nos países onde se planeja efetuar a contaminação.

Sabe-se que estas aves tomam um caminho desde o mar Báltico e o mar Cáspio até o continente africano e o sudeste asiático, assim como outros dois voos a partir do Canadá para a América Latina na Primavera e no Outono. Durante o seu longo voo monitora-se o seu deslocamento passo a passo por intermédio de satélites e determina-se a sua localização exata. Se querem, por exemplo, prejudicar a Síria ou o Brasil, o chip é destruído quando o pássaro está nos seus céus. Mata-se o pássaro que cai levando a epidemia. Assim, as doenças se espalham neste ou naquele país. Dessa forma, o país inimigo é prejudicado sem nenhum custo militar, econômico e político para o imperialismo ianque genocida.

A numeração das aves migratórias é considerada um delito pelo direito internacional, porque são aves que penetram o céu e o ar de outros países, e podem espraiar contaminação. Se o laboratório lhes abastece de vírus e germes, então esta ave converte-se numa arma de destruição maciça. Portanto, no direito internacional, considera-se proibida a utilização de aves para lançar ataques mortais contra um país oponente. Porém, a pandemia não foi uma guerra convencional contra uma determinada nação, mas uma operação econômica para tentar resgatar o regime capitalista de sua crise terminal, gerando lucros trilionários para a Big Pharma, que agora no mercado financeiro só fica atrás da indústria armamentista.

O país que comete um ato tão imoral e criminoso, em tese seria punido pelo regimento da ONU. Acontece que os EUA não tremem diante de nenhuma punição internacional, pois os governos burgueses não se atrevem a castigá-los. Mas agora serão imputados diante do estigma que acompanhará a sua existência como um Estado terrorista, inclusive perante os seus submissos aliados.

O governo Putin têm uma forte “carta na manga”, quando afirma que capturou as “aves numeradas” . Isto quer dizer que os ianques foram agarrados com as mãos na massa, com todos os pormenores contidos que provam uma condenação decisiva por um organismo científico independente.

Isto obriga a pensar na possibilidade real de que todos os vírus que infectaram humanos neste século, especialmente os últimos, como o ébola que afetou a África, o antrax, a gripe porcina e aviar, e atualmente o Covid-19, provenham todos de laboratórios militares financiados e administrados pelos EUA.

E foi isto que fez com que a China apresentasse uma solicitação urgente, séria e estrita para realizar uma investigação internacional sobre o surgimento repentino do coronavírus. É muito provável que o imperialismo ianque tenha utilizado aves migratórias para primeiro matar cidadãos da China e depois no mundo todo, para potencializar seu sistema financeiro.

 

Embora não se possa chancelar essa opinião como verdadeira, não se pode simplesmente descartá-la e, muito menos desqualificar o seu autor, um jornalista sério, com muitos anos de história e com muitas fontes fidedignas.

Infelizmente, talvez o mundo nunca consiga comprovar a veracidade do que afirma o jornalista porque os EUA ainda são um império que manda em seus aliados, mas esse estado de coisas não é eterno, já que está em curso declínio de seu domínio com a crescente ascensão da China e da própria Rússia.

Talvez, daqui há alguns anos, possamos conhecer a verdade.


Abaixo, o texto original de Ramonet, em espanhol, extraído do Diario 16.


«… Urgente*

En una ruidosa reunión en el Consejo de Seguridad de la ONU, realizada a pedido de Rusia, sobre el desarrollo de armas biológicas estadounidenses en sus fronteras dentro de Ucrania, quedó en evidencia lo siguiente:

1- El delegado ruso entregó documentos y pruebas para que quedaran en el acta de la sesión que confirman lo siguiente:

*Financiamiento oficial del Pentágono para un «aparente» programa de armas biológicas en Ucrania

*Nombres de personas y empresas estadounidenses especializadas en las pruebas y documentos involucrados en este programa.

*La ubicación de los laboratorios en Ucrania y los intentos realizados hasta ahora para ocultar las pruebas.

2- Anunciar otra sorpresa del representante de Rusia en las ubicaciones de los laboratorios estadounidenses que fabrican y prueban armas biológicas en 36 países del mundo (un aumento de 12 países con respecto a la sesión anterior).

3- El delegado ruso específicó las enfermedades y epidemias, los medios de su liberación, los países en los que se están probando y cuándo y dónde se llevaron a cabo los experimentos con o sin el conocimiento de los gobiernos de estos países.

4- El delegado ruso confirmó públicamente que entre los experimentos y efectos está el virus responsable de la actual pandemia y la gran cantidad de murciélagos utilizados para transmitir este virus.

5- Estados Unidos lo niega, Francia y Gran Bretaña aliados con ella (y el eco entre los pueblos de estos países es muy violento), y tienden a creerse esta novela bajo la presión psicológica que la pandemia ha dejado sobre todos.

6- La Organización Mundial de la Salud niega su conocimiento de la existencia de experimentos biológicos en Ucrania y dice: Toda nuestra información es que son laboratorios de investigación médica para combatir enfermedades (y Rusia prueba con evidencia la correspondencia regular y visitas de expertos de la Organización Mundial de la Salud) a los laboratorios estadounidenses sospechosos en todo el mundo.

7- China ataca a todos, y le dice al delegado de USA: Mientras niegues y estés seguro de tu inocencia, ¿por qué te niegas desesperadamente. a permitir la realización de una investigación por parte de especialistas para averiguar la verdad, especialmente con documentos y pruebas contundentes?

A los que quieran saber cuáles son los pájaros numerados… y como América mata al mundo sin un sólo tiro… Aquí les dejo la información:

Aves de destrucción masiva..

Rusia no esperaba descubrir, como parte de su campaña militar en Ucrania, aves numeradas producidas por laboratorios biológicos y bacteriológicos en Ucrania financiados y supervisados por los Estados Unidos de América.

¡¿Pero qué son los pájaros numerados?!

Después de estudiar la migración de las aves y observarlas a lo largo de las estaciones, los especialistas ambientales y los zoólogos podrán conocer el camino que toman cada año estas aves en su viaje estacional, incluidas. lasque viajan de un país a otro o incluso de un continente a otros.

Aquí entra el papel de la inteligencia de las partes que llevan un plan malévolo, un grupo de estas aves migratorias son «arrestadas», digitalizadas y provistas de una cápsula de gérmenes que llevan un chip para ser controlados a través de computadoras, luego son liberadas de nuevo para unirse a las aves migratorias a los países donde se planea el daño.

Se sabe que estas aves toman un camino desde el mar Báltico y el mar Caspio hasta el continente africano y el sudeste asiático, y otros dos vuelos desde Canadá a América Latina en primavera y otoño. Durante su largo vuelo, se monitorea su desplazamiento paso a paso a por intermedio de satélites, y se determina su ubivación exacta, si quieren, por ejemplo, dañar a Siria o Egitpo, el chip se destruye cuando el pájaro está en sus cielos. Se mata el pájaro y cae llevando la epidemia, y las enfermedades se esparcen en tal o cual país. Así, el país enemigo ha sido dañado sin ningún costo militar, económico y político.

La numeración de las aves migratorias es considerada un delito por el derecho internacional, porque son aves que penetran el cielo y el aire de otros países, y si se les provee de gérmenes, entonces esta ave se convierte en un arma de destrucción masiva. Por lo tanto, en el derecho internacional, se considera prohibido el uso de aves para lanzar ataques mortales contra un oponente, y quien comete un acto tan inmoral e inhumano es castigado, y esto es lo que hizo que América no temblara ante ningún castigo (nadie se atreve a castigarlos a ellos) sino del estigma que acompañará la vida de todos ellos y de excluirlo por completo como país creíble, incluso de sus aliados.

Los rusos tienen una fuerte carta de presión, cuando dicen que han capturado las aves, quiere decir que los americanos están agarrados con las manos en la masa, con todos los detalles que contiene que prueban la condena decisiva. Esto obliga a pensar en la posibilidad de que todos los virus que han infectado a humanos en este siglo, especialmente los últimos, como el ébola, que afectó a África, ántrax, gripe porcina y aviar, y actualmente el Covid-19, todos provengan de laboratorios financiados y administrados por los Estados Unidos de América, y esto es lo que hizo que China presentara una solicitud urgente, seria y estricta para realizar una investigación internacional sobre la aparición repentina del coronavirus, es muy probable que Estados Unidos haya utilizado aves migratorias para matar ciudadanos de China.

Lo importante es que los escándalos de América del Norte van en aumento, y ahora ha comenzado a rebajar su tono hostil hacia Rusia y trata de reconectarse con ella, con la esperanza de que lleguen a un acuerdo político con los rusos que la proteja del mal de sus acciones y para que no represente ninguna amenaza para Rusia en el futuro.

 


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

A morte do amigo negacionista

Por Moisés Mendes


Foto: Andreas Fickl/Pexels


Morreu o amigo de adolescência de um grupo que se reúne há um ano e meio no WhatsApp. Esse é o resumo da história verdadeira de um sujeito brincalhão, alegre, falante, o cara aquele que se encaixava em qualquer turma com qualquer assunto e com qualquer tipo de risada, das contidas, compridas ou gargalhadas.

Um colega legal, daqueles que não colocava ninguém a correr se chegasse atrasado numa rodinha de conversa. Isso na segunda metade dos anos 70, no 2º grau, quando a escolha do que se quer ser na vida é uma pela manhã e duas outras à tarde.

O amigo não vacilou muito quando adulto e virou empresário. Quando se reuniam, muito tempo depois, já com famílias, filhos e agregados, ele aparecia.

Eram encontros raros, mas lá estava ele com o mesmo perfil. Outros mudaram um pouco ou muito os jeitos e temperamentos. Ele não. Era sempre o mesmo. Expansivo, assertivo, sempre divertido e agora um homem próspero.

Quando o grupo foi criado no Whats, no começo do ano passado, os colegas se reagruparam. Democratas com ideias progressistas e humanistas e atuando nas mais diversas áreas. E então o amigo aquele apresentou-se ali como se fosse outra pessoa.

O colega sempre leve depois de homem maduro, já com mais de 60 anos, incorporou no Whats um sujeito pesado. Não era mais o tucano que poucos sabiam que havia sido. Era um ativista bolsonarista e negacionista.

O grupo se abateu. O colega passou a pregar contra o isolamento e a vacina e em defesa do kit covid, como se fosse um modelo para cursinho de extremista de direita. Virou uma caricatura absolutista.

O grupo se sentiu constrangido, a maioria debandou em poucos meses, e o colega também foi embora. O adolescente interativo, agregador, divertido, não existia mais.

Mas, quando ele saiu, outros voltaram, sob um clima muito mais de desconforto do que de repulsa e condenação. A turma se reagrupou de novo quando o amigo aquele não estava mais por perto.

Há pouco mais de um mês ficaram sabendo que ele havia sido infectado. Depois, foram informados de que estava na UTI e entubado. E esta semana alguém deu a notícia de que havia morrido.

Pouco antes de morrer, reafirmou nas redes sociais (porque alguém espiava suas postagens) o que pensava da vacina e dos remédios milagrosos de Bolsonaro.

Sei, porque me contaram, que o sentimento de perda foi intenso e dolorido. O grupo agarrou-se à memória do guri divertido, para despedir-se dele, e não do sessentão que havia se apropriado do adolescente do colégio.

A morte nos reapresenta o dilema que, quanto mais a pandemia se espicha, mais fica irresolvido. O que teria virado esse amigo, aos 60 anos, se Bolsonaro não tivesse chegado ao poder e dividido famílias, colegas, vizinhos?

Os amigos que perdemos para a extrema direita em meio à ascensão do bolsonarismo são uma invenção de Bolsonaro, ou Bolsonaro só existe porque esses nossos amigos estavam à espera de um sujeito que incorporasse todas as crueldades e todos os ódios, ressentimentos e preconceitos?

Foi mesmo Bolsonaro quem fez aflorar a índole do amigo que se afastou da turma, ou esse e outros amigos criaram o Bolsonaro poderoso, eleito pelo voto, para que assim pudessem ser representados e se expressar como de fato são ou eram?

A morte de cada amigo da adolescência vai nos tirando aos poucos o que construímos naqueles tempos na direção da eternidade. A morte de um amigo que virou bolsonarista também pode ser devastadora.

Um adulto bolsonarista não deveria ter o direito de dar fim prematuro ao que ele mesmo foi no nosso tempo de colégio. O bolsonarismo tenta destruir até o nosso passado e as nossas melhores memórias.


terça-feira, 11 de janeiro de 2022

O perigo que nos rodeia

Por Fernando Castilho

 


O intervalo entre o surgimento de novas variantes do coronavírus parece que vem diminuindo. 

Nem bem entendemos ainda a ômicron e já há especialistas falando em novas variantes.

Cientistas vêm dizendo que a humanidade terá que aprender a conviver com o coronavírus.

Porém, a que custo? Se a cada nova variante enfrentamos novos lockdowns e novas proibições de viagens, de reuniões, de convívio social, enfim, de tudo que caracteriza o ser humano, como vamos ter que aprender a conviver com isso?

E as economias dos países que veem seus estabelecimentos comerciais fechando a cada novo lockdown?

Não, não será possível uma adaptação a menos que a humanidade experimente uma degradação sem precedentes do processo civilizatório que permitiu uma situação de bem-estar nas áreas urbanas, pelo menos para aqueles que não se enquadram na situação de extrema pobreza. Para estes será o fim.

O que constatamos hoje é que a imensa maioria dos cientistas que pesquisam sobre vírus trabalham com foco total no desenvolvimento de vacinas, até porque trabalham para grandes laboratórios.

A Pfizer, por exemplo lucrou e está lucrando quanto no desenvolvimento e comercialização de vacinas?

Não, não sou negacionista de vacinas. Elas são as responsáveis por uma barreira criada para evitar mortes e, por isso, no momento são extremamente importantes.

Sou leigo no assunto vírus, mas como conheço Física e como tenho pesquisado muito, posso definir minha opinião sobre eles no que diz respeito à sua natureza. Os cientistas se dividem sobre se os vírus são seres vivos ou não e isso parece que impede que ações de combate mais eficazes sejam desenvolvidas. Fico com a opinião de Átila Iamarino que defende que os vírus são seres vivos.

A partir dessa definição podemos avançar um pouco. Os vírus têm RNA e DNA e, por isso, podem sofrer mutações e também podem morrer.

Sabemos há muito tempo que radiações podem, de acordo com a intensidade e a natureza, causar mutações ou destruir o DNA de seres vivos.

Por este raciocínio, radiações bem dosadas poderiam teoricamente destruir o DNA dos vírus.

Para isso, antenas poderiam emitir radiações, da mesma maneira como emitem radiações eletromagnéticas para nossos celulares ou TVs. E essas radiações, não as mesmas dos celulares, teoricamente poderiam matar esses vírus globalmente sem causar danos relevantes aos seres humanos.

Há alguém trabalhando nisso? Desconheço, afinal, como escrevi acima, a imensa maioria dos cientistas trabalha focada no desenvolvimento de vacinas e os laboratórios lucram muito com isso. Caso se desenvolva uma nova forma de combate aos vírus, de maneira geral e global, como ficaria a comercialização de vacinas?

Mas como quem manda na humanidade atualmente é o deus mercado, poderá estar próximo o dia em que se descubra uma nova forma de erradicação, já que, como já disse, os países não vão conseguir assistir passivamente suas economias serem destruídas por sucessivos lockdowns decorrentes de novas variantes que surgirão quase todos os meses ou dias.