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sábado, 11 de outubro de 2025

A banalidade do mal quando se morre atirando

Por Fernando Castilho



Há muitos anos, assisti a um filme que me deixou inquieto — não apenas pela brutalidade dos fatos históricos, mas pela revelação de uma verdade sombria: o ser humano pode persistir na maldade mesmo quando tudo está perdido, mesmo quando não há mais salvação possível.

O filme era Downfall (A Queda!), um drama histórico devastador que retrata os últimos dias de Adolf Hitler em seu bunker, em Berlim, abril de 1945.
A cidade estava em ruínas, bombardeada sem cessar. O fim do ditador era inevitável. Mas, em vez de recuar, ele se afundou ainda mais em sua loucura.
A iminência da derrota não o fez renunciar à crueldade — a intensificou.

Um dos atos mais insanos foi o Decreto Nero (o nome é muito apropriado) , assinado em 19 de março de 1945.
Hitler ordenou a destruição total da infraestrutura alemã — fábricas, pontes, ferrovias, depósitos — para que nada de valor caísse nas mãos dos Aliados.
Não era uma estratégia militar. Era vingança. A Alemanha, já destruída pela derrota, pagaria um preço ainda mais terrível.
Hitler acreditava que o povo alemão, por tê-lo “traído” ao perder a guerra, não merecia sobreviver.
Felizmente, muitos generais ignoraram a ordem, percebendo que não havia mais nada a salvar — nem o regime, nem o líder.

Uso esse filme como analogia para o que está acontecendo agora com Jair Bolsonaro.

O ex-presidente está condenado e será, sem sobra de dúvidas, preso por muitos anos. Já cumpre prisão domiciliar.
Mas, mesmo encurralado, não abandona o rancor, nem a sede de revanche.
Seu filho, com seu aval, permanece nos Estados Unidos articulando sanções contra o Brasil.
Sanções que não atingem apenas ministros do STF — atingem o povo brasileiro.
Empregos serão perdidos. Famílias serão prejudicadas. A economia será ferida.

Então, cabe perguntar:

De que valem essas ações, se não têm o poder de salvá-lo da prisão?
Por que insistir na maldade?
Por que Bolsonaro não ordena que seu filho pare com essa traição à Pátria?
Por que não pede a algum aliado — Malafaia, Tarcísio, Valdemar Costa Neto — que redija um discurso pedindo a Trump que cancele as sanções contra o Brasil?

Mesmo que não surta efeito, não seria um gesto digno?
Não pareceria, aos olhos do povo, um estadista preocupado com o país?

Mas não.
Mesmo diante da ruína — e sem qualquer perspectiva de reversão — o ódio, o rancor e o desejo de vingança são mais fortes. Seu caráter foi forjado nessas características.
Bolsonaro é aquele que morre, mas leva muita gente inocente junto.

Que ser humano é esse?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Sobre a infame legalização do partido nazista: algumas perguntas simples para você...

Por Walter Falceta



Como seria, no horário de propaganda eleitoral gratuita, uma eventual propaganda do tão defendido Partido Nazista Brasileiro?

Qual seria o programa? Instituição do Bolsa Segrega, com guetos para negros, judeus, asiáticos, indígenas, ciganos, comunistas, anarquistas, LGBTs, feministas, religiosos de esquerda e deficientes?

O Programa Nova Empresa, em que as companhias dos grupos acima seriam expropriadas e entregues a representantes da "raça pura"?

Você que adora seu sobrenome italiano, não comemore. Eles, no fundo, também consideram você um representante de sub-raça.

A aliança com o assassino Mussolini foi tolerável por motivos estratégicos. Mas a turma de Karl Wolff saiu da Itália, na II Guerra Mundial, deixando centenas de milhares de cadáveres como agradecimento pela estadia.

Programa "O Trabalho Liberta", com a construção de campos de concentração em Rondônia, Acre, Mato Grosso e Amazonas?

A fundação da Empresa de Fornos Nacionais, em Angra dos Reis, para a cremação industrial de inimigos da Pátria?

O Prêmio Nacional Harro Schacht, em homenagem ao comandante do submarino U-507 que, em 1942, afundou quatro navios brasileiros, provocando mais de seiscentas mortes, inclusive de mulheres e crianças, contribuindo para a "purificação da raça"?

Conversão do Exército em Wehrmacht dos Trópicos? Transformação das milícias do genocida em Sturmabteilung Verde e Amarela? Mudança das PMs para destacamentos da SS Brazuka?

Transformação das AMAs e UBSs em centro de esterilização em massa para ciganos, adictos, negros, deficientes, indígenas e outros grupos considerados um estorvo pelo sistema?

Transformação das Universidades de Medicina em Unidades Mengele, com laboratórios de testes para crianças deficientes ou "inferiores" vivas?

Se você considera que um nefando partido com essas características merece ser legalizado, respeitado e agregado ao rito eleitoral democrático, pega o seu lugar na fila.


Walter Falceta é jornalista