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terça-feira, 11 de janeiro de 2022

O perigo que nos rodeia

Por Fernando Castilho

 


O intervalo entre o surgimento de novas variantes do coronavírus parece que vem diminuindo. 

Nem bem entendemos ainda a ômicron e já há especialistas falando em novas variantes.

Cientistas vêm dizendo que a humanidade terá que aprender a conviver com o coronavírus.

Porém, a que custo? Se a cada nova variante enfrentamos novos lockdowns e novas proibições de viagens, de reuniões, de convívio social, enfim, de tudo que caracteriza o ser humano, como vamos ter que aprender a conviver com isso?

E as economias dos países que veem seus estabelecimentos comerciais fechando a cada novo lockdown?

Não, não será possível uma adaptação a menos que a humanidade experimente uma degradação sem precedentes do processo civilizatório que permitiu uma situação de bem-estar nas áreas urbanas, pelo menos para aqueles que não se enquadram na situação de extrema pobreza. Para estes será o fim.

O que constatamos hoje é que a imensa maioria dos cientistas que pesquisam sobre vírus trabalham com foco total no desenvolvimento de vacinas, até porque trabalham para grandes laboratórios.

A Pfizer, por exemplo lucrou e está lucrando quanto no desenvolvimento e comercialização de vacinas?

Não, não sou negacionista de vacinas. Elas são as responsáveis por uma barreira criada para evitar mortes e, por isso, no momento são extremamente importantes.

Sou leigo no assunto vírus, mas como conheço Física e como tenho pesquisado muito, posso definir minha opinião sobre eles no que diz respeito à sua natureza. Os cientistas se dividem sobre se os vírus são seres vivos ou não e isso parece que impede que ações de combate mais eficazes sejam desenvolvidas. Fico com a opinião de Átila Iamarino que defende que os vírus são seres vivos.

A partir dessa definição podemos avançar um pouco. Os vírus têm RNA e DNA e, por isso, podem sofrer mutações e também podem morrer.

Sabemos há muito tempo que radiações podem, de acordo com a intensidade e a natureza, causar mutações ou destruir o DNA de seres vivos.

Por este raciocínio, radiações bem dosadas poderiam teoricamente destruir o DNA dos vírus.

Para isso, antenas poderiam emitir radiações, da mesma maneira como emitem radiações eletromagnéticas para nossos celulares ou TVs. E essas radiações, não as mesmas dos celulares, teoricamente poderiam matar esses vírus globalmente sem causar danos relevantes aos seres humanos.

Há alguém trabalhando nisso? Desconheço, afinal, como escrevi acima, a imensa maioria dos cientistas trabalha focada no desenvolvimento de vacinas e os laboratórios lucram muito com isso. Caso se desenvolva uma nova forma de combate aos vírus, de maneira geral e global, como ficaria a comercialização de vacinas?

Mas como quem manda na humanidade atualmente é o deus mercado, poderá estar próximo o dia em que se descubra uma nova forma de erradicação, já que, como já disse, os países não vão conseguir assistir passivamente suas economias serem destruídas por sucessivos lockdowns decorrentes de novas variantes que surgirão quase todos os meses ou dias.

 

 

 

 


O contra-almirante do contra

 Por Fernando Castilho



O contra-almirante Barra Torres participou da campanha que elegeu Jair Bolsonaro, obtendo por isso a indicação para ser o presidente da Anvisa. Como o capitão nunca escondeu de ninguém seu caráter canalha, é certo que naquela época o militar da marinha comungava das mesmas ideias.

 O que levou um homem culto (ao contrário do general Heleno, inculto e não belo) como ele a trabalhar para Bolsonaro ninguém sabe.

Em março de 2020 Barra Torres participou, de livre e espontânea vontade, junto com o Capitão Morte, de uma manifestação em Brasília que pedia a volta do AI-5 e o fechamento do Congresso e do STF. Ele estava lá num momento em que a Covid-19 se alastrava fortemente pelo país. Mais tarde, em depoimento à CPI da Covid, declarou que se tivesse refletido por cinco minutos não teria participado da manifestação.

Naquele mesmo ano a Rússia desenvolveu a vacina Sputinik V e uma farmacêutica brasileira requereu junto a Anvisa sua aprovação para uso emergencial, o que foi negado pelos técnicos uma vez que faltavam documentos importantes. Imediatamente muita gente questionou a decisão alegando que a agência discriminava a vacina por ser ela de origem russa. Uma bobagem que eu mesmo refutei em um texto. Os técnicos estavam certos em não aprovar o imunizante, como se constatou mais tarde.

Pois bem, de lá pra cá a Anvisa tem agido de forma muito profissional e independente. Seu presidente, Barra Torres chegou a depor na CPI da Covid defendendo seus técnicos e criticando duramente o presidente e o ministro da saúde à época, general Pazuello, que colocavam todo tipo de obstáculos para vacinar as pessoas.

Como a Anvisa, de maneira muito responsável, aprovou a vacina da Pfizer para uso em crianças de 5 a 11 anos, o atual ministro Queiroga e o Capitão Morte passaram a criticar a agência.

Bolsonaro chegou a exigir que os nomes dos técnicos fossem divulgados para que as redes de apoio bolsonaristas pudessem iniciar seus ataques e promover ameaças, inclusive de morte, fato gravíssimo que as instituições somente observaram de longe.

Em sua live semanal recheada de mentiras e fake news que não sabemos porquê ainda está no ar, o capitão novamente atacou a Anvisa e a questionou sobre o interesse em aprovar a vacina infantil, insinuando que os técnicos e seu presidente estariam ganhando dinheiro com isso.

Barra Torres, abandonando de vez o bolsonarismo e abraçando seus técnicos como uma mãe defende seus filhos, redigiu uma nota cuja característica é ímpar.

Escrita de forma elegante, altiva e objetiva, a nota traça uma brevíssima biografia do almirante realçando sua dignidade na carreira da marinha para fazer contraste com a vida pregressa do capitão expulso do exército. Uma bofetada.

A nota ainda busca amarrar as mãos e amordaçar a boca do presidente ao solicitar que se ele tiver informações contra ele, que determine abertura de investigações, pois, se não o fizer, poderá incorrer em crime de prevaricação. Vai ser difícil o Capitão Morte responder a isso.

Não sabemos se Barra Torres é mais um dos arrependidos, mas está claro que Bolsonaro perde dentro das Forças Armadas um apoio de peso que poderá influenciar outros militares, a exemplo talvez do comandante do exército, general Paulo Sérgio, que determinou que toda a tropa se vacinasse, contrariando o capitão.

Bolsonaro, perdendo, apoio de Olavo de Carvalho e seus seguidores, das Forças Armadas (menos os que estão mamando nas tetas do governo) e dos deputados do centrão que já iniciam suas campanhas eleitorais em seus estados tentando desvincular seus nomes do presidente que fazia estrepolias enquanto a Bahia mergulhava em sua maior catástrofe climática, caminha para a impossibilidade de sua reeleição.