Por Fernando Castilho
Anderson Torres tem uma pequena janela de tempo para negociar com a PF uma redução de pena oferecendo em troca a cabeça de seu chefe como o mandante do crime. E a hora tem que ser agora.
O
ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, está preso já há
quase 4 meses. Seus advogados relatam que o quadro geral de saúde física e
psíquica é ruim, embora uma avaliação feita demonstre o contrário.
Torres
sabe que mesmo que sua prisão preventiva seja relaxada, ao fim do devido
processo legal, o que lhe restará será uma pena de 4 a 12 anos acrescida de
outras como associação criminosa, por exemplo.
O
ex-ministro está tendo uma amostra do que virá pela frente e, se já não
consegue suportar 4 meses, o que dirá de muitos anos?
Para
ele só há uma alternativa.
Os
celulares de Jair Bolsonaro e de seu ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid,
foram apreendidos e neste momento a Polícia Federal está procedendo à leitura e
análise de mensagens trocadas pelos dois.
Anderson
Torres optou por declarar que esqueceu a senha de seu aparelho, mas isso apenas
dificulta a ação da PF e logo mais ela terá acesso às conversas com seu chefe.
Caso
haja mensagens reveladoras da urdidura da tentativa de golpe de estado do dia 8
de janeiro, Torres, Bolsonaro e Cid serão indiciados e se tornarão réus. E a prisão
virá com certeza.
Depois
disso não fará muito sentido uma delação premiada do ex-ministro. O timing tem
que ser agora.
Torres
tem uma pequena janela de tempo para negociar com a PF uma redução de pena
oferecendo em troca a cabeça de seu chefe como o mandante do crime. E a hora
tem que ser agora.
Não
é sensato imaginar que Anderson Torres, pressionado por um suposto estado
depressivo que o faz chorar o tempo todo, suporte tudo sozinho sem optar por
uma tentativa de redução de pena.
Se
não delatar é porque Bolsonaro realmente exerce um poder de influência muito
grande, talvez apoiado em gente perigosa.
Muito Bom!
ResponderExcluirMuito obrigado.
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