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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

A Papuda aguarda seu prisioneiro mais ilustre

Por Fernando Castilho



Como até as emas do Palácio do Alvorada sabiam, o chefão da quadrilha, segundo já noticiado pela imprensa através de fontes da PF é ele mesmo, Jair Bolsonaro, o inelegível.

O pastor Marco Feliciano chegou a chamar o tenente-coronel Mauro Cid de herói, durante a audiência na CPMI sobre o golpe de 8 de janeiro.

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro chegou a comparecer fardado por orientação do exército que o considerava um soldado com reputação ilibada, insultando a Comissão. Apostaram todas suas fichas na sua retidão, mas se pudesse, Mauro Cid, caso as fichas fossem de ouro, as venderia no exterior.

O pai, enérgico general Cid, era tido como extremamente irritado com a prisão de seu filho e ameaçava, segundo a imprensa, botar a boca no trombone. Mas não o fez. Por quê?

No andar das investigações já avançadas da Polícia Federal, Mauro Cid, o filho e Mauro Cid, o pai, integram uma verdadeira quadrilha de roubo de joias desviadas do acervo do Estado e vendidas nos Estados Unidos. Todos militares! TODOS MILITARES! Quem seria o chefe? Ora, ora!

Como até as emas do Palácio do Alvorada sabiam, o chefão da quadrilha, segundo já noticiado pela imprensa através de fontes da PF é ele mesmo, Jair Bolsonaro, o inelegível.

Já estamos há 8 meses aguardando ansiosos a prisão do ex-presidente, não por esse crime tão ralé, uma surpresa que apareceu durante as investigações sobre os atos terroristas, mas por inúmeros outros de gravidade extrema como sua atuação durante a pandemia da Covid-19 em que foi responsável pela morte de centenas de milhares de pessoas e o golpe de 8 de janeiro, prontamente desmontado pelo recém-eleito presidente Lula.

Jair Bolsonaro veio do baixo clero da política, acostumado desde sempre a desviar recursos públicos de pouca monta através do esquema de rachadinhas e de contratação de funcionários fantasmas. Para ele a vida seguia tranquila com seus poucos discursos que sempre evocavam sua admiração pela ditadura e seu preconceito contra as mulheres e as minorias. Faturava o seu, comprava imóveis com dinheiro vivo e trocava de mulher. Resolveu se tornar presidente e, ao que tudo indica até agora que se manteve fiel ao seu estilo ladrão de galinhas. A menos, claro, que apareçam outros esquemas como fraudes em licitações, o esquema preferido dos governantes do alto clero.

Bolsonaro precisa agora ser preso preventivamente para que seja investigado e tenha seus sigilos abertos. Além disso, é urgente que seu passaporte seja retido para que o rato não escape.

Possivelmente há mais gente no esquema, afinal, os generais mais próximos dele não seriam meros espectadores do esquema. Braga Netto Augusto Heleno e outros também devem ser investigados.

A claque bolsonarista em que se incluem os filhos já não pode mais defender seu mito. Por isso, é possível que fique caladinha durante as próximas sessões da CPMI e da CPI do MST. Esta deve ser concluída às pressas na próxima semana com algum relatório Tabajara do Ricardo Salles que, mais uma vez, não conseguirá criminalizar o movimento.

Enfim, o bolsonarismo acaba de receber um terrível golpe e dificilmente se recuperará.

Regozijemo-nos, pois, nós que assistimos por 4 anos as ameaças a democracia e ao processo civilizatório

Como pensávamos, o mito tem pés de barro e começou a desmoronar sobre eles.


terça-feira, 25 de julho de 2023

Responda rápido, sem pensar: quem matou Marielle?

Por Fernando Castilho

Imagem: Wikipedia


É certo que esses dois não são os mandantes do crime, mas a Polícia Federal pode estar perto de descobrir o nome ou os nomes. Será que já descobriu? Será que são quem nós pensamos?


Lula nem bem revelou uma proposta de aumento de pena para quem agredir autoridades que passariam, em casos mais graves, para de 20 a 40 anos de reclusão e a grande imprensa já começou as críticas. A julgar pelo Uol, que entrevistou alguns juristas e advogados sobre o assunto, a ideia é punitiva demais.

Trata-se da típica e tradicional reação a cada vez que alguém sugere punição rigorosa a crimes que se confundem com liberdade de expressão. O brasileiro parece padecer de uma síndrome, a do homem cordial, como escreveu Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil ou do “brasileiro é muito bonzinho”, como dizia a atriz norte-americana radicada no Brasil, Kate Lyra em A Praça é Nossa.

Foi essa síndrome que nos impediu de condenar os militares pelos crimes cometidos durante a ditadura. O bolsonarismo e todos os seus males cometidos contra o povo do país por duros quatro anos é fruto dessa omissão.

Sabemos que a grande mídia teme o sucesso absoluto do governo Lula, buscando uma alternativa de direita mais moderada, mas também fica claro que se não aparecer um nome (Tarcísio de Freitas parece preferir disputar a reeleição em São Paulo), ela vai de Bolsonaro mesmo ou quem ele apoiar em 2026 e 2030.

É por isso que seu Jair é tão poupado hoje em dia, mesmo sem poder e inelegível. E é por isso que ele não é citado nos noticiários sobre o assassinato de Marielle Franco.

O ex-PM e miliciano Élcio Queiroz decidiu fazer delação premiada admitindo que foi ele quem dirigiu o carro e que foi Ronnie Lessa quem assassinou a vereadora e seu motorista Anderson Gomes.

É certo, porém que esses dois não são os mandantes do crime, mas a Polícia Federal pode estar perto de descobrir o nome ou os nomes. Será que são quem nós pensamos?

Não pretendo que a grande mídia saia por aí responsabilizando levianamente a familícia Bolsonaro, mas não deveria se furtar a relembrar algumas informações “esquecidas” durante os cinco anos que se passaram.

No dia da morte de Marielle e Anderson, Élcio fez uma visita às casas de Ronnie Lessa e de Jair Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra. Carluxo estava em casa. Também havia inúmeras ligações telefônicas da casa de Ronnie para a de seu Jair.

Além disso, o porteiro do condomínio havia dado várias informações à PF, inclusive registros da câmera e horários da visita. Chegou até, em depoimento, a afirmar que a autorização para Élcio entrar foi dada pelo “seu Jair”. Jair Bolsonaro alegou que estava em Brasília naquele momento. Sergio Moro, então ministro de Bolsonaro, deu um cala boca no porteiro ameaçando-o com a Lei de Segurança Nacional e ele acabou sumindo. Curiosamente, a grande mídia, que havia começado a investigar o caso, se desinteressou e não mais falou no assunto.

Quem seria beneficiado diretamente pela morte de Marielle? A vereadora estava em campanha para o senado e vinha bem nas pesquisas, mas com sua morte, Flávio Bolsonaro foi quem se elegeu.

Ao longo dos quatro anos de governo, Bolsonaro, a cada vez que a investigação começava a avançar, trocava o delegado responsável, obstruindo a justiça, mas a grande mídia nunca se importou com isso.

Nossa imprensa, na verdade, considera a página já virada. Para que falar de Marielle? O ministro Flávio Dino, na manhã da segunda-feira (24), deu entrevista coletiva em que revelou a delação premiada de Élcio Queiroz, uma notícia bombástica, mas o Uol só foi noticiar no começo da tarde. Há uma dificuldade enorme em sequer dizer que há vários indícios de ligação da familícia Bolsonaro com o crime cometido.

Há até, na grande imprensa, quem já esteja aventando a possibilidade de que o crime foi cometido somente para agradar Carluxo. Ridículo!

Flávio Dino afirmou que as investigações agora se colocam em outro patamar, o que pode significar que até já haja informações sobre quem é ou são os mandantes e é lógico que a polícia deve estar trabalhando com a hipótese mais provável, qual seja, a de que a familícia está ao menos envolvida, afinal, onde há fumaça há fogo e neste caso, há um grande incêndio. Porém, é preciso antes juntar provas para não incorrer em erro que dê margem a contestações. Quando isso for divulgado, a grande imprensa terá que noticiar o fato, mesmo que a contragosto.


terça-feira, 18 de julho de 2023

Bolsonaro parece morto, mas o bolsonarismo sobrevive

Por Fernando Castilho



O capitão morte já deu inúmeras mostras de que não é nenhum mito, mas apenas um praticante de delitos como rachadinhas, roubo de joias, insuflador de golpes e por aí vai. Como ainda seguem um reles bandido?


O ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, foi alvo de agressões verbais no aeroporto de Roma na sexta-feira, 14. Justo quem?

Os xingamentos partiram inicialmente de uma mulher que o chamou de bandido, comprado e comunista. O filho de Moraes teria levado um tapa de um dos agressores.

Embora, em depoimento à Polícia Federal, os três neguem, é quase certo que o crime foi realmente cometido. As câmeras do aeroporto dirão.

Persiste a necessidade de uma análise sociológica e psicológica profunda dessa extrema-direita que ficou órfã de Jair Bolsonaro. É incompreensível que ousem admoestar justamente o ministro que tem prendido tantos golpistas. Essa insanidade se compara ao ato de implorar a ajuda de Ets e à oração a um pneu.

O capitão morte já deu inúmeras mostras de que não é nenhum mito, mas apenas um praticante de delitos como rachadinhas, roubo de joias, insuflador de golpes e por aí vai. Como ainda seguir um reles bandido?

Bolsonaro é como a Covid que tanto desprezou. Já foi embora, mas as sequelas ainda permanecem e talvez demorarão a passar.

O ato de molestar verbal ou fisicamente autoridades é prática comum entre os fascistas que não toleram o pensamento diferente. Vejam que a mulher chamou Moraes de comunista, talvez porque tenha cumprido a legislação eleitoral que tornou Bolsonaro inelegível por oito anos e por cumprir a Constituição prendendo malfeitores que insistem em cometer crimes.

Esse comportamento sempre existiu no Brasil, porém, começou a ser mais frequente quando o ex-ministro Guido Mantega foi agredido verbalmente no hospital em que sua esposa, paciente com câncer, se encontrava internada.

Dilma Rousseff também sofreu agressões verbais nos EUA por parte de um homem que chegou a ameaçá-la de morte.

Mas a esquerda também cometeu seus erros.

O ex-juiz Sergio Moro também foi xingado por petistas no que se passou a chamar de “esculacho”. O esculacho seria um eufemismo para práticas fascistas?

É claro que quando autoridades que cometem crimes e permanecem impunes não passam desapercebidas pelas pessoas que se sentem aviltadas pelos altos impostos que pagam e que lhes são surrupiados. Mas há uma diferença gritante entre Alexandre de Moraes, um magistrado que vem cumprindo as leis e Sergio Moro, um juiz parcial que, movido por vários interesses financeiros e de poder, condenou e prendeu o candidato que teria vencido Bolsonaro com facilidade em 2018.

Vem agora a lembrança da fala do ministro lavajatista do STF, Luís Roberto Barroso no congresso da UNE, em que afirmou que “derrotamos o bolsonarismo”.

Ora, ministro, o bolsonarismo só existe por causa de Lava Jato e de seus protagonistas maiores, Sergio Moro e Deltan Dallagnol, justamente aqueles que vossa senhoria tanto admirava.

Barroso ajudou a criar o monstro bolsonarismo e agora vem dizer que ajudou a derrotá-lo.


quinta-feira, 13 de julho de 2023

Ignorância ou mau-caratismo? Ou os dois?

Por Fernando Castilho

Reprodução: redes sociais


Tarcísio avisou que a extrema-direita e Bolsonaro seriam derrotados e acertou. A grande mídia ficou eufórica com ele por despontar como uma alternativa a um quarto mandato de Lula.


Há várias definições para ignorância: desconhecimento, desinformação e inocência são algumas delas. Todas aludem a um estágio anterior ao conhecimento e parecem sugerir que a pessoa ignorante é aquela que não teve acesso ao conhecimento, razão pela qual não se pode atribuir culpa a ela por isso.

Já, para o mau-caratismo, há também inúmeras definições: cafajestismo, canalhice e desonestidade são algumas delas. Todas remetem a um comportamento inadequado dentro de um determinado grupo social. Aquele que exibe mau-caráter é aquele que busca incessantemente enganar ou ludibriar o outro para obter vantagens em detrimento dele.

Na semana passada vimos como a ignorância e o mau-caratismo quase se amalgamam, embora este último predomine sobre o primeiro.

Foi o caso da reunião do Partido Liberal (PL), em que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi hostilizado, não só por uma plateia raivosa, mas também pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Tarcísio, aliado por 4 anos do capitão, entendia que a reforma tributária proposta por Fernando Haddad, ministro da Fazenda, seria algo benéfico para o país, mas seu ex-patrão (e é aqui que entra a ignorância), sem ter lido uma linha sequer da proposta, incitou os presentes a atacarem o governador. Além disso, como se fosse o presidente do partido, praticamente ordenou que os deputados do PL votassem contrariamente ao projeto simplesmente porque (e é aqui que entra o mau-caratismo) seria algo que daria pontos ao governo Lula.

A reforma tributária não é a reforma dos sonhos dos progressistas, mas é a reforma possível e, com certeza, será muito benéfica para o país, pois, dentre inúmeros avanços como a unificação de alguns impostos que beneficiarão as empresas, pela primeira vez os jatinhos, helicópteros, iates, lanchas e jet-skis dos milionários pagarão impostos. Além disso, os produtos da cesta básica não serão mais taxados, o que barateará a alimentação dos mais pobres.

À parte a possibilidade de uma estratégia de Tarcísio para romper o cordão umbilical com Bolsonaro e se apresentar aos brasileiros como uma direita de sapatênis, aproveitando o vácuo deixado por João Doria, o governador que tenta herdar o espólio dos tucanos demonstrou que de ignorante não tem nada. É muito astuto. Previu e avisou que a extrema-direita e Bolsonaro seriam derrotados e acertou. A grande mídia parece ter ficado eufórica com Tarcísio por despontar como uma alternativa a um quarto mandato de Lula.

Os vídeos com as falas de deputados bolsonaristas, tanto no plenário da Câmara, como em seus canais, logo irromperam numa torrente de mentiras (é aqui que também entra o mau-caratismo) em que não faltaram acusações de que o projeto é comunista (o conceito que atualmente serve para tudo aquilo que contraria o extremismo de direita) e que iria levar o país para o abismo. Na verdade, estávamos à beira do abismo, ou até dentro dele, até o fim do governo Bolsonaro. Agora, passados 6 meses de governo Lula, o ambiente já está consideravelmente mais despoluído e um bom futuro começa a ser construído para a nação.

Se há várias formas de definir o mau-caratismo, mais uma pode ser incorporada: a maldade.

Um dos maiores representantes da prática da maldade para atingir objetivos próprios é o senador Magno Malta. Em vídeo, transparece a quem não é incauto, (outra possível definição de ignorante) essa maldade. Esse senhor, cuja marca da maldade parece estar estampada em sua testa, NÃO QUER um bom futuro para as pessoas mais pobres do país, mas tão somente, fazer crescer seu nome para conseguir mais rebanho (rebanhos são ignorantes, puros, incautos, inocentes conduzidos por alguém mais esperto).

Um demônio incorporado numa figura humana, assim como seu mito.

Outro que parece tentar passar uma imagem de ignorante é Eduardo Bolsonaro. Ao afirmar em evento de defensores do armamento que professores são piores que traficantes, não passou somente por ignorante no assunto educação, mas expôs todo seu mau-caratismo além de seu posicionamento fascista. Todos sabemos que fascistas odeiam a educação, a cultura e a ciência.

Ah, quase ia me esquecendo, a reforma tributária foi amplamente aprovada pela Câmara. Vitória dos bons.