domingo, 18 de maio de 2014

Zé Dirceu, um personagem rocambolesco

Por Fernando Castilho

Zé Dirceu tal qual Rocambole, personagem de vários romances de folhetim de Ponson du Terrail, é autor de mil e uma peripécias. Zé Rocambole Dirceu se mete nas mais variadas aventuras, mas sempre se sai bem, esperto e liso como sabonete.

A primeira começa quando em 1967, conhecido pelo codinome de "Daniel", presidiu a União Estadual de Estudantes (UEE), firmando-se como líder estudantil.

Sobre garotos-propaganda

Por Fernando Castilho



Nos anos 90 havia uma propaganda na TV com um jingle assim: ''Lojas Marabrás, preço menor ninguém faz''. Lembram-se?

Era protagonizada por Zezé di Camargo e Luciano lá pelo ano de 2002.

Os sertanejos emprestavam suas vozes ao jingle enquanto sentavam-se em sofás e poltronas da loja.

Destinados a um público assim chamado de classes D e E, os móveis eram simples, fabricados em aglomerado de madeira, tinham pouca durabilidade, mas custavam ''barato''. Ainda por cima podiam ser comprados por crediário.

Na época, o que me chamou a atenção foi ter visto em uma revista fotos das salas das residências de Zezé di Camargo e Luciano. Verdadeiro luxo. Decoração contratada a profissionais, móveis de madeira de lei importados, enfim, um primor. Tudo muiiiiiito caro.

E eles recomendavam que a gente comprasse os móveis da Marabrás...

Mulheres lindas e famosas também fazem propaganda de xampus e sabonetes, além de outros produtos de beleza.

Mas lembrei-me agora de outra campanha publicitária dos anos 70, se não me engano, estrelada por outro famoso: o atleta do século passado, Pelé.

Pelé fazia propaganda para a vitamina Vitasay. Ele que era modelo de vitalidade, agora revelava a todos seu segredo. A Vitasay deve ter vendido muito comprimido com Pelé.

Mas será que ele chegou a tomar algum? Ninguém sabe.

Recentemente vimos outro rei fazendo propaganda. Desta vez, o rei Roberto Carlos. Fazendo propaganda da carne Friboi.

A campanha causou polêmica na imprensa, nos blogs, nas redes sociais.

Diferentemente dos outros garotos-propaganda mencionados, o rei não toca no produto que promove. Por que?

Roberto mantém há anos a imagem de vegetariano que come peixe, ovo, queijo e toma leite.

Os vegetarianos desfilam perante pessoas como eu, carnívoras (com certo sentimento de culpa), uma certa aura. A de pessoas com grande força de vontade, que se libertaram de um alimento, que apesar de ser fonte de proteínas, carrega certa dose de toxicidade. São pessoas que nos passam uma imagem mais pacífica, mais tolerante, menos agressiva perante a vida, ao contrário das carnívoras.
Um dos militantes do vegetarianismo, outro famoso, porém muito mais famoso que o rei, Paul McCartney, tem denunciado a crueldade da criação e do abate de animais.

Noticiários revelaram que Roberto Carlos, após 30 anos de vegetarianismo, arrependeu-se, voltando a comer carne.

Mais tarde, o cineasta Fernando Meirelles afirmou que o rei nunca teria deixado de ser vegetariano.

Só mais recentemente, seu empresário revelou que Roberto nunca o foi de fato.

Foi revelado também que o cachê pago pela Friboi teria sido de 25 milhões de reais. Nada mau. Nada mau para quem está há 11 anos sem gravar um álbum.

Agora analisando:
1º. Se Roberto Carlos se arrependeu do vegetarianismo, ele poderia ter cortado o bife e comido um pedaço, não? Mas não o fez. Faturou 25 milhões.

2º. Se o rei não desistiu de ser vegetariano, arriscou-se a ter sua imagem comparada a uma nota de três reais. Mas faturou 25 milhões.

3°. Se Roberto nunca foi vegetariano, poderia ter comido a carne. Mas não o fez. Mas faturou 25 milhões.

De qualquer forma, com qual imagem você ficou do rei? É falso, arrisca sua imagem por dinheiro?
E da carne da Friboi? A carne é ruim a ponto do Roberto Carlos não comê-la?

Outra questão pode ser colocada: você compra determinados produtos somente porque estão associados a imagem de alguém? Que não os consome?

Mais uma indagação: É ético alguém que possui milhares ou até milhões de fãs, seguidores, admiradores, associar sua imagem a determinado produto, sem conhecer sua cadeia produtiva? Sem saber se o fabricante contrata e paga regularmente sua mão de obra? Se paga impostos com regularidade? Se o produto tem realmente qualidade? Se não vai prejudicar a saúde de quem o consome?

Só por dinheiro?





sábado, 17 de maio de 2014

Gushiken, um troféu de caça

Por Fernando Castilho

Pra variar saiu na Folha mais uma notícia relacionada ao mensalão.

É todo dia. 

Desta vez, ela dá conta de que a defesa de José Dirceu, cujo número de citações no jornal, de seis meses para cá, deve ter batido todos os recordes, acaba de recorrer ao Plenário do STF contra ao veto a seu trabalho externo.

Em que pese tudo aquilo que já foi publicado sobre o caso de Dirceu, o que dá um volume bem grande, haverei de em breve, escrever um pouco mais sobre o assunto.

Mas agora não é esse o caso.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Gente, deu na Folha: ''O Mundo Acabou!''

Por Fernando Castilho

Já escrevi neste blog o que penso da grande mídia do Brasil. Ela funciona como um partido político clandestino. Leia aqui.

De certa forma, usando uma relação matemática de razão e proporção, eu diria que a mídia está para o PSDB assim como a Rede Sustentabilidade de Marina Silva está para o PSB. Com a diferença de que aquela jamais romperá com os tucanos...

terça-feira, 13 de maio de 2014

O manto de invisibilidade e blindagem de Alckmin

Por Fernando Castilho

Geraldo Alckmin está no Governo de São Paulo desde 1995, quando era vice de Mário Covas. Após um hiato de 4 anos, entre 2007 e 2010, voltou em 2011 ao governo. São, portanto, 15 anos à frente do Palácio dos Bandeirantes.

Alguém percebeu isso? 15 anos! O mesmo governador!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

''Desculpem, mas não quero participar do meu linchamento.''

Por Fernando Castilho

''Desculpem, mas não quero participar do meu linchamento.''

Foi com essa frase que o ator Alexandre Nero se despediu do Facebook, após explicar em um texto publicado no UOL, suas razões.




Segundo afirmou, está cansado do discurso de ódio de algumas pessoas na rede social.
E tem razão.

O ódio vem sendo disseminado tanto na internet quanto na televisão.

domingo, 11 de maio de 2014

Justiça do Vislumbre

Estava iniciando o projeto de escrever sobre o mais novo desmando de Joaquim Barbosa, quando fui surpreendido por este inigualável texto de Paulo Moreira Leite. Irrepreensível. Desisti.

Por Paulo Moreira Leite

Após meses de subterfúgios, silêncios, protelações e outras iniciativas que lhe permitiram  ganhar tempo, inclusive um surrealista pedido de monitoramento de ligações telefônicas do Planalto, o presidente do STF Joaquim Barbosa fez aquilo que – alguém duvida? -- sempre quis fazer.

Negou a José Dirceu o direito de deixar o presídio para trabalhar.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Eduardo Campos jogará a toalha?

Por Fernando Castilho

Acaba de sair uma nova pesquisa de opinião sobre os candidatos à Presidência da República.

Segundo a Pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira, 29, a presidenta Dilma Rousseff perdeu seis pontos porcentuais nas intenções de voto para presidente entre fevereiro e abril. Clique aqui para ter acesso à pesquisa.

''Curtindo'' um castigo

Embora publicado em 10/02/2014, quando do acorrentamento do adolescente ao poste, este texto, ainda muito atual, em minha opinião é o mais lúcido e completo sobre a onda de justiçamento que tem ocorrido no Brasil.

No Brasil, a violência não é uma qualidade das “pessoas más”, mas o fator estruturante da sociedade. É tão presente que se torna invisível aos olhos da maioria e se manifesta cada vez mais em discursos nas redes sociais


Por Rodrigo Elias (Revista de História.com.br -http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/curtindo-uma-violencia )

terça-feira, 6 de maio de 2014

Outras leituras sobre a pesquisa IstoÉ/Sensus

Por Fernando Castilho

 

A Pesquisa IstoÉ/Sensus que foi realizada em campo entre 22 a 25 de abril e publicada em 3 de maio de 2014, mostrou algumas coisas bem interessantes.

Embora pareça artificial em seus resultados, uma vez que não utilizou os cartões circulares, mas apresentou aos entrevistados cartões com os nomes dos candidatos em ordem alfabética, do que certamente se beneficiou Aécio Neves, cabem algumas outras considerações. Clique aqui  para ler a pesquisa.


Primeiro: A publicação se deu aproximadamente 10 dias depois de ter sido feita a pesquisa de campo. Em que pese que há um tempo para a tabulação, me parece que 10 dias é um período de tempo muito longo.

Cabe uma especulação: será que o instituto esperava algum desdobramento mais sério do caso Pasadena, ou do laboratório Labogen, para no mesmo momento publicar a pesquisa, como que a representar dessa forma o resultado da indignação da população?

Como a mídia praticamente parou de falar sobre o assunto (por que será), teve que publicar assim mesmo. Ou deixaram para divulgar após o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff pelo dia do Trabalho, como se a pesquisa já tivesse captado este momento.

Segundo: Cadê o cenário com Marina, ao invés de Campos? Não interessa ao Sensus elevar Marina, mas sim Aécio? Claro que não, pois Ricardo Guedes Ferreira Pinto, diretor do instituto é ligado ao PSDB. Ele está em campanha.

Terceiro: Na pergunta por voto espontâneo, Marina, que até então mostrava superioridade sobre Campos, aparece com 2,4% enquanto Campos tem 3,1%.

Quarto: Na identificação partidária espontânea, que mede a preferência do eleitorado por determinado partido, o PT aparece em 1º lugar com 9,6%, quase o dobro do PSDB que tem 5,1%. Reparem que o PMDB da base aliada aparece em 3º lugar com 2,3%. Se somarmos os votos no PT com os do PMDB temos 11,9%. O que sugere que Dilma e o PT façam uma campanha de modo a relacionar a Presidenta mais intimamente ligada com o partido e também com Lula, sua expressão maior.

Embora o PMDB nos estados sempre faça campanhas independentes a eleger seus governadores, por força da expressão de votos de Dilma, ele há que ligar também o nome do partido às realizações do Governo no âmbito social.

Observem também também o que mais aflige o eleitor: Saúde com 44,6% aparece em 1º lugar! É urgente que Dilma faça link entre os problemas da saúde e sua resposta acontecendo agora mesmo com o Programa Mais Médicos. Ou seja, falta divulgação das medidas que o Governo está tomando.

Quinta: A considerar a pesquisa como séria e crível, Eduardo Campos já pode jogar a toalha. Tendo as mesmas propostas (?) de Aécio, não há como reagir. Porém sua utilidade para o PSDB é imensa, pois só com ele ainda em campanha Aécio consegue ir para o 2º turno. Numa eventual desistência de Campos (o que duvido), seus votos seriam divididos, e nem todos migrariam para o tucano.

Há ainda que se considerar que, em caso de desistência de Campos, Marina não vai poder ter a Rede Sustentabilidade como seu partido a prosseguir. Teria ela que assumir a cabeça de chapa do PSB. Mas como o Sensus não colocou seu nome em nenhum cenário, fica difícil avaliar o que poderá acontecer.

Todas essas dúvidas poderão ser sanadas após o resultado da pesquisa Datafolha que está por vir. Já sabemos que poderá ser nos mesmos moldes da Sensus, sem cartão circular, mas certamente dará um indicativo melhor da situação eleitoral.

 

IstoÉ



Seu perfil ideológico é...

Por Fernando Castilho

A Folha de São Paulo em 5 de maio publicou uma pesquisa online para tentar identificar o perfil ideológico de seus leitores. Clique aqui para participar.

Não é preciso ser assinante para participar. E o fato de ter participado não chancela a pessoa como sendo leitor da Folha, uma vez que algumas pessoas publicaram a enquete nas redes sociais.