Este é um texto daqueles que fala o que todo blogueiro gostaria de escrever, mas o atropelar dos fatos dificulta. Trata-se de um texto que eu gostaria que se estendesse muito mais, delicioso que é. Trata-se de um texto que lamentei ter chegado ao fim. Queria mais.
Escrevo ao som de panelas e gritos de crianças (coitadinhas) de “Fora PT”. O som, desagradável, incomoda mais pela ignorância, pela intolerância e pela tristeza de ver a que ponto pode chegar a manipulação de consciências.
Entorpecido
pela campanha sórdida de uma imprensa que não pensa no país, mas
tão somente em seus próprios interesses comerciais e corporativos,
defendendo seu ultrapassado conceito de neoliberalismo como fruto de
um pensamento e uma postura autocrática, para usar uma linguagem
civilizada, e tendo ainda a seu favor a ajuda vergonhosa de juízes
de direito que estão mais para capitães do mato e chefes de
jagunços, o Brasil vem sendo aos poucos empurrado para a vala comum
da idiotia, da intolerância, do preconceito e do ódio, se já não
bastasse o baixo índice de politização de grande parte de sua
sociedade.
Não
é por acaso que o imortal que ninguém leu deita falação pelos
jornais “convocando” o país a repudiar o ex-presidente Lula.
Logo ele que abriu as comportas da Petrobrás para as grandes jogadas
sem licitação e que, por pouco, não vende a empresa a preço de
banana no mercado das almas. Ele que comprou a sua reeleição e que
chegou com os apaniguados ao limite da irresponsabilidade. Ele e
outros liderados de seu partido que outra coisa não fazem, após as
eleições do ano passado, senão procurarem chifres em cabeças de
cavalo. Hipocrisia em altíssimo grau.