Sobre o discurso de Dilma Rousseff em 1º de janeiro de 2015, o blogueiro pinçou algumas frases e gostaria de comentá-las.
A
presidenta reeleita falou de tudo um pouco. Com rara (para ela) boa
oratória, soube reafirmar compromissos de campanha, desabafar aquilo
que estava na garganta e dar um tapa com luva de pena de ganso na
oposição, na mídia e nos eternos predadores, sempre interessados
em vender o país por quantias módicas, desde que garantido o seu.
Aos
que saíram às ruas em junho de 2013:
''Isso
que era tanto para uma população que tinha tão pouco, tornou-se
pouco para uma população que conheceu, enfim, governos que
respeitam e que a respeitam, e que realmente se esforçam para
protegê-la. (...)
Por
isso, a palavra mais repetida na campanha foi mudança e o tema mais
invocado foi reforma. Por isso, eu repito hoje, nesta solenidade de
posse, perante as senhoras e os senhores: fui reconduzida à
Presidência para continuar as grandes mudanças do país e não
trairei este chamado. O povo brasileiro quer mudanças, quer avançar
e quer mais. É isso que também eu quero.''
Com
esse parágrafo, Dilma reafirma que reconhece o movimento que saiu às
ruas e quer ser a condutora das mudanças reinvindicadas por ele, uma
vez que a oposição jamais compreendeu o sentido dos protestos e
jamais procurou assumir um papel diante deles, talvez porque as
mudanças tenham obrigatoriamente que passar por uma reforma
política, para ela, o horror dos horrores.