Por Fernando Castilho
Enquanto os cardeais debatem, Malafaia manda passar uma cestinha para o dízimo dos conclavistas
Vaticano, 2025. No coração da Praça de São Pedro, uma figura
inesperada surge, carregando uma mala Louis Vuitton e uma bíblia com capa
dourada: o pastor Silas Malafaia. Com um sorriso confiante e seu infalível tom
oratório, ele se dirige ao portão, cumprimentando os guardas suíços com um
entusiasmado "Povo amado do Vaticano!”
Ao descobrir o propósito da visita, os cardeais entram em um
estado de perplexidade. Malafaia, sem hesitar, explica sua ideia: "Meus
caros, sempre preguei que os caminhos do Senhor são misteriosos. Então, quem
melhor do que eu para ser o papa conservador e defensor da moral da vez?
Afinal, não sou eu que transformo centavos em milhões, digo, almas em
bênçãos?"
Nos bastidores, corre o boato de que Malafaia trouxe como
“carta de apresentação” uma planilha de arrecadação e uma proposta de
"Dízimo 4.0", prometendo modernizar a Santa Sé com estratégias de
marketing e lives interativas no Instagram. Ele até sugere um novo bordão para
a Igreja: "Contribua com fé, pois aqui as indulgências são premium."
Enquanto os cardeais debatem, Malafaia manda passar uma
cestinha para o dízimo dos conclavistas, justificando: "É para cobrir os
custos do Espírito Santo em alta definição."
Surge uma tempestade de memes na internet. “Papa Malafaia
2025” vira trending topic, com hashtags como #FéEmpreendedora,
#HabemusPastor
e #DízimoDigital.
Em um último ato de ousadia, Malafaia coloca um trio elétrico em plena Praça de
São Pedro, decorado com luzes de LED piscando "Jesus é Top", e manda
passar a cestinha para a multidão reunida enquanto entoa cânticos de sua igreja
que ninguém compreende. O resultado? Um silêncio constrangedor, interrompido
apenas pelo soar de um sino... mas era um vendedor de gelato.
No fim, os conclavistas, embora tenham achado a planilha
Dízimo 4.0 interessante, consideraram um ultraje terem eles mesmos que pagar
dízimo. O conclave se encerra com um novo papa escolhido: um cardeal idoso,
gentil e genuinamente humilde, seguidor de Francisco.
Malafaia fica furioso e xinga o novo papa de “ditador da
batina”. Antes de embarcar de volta ao Brasil, ele tenta vender aos cardeais um
pacote de "orações personalizadas" com desconto para quem pagar em
criptomoedas. De volta ao Brasil, murmura algo sobre ter "plantado a
semente" para um dia liderar "o rebanho mundial". Até lá, ele
promete lançar um curso online: "Como Evangelizar em Latim e Lucrar com
Isso", com um bônus exclusivo: "10 passos para transformar água benta
em receita líquida."