Por Fernando Castilho
Após a deblaque do ex-juiz, a emissora do Jardim Botânico ficou sem opção. O jeito foi esconder Bolsonaro do Jornal Nacional e terceirizar as críticas ao governo para seus escalões inferiores
O
histórico de atuações políticas da Rede Globo, destinadas a ganhar dinheiro
enquanto mantém seus espectadores distraídos e pobres, vem de longa data.
A empresa
participou ativamente do golpe de 1964, atuou explicitamente para que Fernando
Collor derrotasse Lula nas eleições de 1989, conclamou o povo para sair às ruas
para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, sem que esta tivesse cometido crime
algum, atuou fortemente para a condenação e prisão do ex-presidente Lula e
inflou até onde pode a candidatura do capitão que por enquanto ocupa o Palácio
do Planalto.
Os
irmãos Marinho apostaram que, se eleito, o governo do capitão retribuiria seus
esforços com benesses de todo tipo, o que não aconteceu.
O Jornal
Nacional passou então a atacar o presidente logo no começo de seu mandato, mas
um forte recado seu feito em um vídeo teve o condão de fazer com que a Vênus
Platinada recuasse.
Os
ataques se transformaram em críticas gerais ao governo poupando o capitão.
Mesmo durante a maior crise da pandemia, percebemos que, mesmo se empenhando ao
máximo, se Dilma ou Lula fossem os presidentes, haveria chamadas de hora em
hora atacando suas atuações no combate à Covid 19.
Isso
ninguém poderá negar.
A
Rede Globo passou a investir fortemente na candidatura de Sergio Moro à
presidência da República.
Após
a deblaque do ex-juiz, a emissora do Jardim Botânico ficou sem opção. O jeito
foi esconder Bolsonaro do Jornal Nacional e terceirizar as críticas ao governo
para seus escalões inferiores. Foi o que aconteceu quando estourou o escândalo
dos pastores do MEC. Embora o ministro da Educação tivesse citado o presidente
como o responsável pela ordem de beneficiar os pastores, a emissora não deu
nome ao boi.
Mas
o capitão agora a ameaça com bravatas afirmando que não renovará sua concessão.
Lógico que a Globo sabe que a renovação virá com certeza, mas vejam que isso é
mil vezes pior do que a regulação da mídia que o PT de Lula defende.
Com Paulo
Guedes, a empresa tem ganhado muito dinheiro e gostaria que isso continuasse,
mas se o país afundar economicamente com a reeleição, isso também será ruim
para ela, afinal, vive de anunciantes que já começam a registrar perdas devido à
queda abrupta do poder de consumo dos brasileiros. Um PIB fraquíssimo não
interessa a ninguém.
Quer
dizer, com Bolsonaro não dá, mas com Lula também não. Então, resta investir
agora em Simone Tebet, a salvação da lavoura.
Não,
Tebet não decolará. A eleição será definida por Lula, que vem mantendo o
primeiro lugar há meses, e Bolsonaro, embora tudo indique o ex-presidente
vencerá ainda no primeiro turno.
A
Globo ficará perdida no mato sem cachorro.