domingo, 23 de agosto de 2015

Gilmar Mendes, o Eduardo Cunha do Judiciário

Por Fernando Castilho


Imagem: Neto Sampaio
Muito interessante esse personagem da nossa República. Muito semelhante a um outro, nefasto....

Em 1987 Gilmar Dantas, digo, Mendes concluiu o curso de mestrado em Direito e Estado com a dissertação "Controle de Constitucionalidade: Aspectos Jurídicos e Políticos" (grifo meu), Universidade de Brasília. Pode estar aí a explicação de por quê o ministro faz mais política que direito.

Embora contrarie a Lei da Magistratura, que diz que nenhum ministro do STF pode manter empresa em seu nome, Gilmar Mendes é proprietário, juntamente com dois sócios, do IDP, Instituto Braziliense de Direito Público, uma escola de graduação e pós-graduação. Irregular, fora da lei.

Gilmar foi indicado ao STF pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002, ao apagar as luzes de seu governo.

Na época o jurista Dalmo Dallari criticou muito a indicação do ministro, afirmando, entre outras coisas que ele é figura muito conhecida na comunidade jurídica, não só por ocupar o cargo de advogado-geral da União, de confiança da presidência da República, mas, sobretudo, por suas reiteradas posições contrárias ao Direito, à Constituição, às instituições jurídicas e à ética que deve presidir as relações entre personalidades públicas. Forte, não? Leia mais, aqui

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Quadro comparativo entre as manifestações de 16 e 20 de agosto

Por Fernando Castilho


Duas manifestações, dias diferentes, público diferente.

Uma ocorrida num domingo, dia de descanso, com boa participação, embora bem menor que anteriores. Outra, num dia de semana, uma quinta-feira, mesmo assim com boa participação.

Mas quanta diferença.

Aqui vão somente algumas que consegui captar. Outras pessoas talvez tenham captado algo mais.

Quem sabe, você?


Sem violência. violência pra que? Pluralidade de ideias.
foto: Sérgio Mendes









quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Dirceu está quebrado?

Por Fernando Castilho

Foto: Folha de São Paulo
Deu na Folha:
O juiz federal Sergio Moro mandou bloquear R$ 20 milhões do ex-ministro José Dirceu, mas o Banco Central só encontrou R$ 103.777,40 em duas contas dele, mantidas na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil. O valor equivale a 0,5% do montante que o juiz mandara bloquear.

A maior parte dos recursos de Dirceu (cerca de R$ 96 mil) foi encontrada na conta que ele abriu para receber doações para pagar a multa aplicada pelo Supremo no julgamento do mensalão, de R$ 971 mil.

Sem os R$ 96 mil que sobraram da vaquinha, ele ficaria com um saldo de R$ 7.834,74. Antes de ser preso, Dirceu dizia que devolveria o valor além da multa que recebera de seus apoiadores.


Além disso, a Folha lembra que não há histórico de movimentação, então não dá pra saber se as contas foram esvaziadas antes de sua prisão.

Como não dá pra saber? Pelo que me consta, se não há histórico de movimentação, então não há movimentação. Como ele poderia então ter esvaziado a conta?

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Não fui à manifestação. Não sou louco.

Por Fernando Castilho


Laerte
Não fui à manifestação do dia 16. Não sou louco.

Após os protestos de março, ao ver algumas fotos de cartazes e faixas, comentei dizendo que parecia que abriram a porta do hospício.

Fui criticado por isso. Alegaram a tal liberdade de expressão. Alegaram que todos tem o direito de protestar. Alegaram, enfim, que é preciso defender o pluralismo de ideias. Claro que é preciso.

Porém ao ver as fotos dos cartazes e faixas, além de vídeos dos manifestantes do dia 16 último, não há como não dizer que estão loucos.

Uma pessoa com quem comentei alegou que os fotógrafos e videomakers estavam justamente atrás das figuras folclóricas e que estas seriam não mais que 10% dos manifestantes. Os outros seriam pessoas sérias.

Bem, fazendo as contas, se havia mesmo 700 mil pessoas protestando contra Dilma no país todo, então 10% dariam 70 mil pessoas, o que serviria para encher um estádio em decisão do Brasileirão, entre Corínthians e Palmeiras ou Flamengo e Fluminense. E certamente todos ao final estariam mortos após uma batalha campal movida a ódio.

Ângelo Cavalcanti: O diploma de Lula

Por Ângelo Cavalcanti
Agora ficou fácil! Todo idiota com um diplomazinho de curso superior se vê no direito de atacar o Lula; e o ataca com uma ferocidade impiedosa que vai do "analfabeto", "burro" a cretinices similares. Todo bobão preconceituoso e cheio de ódios interiores e que cursou "nas coxas" uma graduaçãozinha de quinta categoria se vê na legitimidade de atacar pessoas mais simples e que, pelas mais diversas razões não puderam estudar e mesmo seguir seus estudos.

Não raro, vemos por aí um "formado" esperneando em meio a uma contenda com alguém mais simples: "Sabe com quem você está falando?" ou "Ponha-se no seu lugar!" ou "Eu sou parente do fulano de tal e você está ferrado!". São frases que se inscrevem naquilo que a sociologia irá definir como "discurso da ordem". E que "ordem" é essa? A do mandonismo, da hierarquia social, das assimetrias sociais que deitam raízes na predação sobre a vida indígena, negra ou popular. Na ordem social e política, toda ela elitista e segregacionista, e que prega direitos sem-fim aos brancos e bem-nascidos e deveres eternos e somente deveres aos do "andar de baixo".

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Cuba voltará a ser a ''ilha dos prazeres''?

Por Fernando Castilho


Nunca estive em Cuba, porém vários amigos já lá estiveram e puderam dar seu testemunho do que viram e sentiram. Fui com o tempo traçando um mosaico de impressões sobre o país.

Para mim, porém, ainda fica a impressão causada pelo livro ''A Ilha'' do escritor Fernando Morais, editado em 1976. Naquela época Cuba ainda usufruía do apoio soviético, mas não tinha ainda alcançado os êxitos em saúde e educação que ostenta hoje.

O tempo passou e as benesses do relacionamento com a União Soviética acabaram junto com o fim do bloco em 1991.

Cuba então experimentou um período bastante difícil em sua economia, ao mesmo tempo que os Estados Unidos, de maneira implacável, lhe impunha um embargo econômico cruel.

Mas a ilha aprendeu a sobreviver do que tinha e mesmo com seu diminuto tamanho, com seu isolamento comercial em relação ao resto do mundo, soube se virar para si mesma e ostenta hoje índices invejáveis naquilo que as pessoas mais simples dos países capitalistas sentem mais carência, justamente saúde, educação, moradia e alimentação.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Igor Fuser: Nota dissonante

Por Igor Fuser

Quando leio as mensagens furiosas que meus amigos de esquerda escrevem, detonando o governo Dilma com frequência e intensidade cada vez maiores, tenho o mesmo sentimento de quando me deparo com qualquer injustiça.

Por mais erros que este governo esteja cometendo, é preciso levar em conta alguns fatos da vida real que esses analistas preferem ignorar em sua santa e impotente ira.

Em primeiro lugar, há de se levar em conta de que a Dilma foi eleita em meio ao maior escândalo de corrupção da história deste país. Falcatruas sempre ocorreram , mas estou me referindo à maneira como o escândalo Lava-Jato, da forma como é conduzido e manipulado pela mídia dominante, é percebido pela sociedade. Figuras chaves no PT, como o Vaccari e o Zé Dirceu , estão presas, no contexto que tão bem sabemos, e nem é preciso dizer mais.

domingo, 9 de agosto de 2015

Paulo Cavalcanti: O PT e a carta sobre cegos, endereçada àqueles que enxergam

Por Paulo Cavalcante, do blog do paulinho


Meus Caros Amigos,

Quero aqui, sem muitas "analogias" abordar, três fatos que julgo, assim digamos, como dizia o velho treinador de futebol, Mário Jorge Lobo Zagalo,:
"muito exxtranho, muito exxtranho" - no seu jeito peculiar de falar.
  1. Quarta-feira (05/08): Aloyzio Mercadante (PT) e ministro chefe da Casa Civil, propõe, um "acordo supra partidário", com o PSDB, elogiando a vivência administrativa dos tucanos, e chamando-os à governabilidade conjunta - Mercadante reconhece erros do governo, elogia PSDB e propõe 'acordo suprapartidário' - . leia AQUI
  2. Sexta-feira (07/08): O jornal O Globo, publica um editorial, criticando duramente o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), e oferece "sustentação" - ao governo da presidente Dilma -Em editorial surpreendente, Globo acusa PSDB de inconsequente e pede esforço pela governabilidade de Dilma - leiaAQUI
  3. Sábado (80/08) - A revista Veja, desiste do golpe, e pede não ao impeachment -"Razões contra o impeachment" – leia AQUI
O que aconteceu nesta semana?

Petistas empedernidos, foram pegos de surpresa, eu aquele elemento, "especialista em nada" - cheguei à conclusão de que, literalmente, levamos uma bolada nas costas.

sábado, 8 de agosto de 2015

Uma leitura sobre o cavalo de pau da Globo

Por Fernando Castilho


Em junho de 2013, logo após os protestos do Movimento Passe Livre, Roberto Irineu e João Roberto foram convocados pelo caçula José Roberto para uma reunião urgente em sua casa.

Haviam acabado de assistir ao Arnaldo Jabor vociferando contra os protestos e babando de ódio.

José Roberto expôs uma ideia que havia tido aos 2 irmãos.

A Globo passaria a aderir aos protestos e, aos poucos tomaria conta e os direcionaria para o fim desejado que era fazer despencar a popularidade da presidenta Dilma. (Dilma despencou 27% em junho, pelo Datafolha)

João Roberto foi contra. Acho bom não mexer com isso. É muito complicado e perigoso.

Mas o mais velho, Roberto Irineu, decidiu pelos três. Olha pessoal, a ideia é boa. Se ela perder as eleições o Aécio assume e aquela grana do BNDES tá no papo.

Aécio perdeu.

Por isso nova reunião entre os irmãos aconteceu.

Desta feita, Roberto Irineu assumiu a liderança e propôs aproveitar a onda de impeachment que a oposição insuflou. ''Vamos dar todo apoio todos os dias nas pautas do jornal. Qualquer coisa contra Dilma e Lula tem que ser publicada. Poupem os tucanos. Que nada sobre o FHC saia. Vamos apertar essa mulher até onde der. Temos que ter certeza de que essa história de regulação da mídia não avance. Além disso, essa chantagem branca pode nos render a grana do BNDES que precisamos, o cancelamento da cobrança do imposto de renda que já está em um bilhão, lembrando ainda que venderemos jornal pra ca..., que é isso que precisamos, certo?. Mãos à obra!''

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Os homens sórdidos e o temporal que se avizinha

Por Jean Wyllys 


Comentários de Fernando Castilho

Comentário inicial


Decidí publicar este texto do Dep. Jean Wyllys porque vem de um homem que está lá na casa, que vive e convive por muitas horas diariamente com o que há de pior em matéria de ser humano eleito pelo povo...

Jean Wyllys escreveu logo após o programa do PT na Tv, porém não falou dele, talvez por ética.

Sobre o programa, dou minha opinião: visualmente limpo, bonito, mas com conteúdo que precisaria ser menos republicano nesta altura do campeonato.

Está certo que o executivo não pode criticar nenhum dos outros dois poderes, mas o dono do programa é o PT e este poderia ter sido brigador.

Deveria instigar àqueles que estavam assistindo a pensar um pouco e analisar como é que pode um juiz prender alguém do PT por delação premiada, sem provas e deixar solto Eduardo Cunha, também delatado?

A briga agora é com Eduardo Cunha. Não adianta poupá-lo imaginando que ele vá arrefecer seu instinto de vingança. Aliás, precisava dizer que Cunha precisa que Dilma seja derrubada pois estaria salvo da Lava Jato.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O golpe não toca campainha, derruba a porta

Por Fernando Castilho


Sinto muito. O coração está apertado, a razão não consegue suplantar a emoção, há motivos e é preciso compartilhar.

Não sou petista, como já revelei em outras ocasiões, porém tudo aquilo que foi feito para as pessoas menos favorecidas em 12 anos de governo do PT é mais que suficiente para que deseje sua continuidade no poder. Não há nenhum outro partido com as mesmas condições de implementar um governo de esquerda.

Não se trata aqui, como alguns poderão pensar, de desejar que a corrupção continue.

Não foi o PT quem a inventou.

Pelo contrário, a corrupção existe no Brasil desde seu descobrimento e nos anos de PT pode ter sido ainda menor que no passado. Deve ter sido.