quinta-feira, 7 de abril de 2016

Falsos ídolos têm pés de barro

Por Fernando Castilho





Na História mais recente do Brasil podemos citar alguns: Collor, Lula, Joaquim Barbosa, o japonês da federal, Bolsonaro, Sérgio Moro, Janaína Paschoal...

Desde o início da civilização sempre foi muito grande a necessidade que o ser humano tem de encontrar um ser maior que si, alguém além dos simples mortais, alguém que lhe transcenda.

Essa é a origem dos deuses.

Fica muito difícil para o homem acreditar em sua solidão neste universo.

Mas além dos deuses, sempre se buscou ídolos ou heróis que possam de alguma forma servir-nos como exemplo, sejam eles, sacerdotes, governantes ou mesmo quem fale mais alto.

É por isso que ainda hoje se acredita que um homem como Moisés, com sua tábua com dez mandamentos possa nos dizer o que se pode e o que não se pode fazer durante os milênios seguintes à sua existência.

Os tempos mudaram, a vida mudou e hoje em dia é preciso um esforço de malabarismo para enquadrar naquela tábua as situações que o homem pós moderno vive.

Criminalizar o aborto não está lá.

Ter ódio aos homossexuais não está lá.

Corromper e ser corrompido também não está lá.

O homem precisa de muletas, precisa sempre se apoiar em algo, precisa que alguém lhe guie os passos. Por isso, cria ídolos.

Na História mais recente do Brasil podemos citar alguns: Collor, Lula, Joaquim Barbosa, o japonês da federal, Bolsonaro, Sérgio Moro, Janaína Paschoal...

Quase todos estes, à exceção de Lula, tiveram vida curta, ou como disse o internauta Emanoel Messias Dos Santos, via Facebook, compartilhado pelo blog Limpinho & Cheiroso: Caramba, os “heróis” que a mídia cria para os coxas já vêm com defeito de fábrica, não duram nadinha.

Ainda em comum com quase todos eles, a defesa de altos valores morais que acabam sempre por esfarelar feito castelos de areia.

Collor foi o presidente caçador de marajás que acabou sendo impedido.

Lula foi presidente exitoso por duas vezes e até aqui, embora muitos neguem, mantém sua ficha limpa. Mas não é por isso que devemos tê-lo como ídolo, mas sim como um idealista, pois de um momento para o outro ele também pode ser destruído.

Joaquim Barbosa foi o Batman justiceiro do STF que agora tem seu nome envolvido na compra fraudulenta de apartamento em Miami, coisa que já sabíamos há muito tempo.

O japonês da federal é o ''japonês bonzinho'' encarregado de vazar informações da Lava Jato citado na conversa telefônica do senador Delcídio do Amaral. Além disso responde a processo por contrabando.

Bolsonaro é contrário à Democracia, homofóbico, racista, contra os direitos das mulheres, etc..

O juiz Sérgio Moro ganhou admiração de grande parcela da população pelo seu estilo heterodoxo de conduzir os julgamentos da Lava Jato. Porém, após divulgação ilegal de grampos idem, mostra-se como apenas um magistrado que atua de forma ilegal e condenável.

Por fim, a mais nova coqueluche da classe média brasileira é sem dúvida a advogada do impeachment, Janaína Paschoal que armou aquele verdadeiro circo de horrores na Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

Não tem jeito, cada vez mais os ídolos vão diminuindo seu prazo de validade e vão caindo no esquecimento.

Novos ídolos, criados e promovidos pela grande mídia, surgirão a cada novo dia para servir de muleta àqueles que não conseguem compreender que a humanidade precisa caminhar com suas próprias pernas, auxiliando os mais fracos e necessitados, sem que tenham alguém a lhes indicar caminhos.

E novos ídolos serão um a um destruídos porquanto são falsos e possuem pés de barro.

E é só o que restará.




quinta-feira, 31 de março de 2016

quarta-feira, 30 de março de 2016

Você pagará o pato da Fiesp?

Por Fernando Castilho





Esse pato é como um cavalo de Troia golpista. De dentro dele, se você bobear, sairá uma série de duros golpes aos trabalhadores como terceirização de atividades fim, revogação da lei que garante reajuste automático do salário mínimo, extinção do 13° salário, fim das férias remuneradas, etc..

Quem paga imposto no Brasil?

Você, trabalhador assalariado, que recebe seu holerith no final de cada mês e vê ali discriminado seu recolhimento na fonte, sem choro nem vela.

Mas quando se trata de empresários e empresas fica difícil acreditar que o mesmo ocorra, não?

Veja os casos de Globo, Unibanco e outros que devem ao governo milhões de reais. Fora outros que enviam dinheiro a paraísos fiscais e você nem fica sabendo.

A Fiesp escreve no seu pato: Não vou pagar o pato.

E tem razão, não vai mesmo. Quem vai pagar, como sempre, é você.

Hoje os jornais amanheceram com enormes e caros anúncios pagos pela Fiesp com os dizeres: IMPEACHMENT JÁ!


Foto: Ricardo Lísias
Justamente eles que apoiaram o golpe de 1964.

O pato golpista está presente em quase todas as capitais do país.

Ele é enorme, muito mais resistente que o pixuleco e vive cercado por seguranças armados, terceirizados como convém à entidade.

O custo deve ser enorme.

Então pergunto: estão todos unidos, trabalhadores e patrões, ou seja, proletariado e burguesia em torno dos mesmos ideais?

É assim que você imagina? Uma relação harmoniosa?

Saiba que historicamente essa relação é de conflito e não pode existir harmoniosamente.

Se você cochilar, a burguesia lhe subtrai direitos a duras penas conquistados.

E esse pato é como um cavalo de Troia. De dentro dele, se você bobear, sairá uma série de duros golpes aos trabalhadores como terceirização de atividades fim, revogação da lei que garante reajuste automático do salário mínimo, extinção do 13° salário, fim das férias remuneradas, etc..

Lembre-se que a legislação trabalhista brasileira é das mais avançadas no mundo. Em outros países desenvolvidos não existe 13° nem férias remuneradas.

Não desconfie. Apesar de parecer ficção e coisa de quem é cruel demais, há possibilidade real de que isso se concretize. É um velho sonho do empresariado, de Michel Temer, Armínio Fraga e José Serra.

É por isso que a Fiesp apoia o golpe para derrubar Dilma.

Com Temer no governo essas medidas serão paulatinamente adotadas, pode estar certo.

Perceba que a entidade, por não ter base, procura utilizar-se de incautos que lutem por seus interesses, disfarçados em interesses nacionais.

Se você se deixar usar como massa de manobra, aí sim, estará pagando o pato.

Mais uma vez.


ATUALIZAÇÃO:

O pato acaba de ser abatido em Brasília!



terça-feira, 29 de março de 2016

Hora de temer o fim da Democracia?

Por Fernando Castilho





Observai! Eu vos envio como ovelhas entre os lobos. Sede, portanto, astutos como as serpentes e inofensivos como as pombas. E, acautelai-vos dos homens; pois que vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas.
Jesus de Nazaré

Um amigo, ao curtir um artigo de um site no Facebook me marcou e me chamou a atenção.

O site em questão é o InfoMoney, especializado em notícias sobre tudo aquilo que envolve dinheiro, aplicações financeiras, investimentos, bolsas de valores, etc., ou seja, não se trata exatamente de um site de esquerda, certo?

E qual era a manchete?


Estranho?

Estranho também que meu amigo não é de esquerda e tem se manifestado discretamente em discordância às minhas postagens contrárias ao golpe contra a presidenta Dilma.

Ao ler todo o texto percebo que enfim o site e meu amigo acabaram por perceber que a Democracia está em jogo no país. E que isso é muito perigoso.

O Brasil levou vários anos após o fim da ditadura para demonstrar ao mundo um mínimo de consolidação democrática de suas instituições. Isso atraiu os investimentos estrangeiros necessários ao desenvolvimento que se seguiu principalmente nos dois governos Lula e no primeiro de Dilma.

Embora seja sabido que neste período de crise são justamente os bancos que estão ganhando mais dinheiro, é importante considerar que, aliada a uma crise econômica mundial, uma instabilidade política que afete as instituições democráticas afugentará mais e mais investidores internacionais. E ninguém quer perder dinheiro, certo?

Vejamos.

A operação Lava Jato, com a prisão de alguns empreiteiros já causa grande prejuízo financeiro ao país, mas talvez este seja, como dizem, um mal necessário à purificação do sistema político.

Na sanha por prender Lula, o juiz Moro cometeu crimes que demonstram claramente quão frágil ainda é nossa Democracia. Pior, muita gente o idolatra justamente por isso.

O STF demonstra acovardamento frente às investidas arrojadas e heterodoxas (para usar de eufemismos) do juiz Moro e do ministro Gilmar Mendes que impede que Lula assuma a chefia da casa Civil. Parece que Lula tinha razão, afinal.

O juiz Moro mandou recolher a lista da Odebrecht que contém nomes de 316 beneficiários com doações, onde constam nomes de caciques tucanos como Aécio Neves, José Serra e grande parte dos que compõem as comissões que julgarão o pedido de impeachment de Dilma, inclusive o presidente da Câmara, o bandido Eduardo Cunha.

Dilma não cometeu nenhum crime nem é investigada. O processo se dá pelas pedaladas fiscais que não constituem crime de responsabilidade, como já ficou demonstrado.

Caso Dilma seja impedida, quem assume irregularmente é Michel Temer.

Acho que é aqui que começa a preocupação do InfoMoney.

A disputa por cargos vai parecer briga de piranhas por carne jogada ao rio. Vão até se morder para isso.

Mas a cereja do bolo fica por conta mesmo da convulsão social que se seguirá.

A esquerda, e não é só o PT, junto aos movimentos sociais, sindicatos, MST, juristas, artistas, intelectuais, professores, etc., não deixará esse governo espúreo se edificar.

Instabilidade social com prisões, quebra-quebras e sangue, além de desgoverno é tudo que esse pessoal que ''trabalha'' com investimentos não quer.

Por fim, sinto que, assim como esse meu amigo começou a perceber que tem muito mais caroço nesse angu e que sua estabilidade pode estar ameaçada, muita gente também já começa a se sentir enganada pela mídia e questiona o que está acontecendo.

Nunca acreditei muito nos comentários que são publicados na Folha de São Paulo logo abaixo das notícias, uma vez que 90% deles sempre foram contrários ao governo e ao PT, inclusive demonstrando muita ignorância sobre os fatos.

Mas recentemente isso tem começado a mudar.

Grande parte dos comentários agora passa a questionar a Folha sobre uma perseguição à Lula, principalmente pela pequenez das denúncias sobre o barquinho e os pedalinhos do sítio em Atibaia.

Outros questionam sobre um certo desejo mal disfarçado da Folha em apoiar Eduardo Cunha, o bandido para que este derrube uma presidenta honesta.

Então, qual a conclusão?

Grande parte daqueles que querem ainda o golpe odeiam Lula, Dilma e o PT. Não falta para isso preconceito e ódio de classe. São os fascistas verdadeiros que defendem volta da ditadura, etc..

Outros são pessoas que entraram na onda, foram bombardeados diariamente pela mídia golpista e nunca haviam questionado nada.

Mas não são burros. E agora se sentem otários.

Fizeram algumas conexões neuronais e agora passam a questionar o PIG
.
E após o 31 de março, esse número vai crescer, podem crer.



domingo, 27 de março de 2016

Lucas Arcanjo se suicidou para não ser assassinado?

Por Fernando Castilho





A pergunta do título é descabida, claro, mas como entender de outra forma o que aconteceu com Lucas Arcanjo que vinha já há alguns anos fazendo graves denúncias contra Aécio Neves?

Após ler a matéria do Viomundo (que recomendo fortemente) sobre a morte do policial civil Lucas Gomes Arcanjo, vão aqui algumas considerações:

1 – Sempre que Arcanjo aparecia nas redes sociais alguém perguntava: Por que Aécio Neves não se manifesta sobre ele? Aécio nunca reagiu, à maneira dos democratas.

2 – Arcanjo foi encontrado enforcado com uma gravata em sua casa.

Daí abrem-se duas possibilidades.

Primeira hipótese – Arcanjo se suicidou.

Arcanjo, pela sua personalidade de lutador corajoso a desafiar Aécio Neves sem medo, não tem exatamente o perfil de alguém que se suicida.

Além disso, o policial gravou um vídeo na véspera de sua morte e nele não há indícios de que viria a se matar, embora revelasse estar sentindo asco com aqueles que querem o golpe no Brasil. Mas isso é revolta e não depressão.

Portanto, acho que Arcanjo, à moda de Vladimir Herzog, não se suicidou.

Segunda hipótese – Arcanjo foi assassinado.

Caso o policial tenha sido assassinado e, para isso não faltavam motivos, cabe perguntar: por quem?

Nos dias de hoje o ódio político tem se exacerbado à níveis preocupantes a ponto de haver a possibilidade de algum inconformado aecista ou defensor do golpe tê-lo matado.

Mas se foi um fã de Aécio o autor do crime, por que a polícia se apressou em divulgar como causa mortis o suicídio? Por que não iniciou uma investigação menos superficial?

Bastaria chegar ao assassino e prendê-lo e isso não resvalaria de maneira alguma em Aécio.

Resta saber então se o autor ou mandante do crime não foi alguém com calibre mais grosso.

Aí pode-se perfeitamente compreender o motivo da conclusão apressada de que o policial se suicidou.

Não se pretende aqui fazer um julgamento já que o blogueiro não se arvora nesse direito nem tem a competência ou pretensão para tal.

Porém, fica evidente uma dissonância entre os fatos e a versão oficial do suicídio.

Então perguntamos: alguém vai investigar de fato?

Arcanjo sempre dizia que o Ministério Público tinha que investigar Aécio Neves.

Não caberia então ao MPE de Minas Gerais tomar esta iniciativa?

Ou o ex-governador mineiro está realmente acima da Lei?

Sobre a atriz e produtora Tássia Camargo que também vem denunciando Aécio há muito tempo, que redobre seus cuidados daqui pra frente.



Já ficou demonstrado que não se está lidando exatamente com gente inofensiva.

sábado, 26 de março de 2016

O mito de uma caverna chamada Globo

Por Fernando Castilho numa adaptação livre da Alegoria da Caverna de Platão





As imagens exibidas se incrustavam indelevelmente nas mentes dessa legião de seres humanos.

Os apresentadores empostavam suas falas para dar o devido tom dramático que ficaria retumbando até o dia seguinte em seus ouvidos para depois, em seus postos de trabalho, sair de suas bocas.


Eram milhões de pessoas.

Todas elas à noite sintonizavam o mesmo canal de televisão para assistir ao noticiário do principal jornal emitido para o Brasil inteiro.

As imagens exibidas se incrustavam indelevelmente nas mentes dessa legião de seres humanos.

Os apresentadores empostavam suas falas para dar o devido tom dramático que ficaria retumbando até o dia seguinte em seus ouvidos para depois, em seus postos de trabalho, sair de suas bocas:

POLÍCIA FEDERAL AFIRMA QUE TRÍPLEX É DE LULA!
NOSSAS IMAGENS DE HELICÓPTERO REVELAM DOIS PEDALINHOS COM OS NOMES DOS NETOS DE LULA NO SÍTIO EM ATIBAIA!
DILMA SABIA SOBRE PASADENA!

E coisas semelhantes.

Todas as noites no mesmo horário.

Meses. Anos. Décadas.

Rosilda sempre assistiu ao telejornal e como todos, nunca questionou nenhuma ''notícia'' dada pela emissora. Até as comentava com as amigas, orgulhosa em ser bem informada.

Porém, uma noite uma matéria chamou a atenção de Rosilda. O apresentador afirmara que ENFIM O PROCESSO DE IMPEACHMENT CONTRA A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF SERIA LEVADO ADIANTE PELO PRESIDENTE DA CÂMARA, EDUARDO CUNHA!

Rosilda achou estranho aquele homem noticiar o fato com toda aquela oratória triunfalista, afinal o nome citado que iria detonar Dilma não era o daquele corrupto que tinha desviado milhões para a Suíça?

Não foi o mesmo apresentador que havia noticiado isso? Será que ele se esqueceu? Ou será que ela estava confundindo tudo?

Temendo contrariar o marido Antônio, Rosilda foi dormir calada naquela noite.

Mas não conseguiu.

Rosilda era dona de casa, não trabalhava.

No dia seguinte aguardou Antonio sair para o trabalho e, ao invés de fofocar com as amigas no facebook, decidiu, trêmula, clicar num site de buscas as primeiras palavras que o homem da caverna proferira na noite anterior.

Encontrou algo parecido.

Mas em que território proibido fora parar?

Não sabia ainda direito pois sua vista ainda não conseguira se adaptar à imagem que estava vendo.

Sua mente, tampouco, não conseguia absorver direito o que estava lendo.

Foi preciso que Rosilda lesse três vezes o mesmo texto para poder interpretá-lo direito, uma vez que agora não estava assistindo a um noticiário. A linguagem era outra. Rosilda estava desabituada a ler.

De repente um lampejo fez com que Rosilda compreendesse o que estava escrito.

Não, não pode ser, pensou ela.

Então não há provas de que Lula seja proprietário do tríplex e nem do sítio?

Então, por que o juiz Moro o conduziu coercitivamente para interrogatório?

Por que plantou as escutas no gabinete de Dilma?

Por que homens comprovadamente corruptos querem derrubar a presidenta que não cometeu crime nenhum?

Mas o homem do noticiário falou que Dilma cometeu crimes...E ele é um bom homem, chefe de uma linda família. E é bonito...

Continuou a ler.

Fez mais, pesquisou em outros blogs, os tais blogs sujos que tanto temia.

As informações estavam ainda mais completas.

Então Aécio Neves, o candidato em quem votara por sugestão do homem do noticiário, já foi citado 7 vezes na Lava Jato e não foi conduzido coercitivamente para interrogatório?

Rosilda não conseguia parar de pesquisar e ler.

O juiz Moro então cometeu crime ao plantar os grampos?

Mas ele não era o grande defensor da Lei? Como pode?

Após várias horas decidiu que era momento de contar às suas amigas e parentes todas as informações que conseguira coletar. Eles precisavam saber.

Resolveu compartilhar os blogs no facebook.

Teve que fazer agora um esforço para poder voltar a ser a simples Rosilda e enfrentar as feras. Foi com tato, pois.

Com vários argumentos consistentes, Rosilda foi até onde dava.

Em pouco tempo começou a receber de volta todo tipo de ofensas e xingamentos.

Ela agora era petralha, comunista, vermelha, vagabunda e defensora de bandidos.

Em seguida recebeu bloqueios e cancelamentos de amizades.

Perdeu quase todos os amigos feicebuqueanos.

Os parentes lhe viraram a cara.

Seu casamento entrou em crise.

Rosilda em princípio se viu destruída.

Mas, sentindo-se outra pessoa, liberta, consciente e elevada, resolveu partir para a ação.

Agora nas manifestações em prol da Democracia temos sempre a presença ativa e altiva de Rosilda.

E os outros, como ficam?

Ora, continuam a ver imagens na parede da caverna.


quinta-feira, 24 de março de 2016

O jogo começa a virar?

Por Fernando Castilho





Erros cometidos em sequência pelo inexperiente, obsessivo e apressado juiz Moro podem ter desencadeado a virada de jogo para Dilma e Lula.

Quem tem pressa come cru (dito popular)

A vingança é um prato que se come frio (provérbio Klingon)

Esta semana dois fatos ocorridos em sequência dão indícios de que o jogo político possa estar virando.

Em primeiro lugar o juiz Sérgio Moro cometeu dois erros estratégicos na sua pressa em prender Lula e obter seu grande troféu de caça.

A gênese dos erros foi a condução coercitiva feita à revelia da lei uma vez que o ex-presidente não havia se recusado a depor.

A ação cinematográfica desagradou a classe jurídica do país e incendiou a esquerda que compareceu em grande número às manifestações do dia 18, não só para defender Lula mas, principalmente para denunciar o golpe e defender a Democracia.

Depois foi a divulgação ilegal do grampo (este também ilegal) plantado em Dilma para interceptar sua conversa pessoal com Lula. Nada de mais no assunto tratado nessa conversa mas a Globo tratou de usar a retórica de Bonner et caterva para dramatizar a informação no sentido de criminalizar o diálogo.

O ministro do STF, Teori Zavascki, após entrevista de seu colega, ministro Marco Aurélio Mello, que não poupou críticas a Moro, e indignado com a postura autoritária e arbitrária do juiz de Curitiba, ordenou que as investigações contra Lula fossem encaminhadas ao Supremo.

Na prática não significa que o ex-presidente deixe de ser investigado. Ocorre que ninguém está acima da lei e se há indícios de corrupção, Lula deve ser investigado. Porém, o que Moro pretendia era pura e simplesmente a prisão de Lula com ou sem comprovação de crimes. O que Zavascki fez foi legalizar o procedimento.

O segundo fato importante foi a sequência de fatos iniciada depois que a mídia anunciou que Marcelo Odebrecht forneceria delação premiada à Lava Jato.

No mesmo dia o MPF divulgou uma lista da Odebrecht com 316 nomes de políticos de vários partidos.

Na planilha constam nomes de peso como Aécio Neves, José Serra, Paulinho da Força, Renan Calheiros, Eduardo Cunha e outros, inclusive os que estão na comissão do impeachment de Dilma na Câmara.



O Jornal Nacional falou da lista mas resolveu não citar nenhum dos nomes para não parecer que estaria escolhendo a dedo alguém. Alegou também que o simples fato de na lista conterem doações da empresa não significa que elas seriam ilegais.

É por demais óbvio que se constassem da lista os nomes de Dilma e Lula, Bonner os citaria em alto e bom som e a matéria ocuparia todo o espaço do jornal.

Ato contínuo,  o juiz Moro mandou recolher a lista e a colocou em sigilo de justiça. Ou seja, não ouviremos mais falar dela porque ela é inadequada às pretensões do magistrado, afinal, 316 políticos é muita gente.

A mídia acaba de divulgar que a delação de Odebrecht não vai acontecer. Lógico.

A Folha, através da coluna Painel da editora Natuza Nery, afirmou que pessoas ligadas à Lava Jato, já tratam a operação como estando no ''começo do fim'', justamente por ter citado um número grande de nomes. Ou todos eles se unem para dar um fim às investigações ou para a derrubada final de Dilma.

Este blog já especulou não sem nenhuma base que uma vez impedida Dilma e preso Lula, a operação cessaria pois seu objetivo já teria sido alcançado.

Fica agora tudo muito claro.

Só que agora fica mais difícil atingirem seus objetivos escusos uma vez que estão sendo desmascarados a cada dia.

A planilha divulgada se constitui num elemento muito forte que pode provocar a mudança de opinião de alguns que embarcaram ingenuamente nessa história de golpe, uma vez que ela pode ser tratada como uma espécie de atestado de idoneidade de Dilma e Lula.

Dilma, Lula, o PT e a esquerda em geral têm que aproveitar já este momento para divulgar a todo o país o que realmente querem os golpistas citados na lista.


Ou seja, a hora de virar o jogo é agora.

quarta-feira, 23 de março de 2016

O peixe que tentam nos vender e o que devemos comprar

Por Fernando Castilho






Lógico que não é só a mídia, mas também a oposição e setores do Judiciário como Gilmar Mendes e Sérgio Moro que estão unidos e empenhados em vender um peixe que os desavisados compram facilmente sem verificar se os olhos e a pele estão brilhando, o que comprovaria se está fresco ou podre.

Além disso, desconfiemos pois este peixe está barato demais. Aí tem coisa. Estão nos escondendo muitas coisas sobre este peixe. Só mentes simplórias não perceberão.

Portanto, examinemos bem o peixe que nos tentam vender e busquemos com cuidado o que devemos comprar.

O peixe que tentam nos vender: A Constituição garante que um presidente possa ser deposto por impeachment caso a população saia às ruas.

Devemos examinar melhor esse peixe: Um presidente só pode ser impedido se tiver cometido um crime devidamente comprovado.

Querem derrubar Dilma porque a Lava Jato deverá em muito breve chegar ao PMDB, PSDB e DEM. É a única chance de Eduardo Cunha e outros escaparem da prisão.

Além disso há um jogo de cachorro grande sendo jogado na geopolítica: a importância do pré-sal desperta interesses muito fortes. Além disso, o protagonismo do Brasil dentro do Brics incomoda demais os americanos que veem na saída de Dilma e na impossibilidade da volta de Lula, sua grande chance de que o Brasil volte a ser seu aliado.

O peixe que tentam nos vender: a corrupção começou no governo do PT e todos os políticos envolvidos são desse partido, portanto, temos que tirá-los.

Devemos examinar melhor esse peixe: A corrupção sempre existiu no país. No governo FHC nenhuma investigação aconteceu. A Polícia Federal não tinha autonomia para investigar nada. O Procurador Geral da República mandava engavetar tudo.

A maioria dos políticos denunciados é do PP. Políticos do PSDB como os senadores Aécio Neves (citado 6 vezes na Java Jato) e Aloysio Nunes também estão envolvidos no esquema.

O peixe que tentam nos vender: Lula tem que ser preso porque cometeu crime de ocultação de patrimônio.

Devemos examinar melhor esse peixe: Lula tem que ser preso porque senão ele volta em 2018, com chances de ser reeleito em 2022 e isso a Casa Grande não pode tolerar.

Lula poderia tranquilamente ter comprado o tríplex no Guarujá e o sítio em Atibaia. Não o fez. Não há documento de escritura em seu nome, o que em última instância seria a verdadeira prova material de sua propriedade e não barquinho de lata e pedalinhos.

O peixe que tentam nos vender: o juiz Moro tem o direito de plantar grampos em quem quer que seja, pois a opinião pública assim exige.

Devemos examinar melhor esse peixe: Moro não tem o direito de plantar grampos sem autorização do STF. O que ele fez é crime. E a opinião pública é um conceito extremamente vago para ser usado a seu favor.

A mídia à falta de um líder verdadeiro da direita, uma vez que Aécio acabou se queimando, busca um nome com características semelhantes às de Collor, o caçador de marajás. Deu certo uma vez, pode dar de novo.

O peixe que tentam nos vender: após o impeachment de Dilma e a prisão de Lula, o Brasil entra nos eixos e a corrupção acaba.

Devemos examinar melhor esse peixe: Michel Temer seria o presidente e até já articula com José Serra uma aliança para governar o país.

A crise econômica continuaria a mesma ou até pioraria pois não há fórmulas mágicas.

A convulsão social tomaria conta do país com revoltas, prisões e até mortes.

A Lava Jato seria desmontada (Serra já deu a dica quando afirmou que a caça às bruxas terminará tão logo Temer assuma), os empreiteiros seriam soltos, o financiamento privado de campanhas voltaria. Tudo voltaria ao que era antes.

Para os que compram esse peixe estragado fica ainda uma advertência: o país sairia destroçado, com sua Democracia definitivamente abalada, com nome internacional sujo e com corruptos de volta ao poder.

E depois não vai adiantar bater panelas sujas de peixe podre e nem negar que tenha tido participação nisso.


Fora a intoxicação.

domingo, 20 de março de 2016

A História registrará o dia em que voltamos a ser uma república das bananas

Por Fernando Castilho




Não podemos mais contar com o STF a garantir a aplicação da Constituição Federal. Já vivemos um Estado de Exceção e a aceitação deste fato nos ajudará a prever os desdobramentos daqui para a frente e a nos precaver deles.

Um buraco negro captura tudo que ultrapassa o chamado horizonte de eventos, mas mesmo assim, deixa escapar radiação.

Por mais que a situação tenha chegado a limites jamais pensados desde 1964, por incrível que pareça, há algo de bom que podemos extrair dessa história.

Pelo menos agora não ficaremos mais a esperar que a Constituição e o Estado de Direito ao final sejam respeitados. Que uma luz iluminará os rostos dos ministros do STF, encarregados de resguardar a Constituição ou que um anjo desça dos céus.

Não. Já vivemos num Estado de Exceção e a aceitação deste fato torna mais fácil prever os desdobramentos daqui para a frente sem que fiquemos indignados a todo momento, certo?

Antes, três advertências:

Não escrevo este texto como petista, mas tão somente como cidadão de esquerda que reconhece os avanços sociais advindos dos governos Lula e Dilma.

Reconheço que o governo Dilma vai muito mal, em grande parte pela sabotagem que lhe fazem a oposição e a mídia, mas como ela foi eleita democraticamente, sem que haja provas de crimes contra ela, teremos que aguardar 2018.

Com relação à Lula, o juiz Sérgio Moro teima em lhe atribuir a posse de um tríplex no Guarujá e um sítio em Atibaia. Como não há documento de não-posse ou ''escritura negativa de propriedade'', o ex-presidente deverá ser preso mesmo sem provas.

Pois bem, aqui vai uma sequência possível de desdobramentos advindos do que pode ocorrer nas próximas horas.

Quero deixar claro que escrevo este texto baseado em meu conhecimento da História do país e de minha experiência pessoal de vida, além de certa dose de intuição.

Não há como continuar a ser otimista e esperançoso em que a Justiça se faça. Não.
Lula deverá ser preso nas próximas horas. Não há mais dúvidas disso.

O fato de que Gilmar Mendes impediu irregularmente a posse de Lula como ministro, enviou seu processo de volta ao juiz Moro é altamente indicativo disso.

Poderão os otimistas e esperançosos dizer que os outros ministros da turma ainda terão que votar. Esqueça, isso só aconteceria se ainda houvesse normalidade jurídica. Não há mais.

Os ministros podem até se arrepiar, mas como disse Lula, estão acovardados.

Após a prisão de Lula, o impeachment passará como sabonete, lisamente. Mamão com açúcar.

Temer assume com a missão de conduzir o país à normalidade.

Alçado como o grande fator de união da Nação, se valerá da ajuda dos senadores José Serra e Aécio Neves para a condução segura da nave pela turbulência à frente.

E que turbulência. Uma verdadeira convulsão social. O PT, agora na condição de oposição, fará protestos por todo o país, mas as PM's dos estados governados por tucanos lhes arrancarão o couro. Haverá mortos e feridos mas nada será noticiado pela imprensa.

A mídia haverá de dar o devido suporte ao novo governo.

As primeiras medidas para contornar a crise serão euforicamente anunciadas por Sardenberg e Leitão no Jornal da Globo.

Eliminados Lula e Dilma, não haverá mais quem impeça o país de voltar a crescer. A bolsa disparará e as agências de risco poderão aumentar a nota do Brasil.

Enfim, o país entra nos trilhos e retoma o crescimento.

O próximo passo será a saída do Brasil do Brics, comemorada enfim por Obama.

We got it!!!

Em seguida Serra apresentará projeto transferindo toda a exploração do pré-sal para as Sete Irmãs.

I love my friends in Brazil!!!

Os blogs sujos, sempre combativos, por exigência da Globo, Folha, Estadão e Abril, deverão ser fechados por incitar a violência. Quem resistir será preso.

Os que saíram às ruas pelo impeachment exultarão, afinal a vida para eles continuará igual. Seus filhos continuarão matriculados em boas escolas e suas consultas continuarão a ser marcadas nos melhores hospitais. Continuarão a consumir freneticamente nos shoppings centers e a passear nas férias na Disney e em Miami. Que bom.

Mas como a crise econômica precisa ser combatida, será necessário que o novo governo corte gastos. Uma boa maneira será reduzir drasticamente o aporte de recursos no Bolsa Família, extinguir o Luz para Todos e o Minha Casa Minha Vida e paralisar obras ''superfaturadas'' como a transposição do São Francisco.

E como é imperativo retomar o crescimento, os executivos das maiores empreiteiras do país não poderão continuar presos pois erá necessário que se executem obras que gerarão empregos. O financiamento privado de campanhas voltará com força total.

Aumentos de gasolina, energia elétrica e gás não estão descartados, como ocorreu recentemente na Argentina.

O próximo passo será cassar o registro do PT a fim de evitar qualquer surpresa em 2018.

Com Lula e Zé Dirceu presos, não haverá quadros que possam recompor a esquerda. Que cada um vá pra sua casa e se finja de morto.

Enfim, este é um quadro negro de nosso futuro, mas não podemos simplesmente ignorá-lo como apenas um pesadelo distante.

O jornalista Rodrigo Vianna em seu blog Escrevinhador sugere que Lula se asile em alguma embaixada e de lá lidere a resistência e o contragolpe.

Acho a ideia muito pertinente neste momento, pois é absolutamente necessário que se preserve Lula pois sem o que ele representa não há como articular uma resposta.

Além disso, isso chamará a atenção da comunidade internacional para o problema e desmascarará o justiçamento que está em curso no Brasil.

Porém, se houver mandato de prisão contra Lula, este se tornará apenas bandido foragido, podendo ser extraditado da embaixada onde se asilou.

Talvez a única possibilidade seja, a exemplo de Edward Snowden, escolher a Embaixada de Rússia.

Putin com certeza manteria Lula em segurança pois o Brasil é peça por demais importante no Brics.


De qualquer forma, retrocederemos décadas em nosso desenvolvimento e voltaremos a ser uma república das bananas.

E um dia, daqui a algumas décadas ou mesmo anos, a História haverá de reservar um capítulo àqueles que não se conformaram com o resultado das urnas e traíram a Constituição. 

E filhos sentirão vergonha por seus pais terem sido golpistas.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Um exame de consciência sobre a polarização política do país

Por Fernando Castilho



Teria me esquecido do que aprendi da História deste país e passado para o lado dos maus?

Estaria errado em me contrapor a 502 anos de desmandos das elites do país que tanto massacraram os pobres e evitaram o progresso da Nação como um todo?

Caros leitores, vivemos um momento de polarização extrema no país só comparável a 1954 e 1964 e isto não é novidade.

Principalmente após a condução coercitiva de Lula a depor na Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, os ânimos têm-se acirrado até um ponto muito perigoso.

Eu, por minha vez, tendo recebido críticas tanto de gente de direita quanto de esquerda e presenciando amigos e parentes comparecer à manifestação de 13 de março, resolvi parar e fazer uma reflexão.

Afinal, estaria eu sendo iludido por um governo corrupto e por um ex-presidente ladrão?

Estaria enxergando somente um lado das coisas sem nenhuma capacidade de discernimento?

Teria me esquecido do que aprendi da História deste país e passado para o lado dos maus?

Estaria errado em me contrapor a 502 anos de desmandos das elites do país que tanto massacraram os pobres e evitaram o progresso da Nação como um todo?

Me ''xingaram'' de petista (pelo menos, por certa delicadeza, não foi de petralha). Já afirmei e reafirmei que não sou petista, mas sim de esquerda.

E é por ser de esquerda que defendo as políticas de distribuição de renda que tirou 36 milhões de pessoas da linha de miséria, as cotas raciais que procuram dar mais oportunidades aos negros, o Luz para Todos que leva energia elétrica a quem sempre viveu no escuro, o Mais Médicos que melhorou incrivelmente o atendimento às pessoas que não tinham acesso a atendimento médico, o Minha Casa, Minha Vida...

Não fico ofendido porque petista não é xingamento. Se fosse, tudo bem.

Muito bem, após alguns dias de reflexão, de investigação íntima de meus pensamentos, de julgamento de minhas tendências políticas, já há o que concluir.

1 – De todos os nomes que foram citados por envolvimento em algum tipo de conduta irregular, talvez só escape Dilma Rousseff. Portanto, quando uma multidão sai à Paulista para exigir o impeachment da presidenta eleita democraticamente, o errado não sou eu. Os errados são os outros. E eles passam a ser qualificados como golpistas.

2 – A condução coercitiva de Lula a depor na Java Jato em que ele respondeu a um interrogatório da Polícia Federal, lido na íntegra por mim, mas ignorado pelos golpistas, respondendo com coerência às acusações de que é proprietário do tríplex no Guarujá e do sítio em Atibaia, mesmo não possuindo escritura de nenhum desses imóveis, mostrou que por eu me posicionar pela defesa do ex-presidente, o errado não sou eu, mas sim aqueles que querem que um homem seja preso mesmo sem comprovação de crimes, somente porque não gostam dele.

3 – A revolta dos golpistas por ter Lula aceitado um convite para ser ministro do governo Dilma demonstrou que a mídia manipulou as cabeças das pessoas vendendo-lhes a falsa informação de que, tornando-se ministro, o ex-presidente escapa das investigações e foge da prisão.

Na realidade, como ministro, Lula passa a ter foro privilegiado que não significa de maneira alguma privilégio nenhum, uma vez que não poderá, caso seja condenado, solicitar recurso a nenhuma outra instância. Lula escapou de Sérgio Moro que queria prendê-lo sem provas somente para ter seu troféu de caça e passa a ser investigado pelo Supremo. Aliás, ficou claríssimo no episódio do grampo a gana que Moro tem em prender Lula com ou sem provas. E mais alguns dias ou mesmo horas, Lula estaria preso.

Então, mais uma vez, não considero que o errado seja eu, mas sim as pessoas que querem justiçamento e não Justiça.

4 – O grampo telefônico. O juiz Moro cometeu a suprema ilegalidade de plantar um grampo no telefone da presidenta Dilma, dentro do Palácio do Planalto. Sim, foi no telefone dela uma vez que Lula não usa celular. Trata-se de um crime e quem compactua com crimes é no mínimo cúmplice. Se o fato acontecesse nos Estados Unidos, Obama já teria mandado prender o juiz.a polarização

Então, mais uma vez o errado não sou eu. Se houver provas contra Lula, mas provas mesmo, não pedalinhos ou barquinho de 4 mil reais, serei também pela sua prisão.

A polarização mostrou que agora não há meios termos. De um lado são golpistas, defensores da ditadura, defensores de nazistas como Bolsonaro, defensores do fim dos programas sociais, como ficou claro nos vídeos aloprados das manifestações.

Se nem todo mundo se encaixa exatamente nesse perfil, comungou dos propósitos vis desses lacaios.

De outro lado estão as pessoas que não defendem a corrupção, mas sim a Democracia e a Constituição Federal e se isso significar defender Dilma e Lula, por consequência é o que deve ser feito.

De resto, como já vinha alertando há muito tempo em outros textos, o país caminha para uma convulsão social.

E esse estado de coisas não foi criado pelo governo, Lula ou as pessoas de esquerda que seguram o rojão da defesa da Democracia. Mas sim, justamente por aqueles que deveriam ter a responsabilidade de evitar o incêndio da Nação, a oposição, a mídia e o juiz Moro.