Outro dia escrevi um artigo em que dizia que Hugo Motta e
Davi Alcolumbre eram pusilânimes paspalhos — bordão que o covarde Dr. Smith, da
série Perdidos no Espaço, usava para se referir ao Robô.
Alcolumbre, com algum esforço e alguma articulação,
conseguiu se livrar da alcunha.
Já Motta… só fez por merecê-la ainda mais.
Na cerimônia de lançamento do programa Brasil Soberano, no
Palácio do Planalto, Lula anunciou R$ 30 bilhões em crédito para empresas
brasileiras atingidas pelo tarifaço de 50% imposto por Donald Trump.
O pacote inclui linhas de crédito com juros baixos, compras
governamentais e incentivos fiscais — tudo para segurar a economia enquanto o
problema não se resolve. Ou seja, Um montante de recursos que poderia ser
aplicado em saúde, educação ou outros programas sociais. Debite-se isso na
conta de Bananinha.
Hugo Motta estava lá.
Presente, sim.
Mas discreto.
Quase tímido.
Talvez pela sua já célebre pusilanimidade paspalha.
Enquanto isso, no mesmo dia, Eduardo Bolsonaro — deputado
que ainda recebe salários pagos por nós (!) — estava em Washington, pedindo
sanções contra o Brasil.
Sim, contra o próprio país! Contra seu próprio povo!
Em vídeo, declarou que estava disposto a “sacrificar tudo e
queimar toda a floresta” para salvar seu pai golpista.
A floresta, diga-se, somos nós.
E Hugo Motta?
Do alto — ou do baixo — de sua covardia institucional, nada
fez.
Não moveu um dedo pela cassação do traidor da Pátria.
Nem uma vírgula.
Um pedido formal de cassação foi protocolado por ex-reitores
e professores universitários.
Foi endereçado a ele.
Mas até agora, silêncio.
Mesmo que o Conselho de Ética não aprove a cassação, ele
deveria ao menos tentar.
É seu dever.
Ou deveria ser.
Se a comissão não aprova, escancara-se que ela apoia
traidores.
Se Motta teme sanções contra si, vindas dos Estados Unidos —
como Dudu Bananinha prometeu — então, sim.
Faz jus à alcunha de pusilânime paspalho, ou melhor, de
paspalhão covarde.