segunda-feira, 3 de outubro de 2022

A definição adiada

Por Fernando Castilho


Foto: Lucas Gomes


Parece que o povo se deliciou ao ver na TV as imagens da Amazônia em chamas, do garimpo ilegal e do assassinato de indígenas.


Assim como toda a esquerda brasileira que deseja que o Brasil se recupere do estrago empreendido pelo governo de feições fascistas de Jair Bolsonaro, sonhava com a vitória de Lula já no primeiro turno.

Sonhava, é verdade, mas com o devido pé atrás.

Portanto, apesar da decepção, o impacto não foi tão grande, pelo menos no embate Lula x Bolsonaro.

O impacto foi violento quando vi a inversão de números entre Haddad e Tarcísio.

Quando pensava que o susto fora superado, percebi que o astronauta estava vencendo Márcio França com folga.

A partir daí foi um show de horrores.

Aqueles ministros que durante quase 4 anos se empenharam em fazer exatamente o contrário da competência de suas pastas, se elegeram. E com muitos votos.

Pazuello, o ministro da saúde que, além de permitir corrupção dentro do ministério, obedeceu à risca as ordens de seu chefe que não queria vacinar a população contra a Covid-19, mas sim prescrever a cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz, se elegeu deputado federal.

O resultado foram as mais de 680 mil mortes, fora os óbitos em Manaus por asfixia, dos quais o próprio presidente debochou.

A impressão que dá é que quem votou nele não teve nenhum parente ou amigo morto pela pandemia. Se teve, ou esqueceu ou a ideologia falou mais alto.

Ricardo Salles, ex-ministro do meio-ambiente, se elegeu com muitos votos, 4 vezes os de Marina Silva!

Outra vez, parece que o povo se deliciou ao ver na TV as imagens da Amazônia em chamas, do garimpo ilegal e do assassinato de indígenas.

No show da reunião ministerial, o deleite deve ter sido grande ao ver o ministro dizer que era preciso passar a boiada.

Como a corrupção a ser combatida é só a do PT, ninguém se importou com o fato de Salles ser pego com a mão na botija tentando vender madeira ilegal para os Estados Unidos.

Mário Frias, aquele que tanto se empenhou em seu ministério para destruir a cultura no país, também foi eleito deputado federal.

Damares Alves, a ministra que viu Jesus na goiabeira, a grande espalhadora de fake news que vê símbolos fálicos em tudo e que, além de ser cúmplice no massacre de indígenas enviou seus capangas para tentar forçar uma menina de 10 anos a dar à luz um bebê, fruto de estupro no Espírito Santo, foi eleita senadora pelo Distrito Federal.

O astronauta Marcos Pontes, o ministro que praticamente acabou com a pesquisa científica no Brasil, obrigando muitas mentes brilhantes a procurar emprego no exterior, se elegeu senador por São Paulo, com folga.

Praticamente quase todos os malfeitores do time de Bolsonaro se deram bem. São milicianos como ele.

Teve até o Zé Trovão, processado por ameaçar a democracia em 7 de setembro de 2021. Foi eleito deputado federal por Santa Catarina e talvez seja diplomado usando tornozeleira.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, mesmo tendo 5 secretários denunciados por corrupção, se elegeu em primeiro turno!

O que aconteceu para que houvesse essa enxurrada de votos malucos e amantes da corrupção?

O fato de Bolsonaro conseguir ir para o segundo turno com tantos votos, contrariando todas as pesquisas eleitorais se deve, acreditem, ao seu lema fascista, Deus, Pátria, Família e Liberdade. Os pobres preferiram esquecer sua fome e desemprego para se sentirem seguros contra o inimigo imaginário, o comunismo que quer tirar deles aquilo que eles não têm.

O caso Haddad x Tarcísio é um pouco mais difícil de explicar, mas talvez o paulista ache que a dobradinha Tarcísio/Bolsonaro seja boa para São Paulo.

Já a eleição dos senadores e deputados estaduais e federais, tão inimigos do povo brasileiro, só Freud talvez explicasse.

Talvez.

De qualquer forma, a campanha de Lula, que já tinha uma estratégia preparada para caso ele fosse para o segundo turno, agora deve sacudir a poeira e dar a volta por cima.

Para isso, deverá buscar apoio de Simone Tebet e Soraya Tronicke.

Embora não seja muito fácil, Bolsonaro está dando uma ajudazinha. Pela manhã, no cercadinho, chamou Tebet de “estepe” e Tronicke de “trambique”. Será que só isso bastaria?

O comportamento da grande imprensa precisa agora mudar para apoiar Lula em tempo integral. Para isso, o líder de Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros, também está dando uma ajudazinha. Pela manhã, declarou que ainda nesta segunda (03), entrará com projeto criminalizando os institutos de pesquisa, caso, após as eleições a margem de erro não se concretize. A pena não exclui a prisão dos diretores dos institutos. A Folha, dona do Datafolha, tem que estar mordida.

Essa é uma pequena amostra do que está por vir, em caso de vitória do capitão.

Espera-se mais: a destituição de certos ministros do Supremo também está na pauta.

Bolsonaro, se reeleito, instaurará, desde o começo de seu governo, a censura aos órgãos de imprensa, o estado teocrático e, após mais 4 anos, se negará a sair.

Podemos acabar com esse pesadelo no próximo dia 30.

É preciso.

 


Lula x Bolsonaro - Um país fraturado

Por Michelle Meneses


Foto: Fernando Rabelo.  A bandeira em farrapos. Pernambuco, Brasil, 2017.


O discurso Fascista e radical encontrou solo fértil em uma sociedade Escravocrata, Cruel, Preconceituosa, Elitista e Conservadora.


A Onda Reacionária que inundou o Brasil mostrou toda sua força nas Eleições 2022.

O PL partido de Bolsonaro fez a maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal; em muitos estados também fez a maioria das bancadas no Legislativo.

Como explicar a Força do Bolsonarismo?

Com fortes pautas ideológicas de costumes, com muita desinformação e fake news, o Bolsonarismo construiu uma realidade paralela, levando muito MEDO ao povo brasileiro com informações distorcidas e muitas mentiras.

Essa combinação perigosa de medo, desinformação, eleitores sem compromisso com o voto e também com um forte apelo antipetista e religioso, mostrou toda a força do Bolsonarismo, num país claramente dividido entre Reacionários e Progressistas.

Como entender e explicar que 686.000 brasileiros perderam suas VIDAS para a Covid19 no Governo Bolsonaro, com a pior gestão na mais grave Crise Sanitária do país e o ex Ministro da Saúde General Pazuello foi o 2° Deputado Federal mais VOTADO do Rio de Janeiro!

Isso é incrivelmente absurdo !!

Será que o Eleitor não entendeu o que aconteceu no Brasil?

Será que o Eleitor vota sem responsabilidade e compromisso?

Será que o Eleitor perdeu o senso de solidariedade?

Em São Paulo, o ex Ministro Ricardo Salles, Inimigo do Meio Ambiente teve MAIS que o DOBRO da Votação de Marina Silva, defensora incansável das causas Ambientais, sendo reconhecida internacionalmente por sua luta em defesa da Amazônia e dos demais biomas brasileiros!

Ambos foram eleitos Deputados Federais.

Como isso pode acontecer num país que se diz ” Defensor do Meio Ambiente “?

São muitas contradições nessas Eleições.

A Falta de Consciência política do Eleitorado é muito visível e preocupante.

A extrema-direita se firmou no Brasil, isso é um fato inexorável!

“Deus, Pátria, Família e Liberdade”

O discurso Fascista e radical encontrou solo fértil em uma sociedade Escravocrata, Cruel, Preconceituosa, Elitista e Conservadora.

“Um fascista é alguém com profunda identificação com um determinado grupo ou nação em cujo nome se predispõe a falar, que não dá a mínima para os Direitos de outros e está disposto a usar os meios que forem necessários- inclusive a violência- para atingir suas metas.”
( Trecho do Livro ” Fascismo – Um Alerta”)

A economia pífia, a precarização do trabalho, a violência, a fome, a miséria, a educação e saúde destruídas foram temas que pouco tiveram peso na Escolha do Eleitor em seus Representantes políticos.

Precisamos fazer uma profunda e séria reflexão sobre ” Qual Brasil, Qual Povo” emerge da Tsunami Reacionária que varreu o país.

Um país Fraturado, Dividido e Perdido é o local perfeito para a instalação de uma Ditadura.

Tempos Difíceis e Sombrios!



Michelle Meneses é advogada, cientista política e colunista da Tribuna da Imprensa Livre

 


O rebaixamento da inteligência coletiva brasileira


Por Domenico De Masi


Foto: Ricardo Stuckert


Neste momento, vocês estão nas mãos de um ditador.

 

Esta ditadura reduz a inteligência coletiva do Brasil. Durante esta pandemia, Bolsonaro se comportou como uma criança, de um jeito maluco. Ou seja, o ditador conseguiu impor um comportamento idiota em um país muito inteligente. Porque é isso que fazem as ditaduras. 

Este me parece um fato tão óbvio que às vezes nos passa despercebido. Quando o país é comandado por pessoas tão tacanhas, a tendência é o rebaixamento geral do nível cognitivo da sua população. 

É fácil entender por quê. Sob Bolsonaro, Damares, Araújo, Pazuello, Salles, Guedes & Cia, vemo-nos obrigados a retomar debates passados, alguns situados na Idade Média, ou no século 19, como se fossem novidades. 

Terraplanismo, resistência à vacinação e a medidas básicas de segurança sanitária, pautas morais entendidas como questões de Estado, descaso com o meio ambiente, tudo isso remete a um passado que considerávamos longínquo. 

Quando entramos nesse tipo de debate entre nós, ou com as “autoridades”, é como se voltássemos da pós-graduação às primeiras letras do curso elementar. Somos forçados a recapitular consensos estabelecidos há décadas, como se nada tivéssemos aprendido. 

É como forçar cientistas a provar de novo a esfericidade da Terra ou a demonstrar eficácia da vacinação. Ou defender, outra vez, a necessária separação entre Igreja e Estado, mais de 230 anos depois da Revolução Francesa. 

É muita regressão e ela nos atinge. De repente, nos surpreendemos discutindo o óbvio, gastando tempo com temas batidos e desperdiçando energia arrombando portas abertas séculos atrás na história da humanidade.

À parte a necessária luta política para nos livrarmos o quanto antes dessa gente, entendo que existe uma luta particular e que depende de cada um de nós: a luta para não emburrecer.

Manter a lucidez e a inteligência através da leitura de bons autores e da escrita. Manter viva a sensibilidade pela conversa com pessoas normais e pela boa música. Assistir a bons filmes para contrabalançar a barbárie proposta pela vida diária e pelas redes sociais.

Enfim, mantermo-nos íntegros e fortes para a reconstrução futura do país. Não podemos ser como eles. Não devemos imitá-los em sua violência cega. Não podemos nos deixar contaminar por sua estupidez. Eles passarão. E estaremos aqui, para recomeçar.

Provavelmente, o que leva a esse rebaixamento é o ódio e o ressentimento por levar as pessoas a se sentirem, no fundo, perdedoras (é o caso de todos os bolsonaristas que conheci mais de perto) e ter de encontrar bodes expiatórios para culpá-los. A cultura competitiva, que estabelece, com critérios perniciosos, o que é ter sucesso, faz com que quem entra nesse jogo perverso, sinta-se, no final das contas, sempre um perdedor.


sábado, 1 de outubro de 2022

Lula, o maior planeta da política brasileira

Por Fernando Castilho


Imagens: James Webb, NASA


Um pouco de astronomia.

Júpiter, o maior planeta do sistema solar, é tão grande que, devido à sua enorme atração gravitacional, atrai para si a maior parte dos asteroides e astros menores que se dirigem para a Terra.

Assim é Lula. Nesta reta final, rumo à vitória no primeiro turno, vem atraindo artistas, influencers, formadores de opinião, esportistas e jornalistas que até outro dia não se manifestavam publicamente sobre seus votos.

Ele é muito maior que Júpiter.

Não permitirá que um asteroide destrua o Brasil.


Em 2 de outubro, a mais linda e esperada primavera

Por Fernando Castilho


Foto: NELSON ANTOINE - AGÊNCIA ESTADO


Veja a expressão no rosto desse homem. Diga se não é a mais pura imagem da esperança para este Brasil tão sofrido!


A apenas um dia das eleições mais importantes depois da queda da ditadura, há alguns temas a serem discutidos.

1 – Lula deverá vencer em primeiro turno dificultando que o derrotado, Jair Bolsonaro questione as urnas eletrônicas, já que vários aliados seus se elegerão ou se reelegerão através delas.

2 - Os sinais já são claríssimos de que as próximas e últimas pesquisas de opinião, principalmente o Datafolha, revelarão uma grande subida de Lula e uma estagnação do capitão. Essa tendência já foi demonstrada nas últimas pesquisas e deverá se intensificar nos próximos dias devido ao desembarque de eleitores das candidaturas Ciro Gomes e de Simone Tebet. Além disso, a mídia tem mostrado o grande número de artistas e famosos, formadores de opinião, que estão se unindo contra mais quatro anos de trevas, carregando consigo milhões de seguidores. Infelizmente, os números de Bolsonaro não baixam, o que revela que ele possui um núcleo duro bastante significativo que tolera toda a corrupção que ele e seus filhos têm praticado ao longo dos anos.

3 – Bolsonaro insiste na sua linha de desacreditar as pesquisas, preferindo crer no tal datapovo. Antes eu imaginava que era apenas uma estratégia, mas depois que aliados muito próximos dele revelaram que ele vive numa bolha e que acredita realmente que pode vencer em primeiro turno, acho que, além de método, há também muita loucura.

4 – O que pretende o capitão, tão logo perceba que foi derrotado em primeiro turno? Como escrevi no item 1, será muito difícil para ele se insurgir contra as urnas eletrônicas. A estratégia que parece estar se delineando é utilizar alguns seguidores mais fiéis e violentos, Brasil afora, como massa de manobra para intimidar as pessoas que tencionam votar em Lula através de agressões e até assassinatos. Bolsonaro gosta de trabalhar com o medo, a violência e o confronto. É possível que haja certo número de abstenções no dia 2, por medo de sair às ruas, o que poderá favorecê-lo.

5 – De maneira alguma poderemos afastar a preocupação com o risco de se reproduzir aqui a invasão do Capitólio durante as eleições norte-americanas, porém sem um ataque direto ao Congresso, que hoje está dominado pelos deputados do centrão, aliados de Bolsonaro. O ataque, se houver, deverá ser contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que já tomaram medidas para reforçar sua segurança. Essas instituições devem se preocupar com alguns integrantes das Forças Armadas que podem, sem o aval de seus comandos que já afirmaram que quem ganhar leva, causar algum distúrbio, mas não a ponto de inviabilizarem as eleições e seus resultados.

6 – O presidente tem, ao longo de mais de três anos, se preparado para sua derrota nas urnas porque, no íntimo, tem consciência de sua mediocridade e de sua incapacidade de governar. Por isso, construiu o mito de que, se não vencer, é porque houve fraude. Os bolsonaristas que compõem seu núcleo duro de apoiadores poderão causar distúrbios. Aí veremos de que lado as forças de segurança estão.

7 – Haja ou não perturbações da ordem institucional, graças às demonstrações de força que, principalmente o TSE tem dado e, graças também ao recente engajamento da mídia na união pelo fortalecimento da democracia, parece certo que, ao final, o resultado das urnas será respeitado e Bolsonaro será obrigado a aceitá-lo, preparando-se para encarar, a partir do próximo ano, seu triste destino, o que lhe renderá vários processos, sem a proteção de Arthur Lira e de Augusto Aras e sem o foro privilegiado.

8 – De qualquer forma, parece certo que, já no domingo, 2 de outubro, as nuvens negras cederão seu lugar à luz do Sol e ao céu mais azul que jamais vimos, refletido nas flores que saudarão a mais linda e esperada primavera.


Tire o oxigênio de Bolsonaro

Por Cristina Serra




terça-feira, 20 de setembro de 2022

Lula está a um passo de vencer no primeiro turno. Faça sua parte!

Por Simão Zygband


Foto: Ricardo Stuckert


Dizem que excesso de otimismo pode ser prejudicial em uma campanha eleitoral pois cria o “salto alto” e desmobiliza a militância. Mas o inverso também é verdade, pois cria uma depressão anterior ao parto, imobilizando ainda mais aqueles que deveriam estar correndo atrás do voto nesta reta de chegada para as eleições de 2 de outubro. Faltam apenas 13 dias (número cabalista) e é hora de ganhar o jogo.

Há sintomas evidentes de que Lula está prestes vencer as eleições ainda no primeiro turno. Precisa, sim, de um empurrãozinho para romper este hiato entre liquidar a fatura já em 2 de outubro, ou manter viva a candidatura do genocida em um eventual segundo turno.

Além das pesquisas, sempre favoráveis a Lula há mais de um ano, com pequeníssimas alterações, há evidências de que tudo pode se resolver imediatamente. O melhor termômetro, claro, é o desespero do troglodita que não sabe mais o que fazer para tentar angariar simpatia de um eleitorado mantido à míngua nos quatro anos de seu (des)governo: redução no preço dos combustíveis, Auxílio Brasil de meio salário mínimo (cortado pela sádico em plena pandemia), ajuda para caminhoneiros e taxistas com recursos liberados na boca de urna, vale gás para que uma parte do povo não precise cozinhar na lenha. Parece não estar funcionando.

Bolsonazi deveria ter tratado o povo como tratou uma parte do oficialato que lhe é fiel nas Forças Armadas. Talvez assim conseguisse se reeleger. Salários de marajás para oficiais que ocupam cargos públicos na administração civil, compra de picanha, bacalhaus, vinhos importados, whisky para manter a festa em alto astral na caserna (incluindo apetrechos de sex shop para os “brocháveis”), leite condensado para o restante das tropas não beneficiadas com tão evidentes benesses.

Também no Minha Casa, Minha Vida, o mesmo padrão de imóveis de seus familiares, que durante os seus mandatos como vereador, deputado e presidente, adquiriram 147 imóveis, dos quais 51 pagos em dinheiro vivo. Só o seu filho mais velho, o senador da República, Flávio Bolsonaro, adquiriu uma mansão em Brasília através do pagamento de notas sobre notas, no valor de R$ 6 milhões. O mais novinho, Jair Renan, foi mais humilde e se contentou com uma casinha menos luxuosa avaliada em R$ 4 milhões. Quanta humildade demonstra o clã.

Os sintomas da vitória

Bem, mas vamos deixar esta gente para lá e tratar de impingir-lhes uma derrota retumbante. Argumentos para isso não faltam. Mas com um pouco mais de empenho é plenamente viável a vitória no primeiro turno.

Lula tem arrastado multidões em todos os comícios que realizou nas cidades onde eles foram realizados: Belém, Manaus, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Taboão da Serra, Porto Alegre, Curitiba, Florianópólis, entre outras. Quando não há comícios, a própria militância se encarrega de fazer a campanha nas pequenas e médias cidades. No Nordeste, por exemplo, os Trios Elétricos do Lula têm arrastado o povão para as ruas, mesmo sem a presença do político. Cidades inteiras vão às ruas com camisetas e bandeiras lulistas. Há um vídeo impressionante realizado na cidade de Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte, onde praticamente toda a população está nas ruas ao som com os gingles da campanha petista. Difícil que não tenha lá 80% dos votos, assim como em outras tantas cidades nordestinas.

Em São Paulo, maior reduto eleitoral do país, Lula está na frente de Bolsonaro em todas as pesquisas. O voto paulista sempre é envergonhado, mas pegou fundo nos trabalhadores. Quando a campanha atinge o povão, quase impossível mudar o voto. A classe baixa e média baixa paulista está com Lula, boa parte dela composta por nordestinos, mulheres, pretos, pobres, exatamente os hostilizados pelo boquirroto capitão. Chegou a hora da vingança.

Basta você fazer também a sua parte. Peça o voto para os indecisos, seja no contato pessoal ou através da sua rede de contatos. Passe para eles aqueles vídeos que são demolidores contra o genocida (compra das mansões milionárias, ironia contra os mortos da pandemia, entre outros).

Pendure toalhas, bandeiras, faixas do Lula na sua janela, dando visibilidade à campanha

Isso é que vai garantir a vitória de Lula no primeiro turno.

 


A Fantástica Fábrica de Golpes


É com muita satisfação que o Análise e Opinião comporá nos dias 23, 24 e 25 de setembro o pool de mídias alternativas que exibirá gratuitamente o filme A Fantástica Fábrica de Golpes, um documentário de Victor Fraga e Valnei Nunes, dois jornalistas que investigam a longa tradição de golpes de estado ocorridos no Brasil e América-Latina, revelando como os grandes grupos de mídia, atrelados às fake news, foram decisivos para a deposição da ex-presidenta Dilma Rousseff, assim como na prisão política do ex-presidente Lula. O documentário explicita ainda, como tais mecanismos fomentaram na ascensão da extrema-direita no país e figuras como o extremista Bolsonaro.


A FANTÁSTICA FÁBRICA DE GOLPES

(THE COUP D’ÉTAT FACTORY)


POOL DE MÍDIAS ALTERNATIVAS: Mídia Ninja, Jornalistas Livres, Fundação Barão de Itararé, Análise e Opinião, Viomundo, Cafezinho, 247, DCM, Fórum, Rede Brasil Atual, TVT, Saiba Mais, Mídia Livre, Prerrogativas, Construir Resistência e outros


O filme será disponibilizado gratuitamente online e por televisão por apenas três dias (72 horas): 23, 24, 25 e 26 de setembro (a partir das 15:00 do dia 23:00)



https://youtu.be/M6ja8zpeluY

Este link e assim o próprio filme é incorporável (embeddable) a maior parte dos websites


Sugerimos sempre que possível incorporar também o trailer:

https://www.youtube.com/watch?v=j8sQAMmRR0w




Também é possível realizar uma LIVE do filme, caso seja esta a preferência do veículo. No entanto, é essencial que a live ocorra dentro das 72 horas em questão e que o filme não permaneça disponível depois deste prazo.


Link para baixar o filme para LIVE:

https://vimeo.com/751007424

Senha: BatendoPanela



A Fantástica Fábrica de Golpes é documentário de Victor Fraga and Valnei Nunes


apresentando:


Presidenta Dilma Rousseff, Prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel, cantor e compositor Chico Buarque, Geoffrey Robertson QC, Jean Wyllys, Glenn Greenwald e outros


Trilha sonora original::


Chico Buarque, Francisco El Hombre, Josyara e Erika Nande




Classificação indicativa: 12 anos


Trailer em inglês:

https://www.youtube.com/watch?v=lG1mZECJBho

Trailer em português:

https://www.youtube.com/watch?v=j8sQAMmRR0w

Facebook:

https://www.facebook.com/fabricadegolpes/

Instagram:

www.instagram.com/thecoupdetatfactory

Assets (poster, kit de imprensa, stills, declarações, etc): https://mega.nz/folder/CjoUiDoR#i1ObCDze7WWYxGKBTQk-Hg


A Fantástica Fábrica de Golpes estreou em dezembro de 2021 no Festival de Havana, em Cuba. Desde então percorreu diversos festivais na Europa. Esta produção anglo-brasileira teve seu lançamento no Reino Unido através do prestigioso BFI no dia 29 de maio de 2022.


Teve lançamento em cinemas de oito capitais brasileiras no começo de setembro: 

São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Manaus, Maceió e Aracaju.


Sinopse


Dois jornalistas brasileiros radicados no Reino Unido investigam a longa tradição de golpes de estado no Brasil e na América Latina. Eles revelam como a grande mídia e as fake news tiveram um papel fundamental na derrubada de Dilma Rousseff, na campanha de lawfare e prisão política de Lula, e na ascensão da extrema-direita, encarnada por Bolsonaro.


Paralelos claros com outras nações em todo o mundo revelam o viés e a manipulação da mídia como um fenômeno internacional.


Imagens de arquivo e reportagens são combinadas com extensas entrevistas, que incluem a ex-presidenta do Brasil, ganhadores de prêmios Pulitzer e Nobel, advogados de direitos humanos e músicos. A trilha sonora original é assinada por Erika Nande, com canções compostas pelo icônico Chico Buarque e interpretadas pelos jovens artistas Francisco El Hombre e Josyara.


Seleção de artigos 

 

Link de críticas (21 no total até o momento):


https://www.imdb.com/title/tt16384190/externalreviews?ref_=tt_ov_rt


PARA MAIORES INFORMAÇÔES

Favor responder a este email ou escrever para info@dirtymovies.org


sábado, 17 de setembro de 2022

Chibata

Por Vigílio Almansur




Chibata.Vara fina e flexível usada para bater em pessoas ou animais; vergasta. Por extensão, tira fina de couro usada para fustigar, para castigar; chicote. Figurativamente, castigo corporal aplicado com chibatadas; circunstância de quem se encontra oprimido, privado da sua liberdade, especialmente em sofrimento ou sob castigos: “queria sair daquela vida de chibata”.

No Rio, enquanto regionalismo, golpe violento de capoeira em que um dos pés é lançado, sendo que a mão permanece apoiada no chão e a outra perna levantada. No Nordeste é designação vulgar do órgão genital masculino; pênis; pinto.

A botânica premia planta gramínea brasileira usada como bengala. Etimologicamente, a origem da palavra chibata é indicada pelo feminino de chibato, vista também como cabritinho de seis meses e um pouco mais…

No entanto, essa palavra parece derivar do francês antigo chicot, “ponta de corda de navio” e podia servir também para corrigir condutas. Verbalmente, conjuga-se chibatar, verbo transitivo direto, que sugere “eu chibato” para dar chibatadas ou chibatar alguém.

Poyszé…

Num espaço de duas semanas vimos revelações interessantes, onde capitães do mato da era digital usaram seus chicotes. Apesar de suas vozes ecoarem para milhões, muitos milhões já os viram nesses últimos 350 anos, sob algozes a chibatarem os “não-entes”, os “não-ontológicos” ou os “não-ser” que perderam suas origens e vieram aprender uma língua estranha sob império exterior e se submeteram às vilanices, ultrajes e humilhações transitivas e intransitivas que assistimos deslocadamente.

Refiro-me a um vídeo postado no interior da Bahia. O Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou um inquérito para investigar um possível assédio eleitoral em Luis Eduardo Magalhães (o nome antecipa aquele que teve seu coração retirado para ser entregue ao pai, ACM, o “toninho malvadeza”), cidade d’oeste da Bahia.

Em um vídeo postado nas redes sociais, uma empresária do agronegócio orienta que agricultores “demitam sem dó” os funcionários que votarem em um candidato à presidência e outro ao governo do estado.

A mulher foi identificada como Roseli Vitória Martelli D'Agostini Lins. Na rede social ela se apresenta como "aposentada, conservadora, avó de dois meninos maravilhosos, entusiasta pelos rumos que o Brasil está trilhando". Credo…

Em uma das postagens, Roseli orienta os colegas ruralistas: “Façam um levantamento. Quem for votar no Lula, demitam, e demitam sem dó, porque não é uma questão de política, é uma questão de sobrevivência. E você que trabalha com o agro e que defende o Lula, faça o favor, saia também”.

A ideologia, sempre dominante — e só sobrevive porque tal… —, dá as caras sem nenhum constrangimento. A humilhação do empregado, mesmo inaparente, quase indeterminado, encontra-se com o lombo assado, marcado sob chibatas. Nós não conseguimos nem imaginar… Mas aquele que está apanhando com toda certeza o saberá… São milhares, milhões!

“Demitir sem dó” é poderio que, contraposto àquele considerado hipossuficiente (parece tão somente avançar porque palavra bonitinha, mas ordinária), está no ordenamento. Na ponte para o futuro que ficou pretérita e ceifou trabalhadores hoje na linha miserê quase irreversível (fome, ausência de trabalho, falta de perspectivas, humilhações, desesperos, famílias decompostas em quase 7 anos) não se encontram mais resultados; desastre irrecuperável!

O lombo arruinado não é e nunca será o da madame-vovó Roseli. Ela, ao invocar necessidade, sobrevivência, entra na lógica do senhor e do escravo e parece estar em 14/05/1888 gritando como madame Fidalga da estirpe dos Junqueira de Cataguases, Leopoldina e demais pelo interior de S. Paulo: “… E eu??? E eu??? E eu??? E eu???”.

Viram? Sobrevivência! A mesma que faz hospitais, com aval do STF, impedir um piso salarial à enfermagem! Esta nesma que se imolou na pandemia quando nenhum recurso havia para sustar mortes. Deram a cara à tapa! Mas a sobrevivência da empresa fala mais alto!

Questão de sobrevivência, a madame-vovó não quer um estado de rigor social e consequente bem-estar. Ela quer o Estado pra ela! Ela quer fazer seus empréstimos a fundo perdido em banco estatal de investimento e deixar pros bisnetinhos pagarem, quem sabe em 2122 como o milhardário papagaio de zona de SC, cuja havan, diziam, ser propriedade da filha de Dilma. Lembram?

Quando recentemente vimos — e estamos vendo! — a grita das empresas que se veem premidas a buscar no aparato judiciário solução para o piso salarial homologado, elas estão dizendo que só conseguem trabalhar com escravos. Se assim não for — já que o SUS-ESTADO não é tão bonzinho às redes hospitalares particulares que se beneficiam desse mesmo Estado — o miserável nunca terá onde cair, até porque o STF não lhe dará suporte nem acolhida no tempo dos mortais…

Não bastassem as ignomínias desse ultraje, vem o tal marmiteiro que chantageia uma hipossuficiente e expõe a senhora. É, lamentavelmente, a hipossuficiente da hipossuficiência, aquela figura encontrável na periferia da periferia que muitas vez também tem outra periferia… Cassio Cenali fez self fílmica para informar que se votar no Lula, a mulher não teria mais marmita. Brincadeira ou não, pois chegou a pedir desculpas, ali o cabresto é nele e indica a subserviência ao modelito neoliberal máximo em que somente ele, empreendedor, pode dispor das marmitas e sua lavagem para o cidadão. Ele controla, faz caridade e quer reciprocidade. Não quer o Estado promovendo segurança alimentar; quer manter suas vizinhas sob condicionamento e tirar o proveito em outras instâncias…

Os dois exemplos e mais outros milhares e milhares de bem intencionados classistas, apenas acentuam o privilégio que acompanha o escravismo, que atrasa nossa soberania, aumenta as desigualdades e faz do Brasil terra sem dono (Estado) em muitos de nossos rincões.

O que veio à tona e o que vem se revelando nesse percurso de esteriotipias condensadas de 18 para cá, expressivamente em 19/20/21 e 22, é personificação máxima de um estado empático que o miliciano-mor conseguiu junto aos seus. Ele é simplesmente um porta voz macabro, armazena em seu perfil o sujeito despreparado, o pouco lido, o atrasado de carteirinha que escoiceia por qualquer motivo, o déspota idiotizado que baba na bandeira, se diz cristão e mata na próxima esquina.

Para não ficarmos tão apenas nas figuras inexpressivas, a expressiva jornalista, âncora de Roda Viva da Cultura, identificada às pautas reacionárias e co-partícipe dos movimentos de ódio ao PT, carrega uma infinidade de posturas da Casa Grande. Sua eloquência em vários momentos nesses últimos anos não podem e nem devem ser esquecidos.

Vera Magalhães é aquela mulher que quando Da. Marisa (esposa à época do Lula) morreu fez uma piada dizendo: "case-se com alguém que não vai transformar seu velório em um comício". Todas as vezes que Dilma foi agredida ou mesmo tendo sido peça de chacota de seus pares (algumas indígnas jornalistas), Vera ficou calada. Não se preocupou com os ataques raivosos perpetrados pela extrema direita que já se coçava explicitamente nos arredores de 2013, bem como se revelava vedete acrítica do juizeco bandido, mas banditismo mesmo era o de Boulos que não deveria ter voz ou lavra na FSP.

Essa Vera não pode ser esquecida como também não devemos esquecer seu instante Dilma, Boulos ou Manuela D’Ávila sendo açoitada no Roda Viva e Lula apedrejado (“faz parte da política lançar pedras”).

Nós não devemos admitir qualquer ameaça ou humilhação a quem quer que seja. Devemos ter em mente que muitas Veras ajudaram a criar monstros efetivos e cabe-nos tão somente impedir que mais serpentes se criem e tragam infelicidade à sociedade.

As Veras não podem nem devem ser exaltadas. Nós sabemos o que elas fizeram nos verões passados. Foi muito feio!!! Não se consegue, enquanto tivermos figuras de expressão na mídia, contribuindo à desinformação, que o panteão democrático se estabeleça.

Temos que repudiar toda agressão que comporte aspectos misóginos, preconceituosos e racistas ou se façam valer da tribuna que se requeira isenta. Repudiar o ocorrido com Da. Vera é uma coisa! Exaltá-la jamais!

As naturalizações que foram se acumulando até outubro/18 têm no silêncio — e tolerância às intolerâncias — seu maior aliado. Esse silêncio compactuou às desídias infames que se apoderaram das inúmeras parcelas de nossa sociedade e geraram o terror da chibata.

Começa assim…


Virgílio Almansur é médico e escritor.


PRECISAREMOS DE UM JIPE, UM CABO E UM SOLDADO PARA TIRAR O CAPITÃO DO PALÁCIO?

Por Fernando Castilho

Imagem: Parte de Alegoria do Triunfo de Vênus, de Agnolo Bronzino (invertida e em preto e branco)


Muita gente receia declinar seu voto em Lula, seja nas conversas no trabalho e nas escolas, seja entre parentes e amigos, seja também quando tem que responder a uma das pesquisas de opinião, afinal, os casos de violência por parte de bolsonaristas estão se multiplicando perigosamente.


Saiu a nova pesquisa Datafolha. Mais do mesmo, assim como as demais, Ipec, Quaest, etc.

Os votos em Lula, Bolsonaro, Ciro e Tebet estão cristalizados e, por isso, se não houver nenhum fato novo, o petista papará a eleição, quiçá no primeiro turno, o que acredito.

Há motivos.

Muita gente receia declinar seu voto em Lula, seja nas conversas no trabalho e nas escolas, seja entre parentes e amigos, seja também quando tem que responder a uma das pesquisas de opinião, afinal, os casos de violência por parte de bolsonaristas estão se multiplicando perigosamente.

É possível, portanto, que no dia 2 de outubro tenhamos a agradável surpresa de uma lavada do ex-presidente sobre o capitão. Espero, baseado no fato de que ainda há 4% que dizem que votarão em branco e 3% que não opinaram. Além disso, embora Ciro Gomes insista em levar sua candidatura até o fim, já há uma debandada de pedetistas em direção a Lula, já no primeiro turno.

Outro fato a destacar neste texto é a blindagem que Bolsonaro adquiriu de seus seguidores.

Há um ano escrevi que à medida que falcatruas fossem aparecendo, os cerca de 30% que o capitão tinha acabariam por derreter e só sobraria o núcleo duro do bolsonarismo, aqueles que, contra tudo e contra todos, continuam resolutos em seu apoio ao mito.

Ledo engano.

Nem as rachadinhas, nem a mansão do Flávio, nem os 107 imóveis, dos quais, 51 adquiridos com dinheiro vivo, abalaram a fé desse povo.

Nem o comício custeado com dinheiro público no 7 de setembro, nem o termo “imbrochável” pronunciado num evento cívico no qual se esperava um mínimo de compostura do presidente, chocaram essas pessoas que se dizem patriotas.

Nem as mais de 680 mortes por Covid-19, cuja incompetência ficou escancarada e em que não faltaram as imitações grotescas de pessoas morrendo asfixiadas por falta de oxigênio, produziram alguma indignação nesse grupo.

As ameaças de golpe, pelo contrário, soaram bem-vindas a 30% da população que opta pelo fim da democracia, desde que seu mito continue no poder.

Por incrível que pareça, nem os preços altíssimos dos alimentos e a volta da fome arranharam a imagem do capitão.

Imagine se a corrupção no MEC acontecesse nos governos Lula ou Dilma. Mas como foi no governo do capitão, seus seguidores não deram bola.

E agora, a cereja do bolo. Nem a redução de 60% dos medicamentos de distribuição gratuita teve o poder de revoltar principalmente os idosos que vivem à custa de remédios.

Segundo o Datafolha, 33% dos eleitores votam em Bolsonaro. Ele não cresce nem diminui. Chegará assim ao dia 2 de outubro.

Resta saber se aguardará os próximos dias conformado com seu destino. Se aprontará alguma coisa ou fugirá do país.

O choro já começou numa entrevista em que afirmou que se recolheria, caso fosse derrotado. Mas também já acabou.

Bolsonaro, embora afirmasse que passaria a faixa presidencial a Lula, jamais o faria, pois não é homem preparado para agir de maneira educada e civilizada. Há até a possibilidade de alguma grosseria, isso sim.

Também não acredito que respeitará o resultado das urnas em caso de derrota em primeiro turno. O problema é que, se alegar fraude, todos seus aliados que estariam eleitos a cargos menores terão, forçosamente, que ver suas candidaturas serem também contestadas.

O máximo que ele pode fazer é, como Trump, se recusar a levantar da cadeira.

Mas aí, é só chamar um jipe, um cabo e um soldado para tirá-lo de lá à força.