domingo, 1 de junho de 2014

Por que Joaquim Barbosa não é Lula

Por Fernando Castilho


Luís Inácio Lula da Silva e Joaquim Barbosa.

Duas origens, duas histórias.

Os dois nasceram em famílias muito pobres. Um no sertão de Pernambuco, Caetés, distrito de Guaranhuns, e outro em Minas Gerais, Paracatu.

Barbosa é o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.

Lula é o sétimo dos oito filhos de um casal de lavradores analfabetos que vivenciaram a fome e a miséria na zona mais pobre de Pernambuco.

As semelhanças param por aí.

sábado, 31 de maio de 2014

Luíza Trajano mandará e-mail pra Folha?

Por Fernando Castilho

O UOL/ Folha de São Paulo acaba de publicar uma matéria sobre o fechamento de 9 lojas dos Magazines Luíza.

Analisando a notícia: ''A varejista Magazine Luiza informou nesta sexta-feira (30) o fechamento de nove lojas entre 21 e 28 de maio, encerrando o mês com 737 pontos de venda. '' As 9 lojas representavam ''menos de 0,4 por cento das vendas da companhia em 2013. Cinco delas eram advindas da aquisição do Baú. ''

Leia aqui a matéria completa.

Nove lojas num universo de 737 dá cerca de 1% de lojas fechadas. O UOL  não revela, neste mesmo contexto, quantos pontos de venda estão sendo abertos no momento, em contra-partida.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Puro delírio, esta nota do PSDB

Por Fernando Castilho

Acabo de ler o mais novo delírio do PSDB.

Trata-se de uma nota  publicada por um dirigente do PSDB, cujo nome, Josias de Souza, da Folha, preferiu não declinar.

Como Aécio Neves é presidente do partido, o texto deve ter seu conhecimento e aprovação.

A nota foi publicada, segundo Josias, na segunda-feira, dia 26 de maio.

Sob o título ''A Mudança de Postura de Eduardo Campos '', o tal dirigente tucano sustenta que Eduardo Campos mudou seu comportamento perante Aécio Neves depois que este subiu nas pesquisas.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Glorinha, Clarinha e o chato do facebook

Por Fernando Castilho

Oi Clarinha. Tenho que desabafar com você, amiga.
Se tem uma coisa que gosto de fazer é entrar no Facebook. Você sabe, faço por diversão.
Tenho muitos amigos como você na rede e, muitas vezes, quando estou cansada ou desanimada após um dia duro de trabalho (tenho um chefe muito chato, sabe?), são vocês que me reconfortam com suas mensagens cheias de otimismo, citações de filósofos e trechos dos salmos que trazem lições de vida, acompanhadas de lindas fotos ou ilustrações. (as de cachorrinhos, então...)

sábado, 24 de maio de 2014

10 razões para ter Copa

Por Fernando Castilho

Sei que não se deve falar mais, posto que é  fato consumado, mas vamos a alguns esclarecimentos que julgo importantes para o debate:

: O sorteio do país sede se deu em 2006, em verdadeiro clima de euforia. Foi realmente uma conquista levar a Copa para o Brasil. As obras estão terminando, os estádios prontos, e só agora aparece gente protestando. A mídia, inclusive, tem criado um clima de ''não vai ter copa'', através de comentários de articulistas ''formadores de opinião''. A Globo, que já embolsou o dinheiro dos direitos de transmissão das imagens, agora quer faturar com a cobertura de protestos, que também dão audiência. Lucra dos dois lados.

A pesquisa Ibope nas entrelinhas

Por Fernando Castilho


Pesquisa Ibope acaba de sair do forno.

Dilma Rousseff subiu 3 pontos em relação à pesquisa de abril, indo para 40%, o que lhe dá vitória no 1° turno.

Mas pera lá! Aécio e Campos também subiram! Aécio, de 14 para 20% e Campos, de 6 para 11.

Os números são parecidos com os da Datafolha de abril, com a diferença da subida mais expressiva de Aécio, de 16% para 20%.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Haddad e o zeppelin

Por Fernando Castilho

Em 2003, quando Lula assumiu a Presidência do Brasil, levou junto com ele, Antonio Palocci.

Ministro da Fazenda por três anos, com uma gestão marcada pela responsabilidade fiscal e por bons resultados na economia, Antonio Palocci tornou-se um dos homens fortes do governo do ex-presidente Lula, mas escândalos de corrupção acabaram por cortar os motores da carreira ascendente do político.

Sem entrar em detalhes sobre as acusações contra as quais se defende o ex-ministro, até porque não há ainda veredictos, o fato concreto é que, além de Lula, o nome forte do Governo até então era Palocci.

A continuar em ascensão, poderia ser ele sucessor de Lula numa outra disputa presidencial.

O nome fora queimado e inviabilizado por todo o sempre.

terça-feira, 20 de maio de 2014

AP - 470. Senta que o filme ainda não acabou!

Por Fernando Castilho

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu acaba de apresentar recurso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, acusando o Brasil de violação de direitos humanos no julgamento da Ação Penal 470, apelidada de mensalão.

A competência da OEA nesse caso vai só até a recomendação ao Brasil que se faça um novo julgamento.

Caso não consiga seu intento, Zé Dirceu requererá que o caso seja encaminhado à Corte Interamericana de Direitos Humanos, em São José, na Costa Rica, responsável por julgar os países por violação de direitos humanos.

domingo, 18 de maio de 2014

Zé Dirceu, um personagem rocambolesco

Por Fernando Castilho

Zé Dirceu tal qual Rocambole, personagem de vários romances de folhetim de Ponson du Terrail, é autor de mil e uma peripécias. Zé Rocambole Dirceu se mete nas mais variadas aventuras, mas sempre se sai bem, esperto e liso como sabonete.

A primeira começa quando em 1967, conhecido pelo codinome de "Daniel", presidiu a União Estadual de Estudantes (UEE), firmando-se como líder estudantil.

Sobre garotos-propaganda

Por Fernando Castilho



Nos anos 90 havia uma propaganda na TV com um jingle assim: ''Lojas Marabrás, preço menor ninguém faz''. Lembram-se?

Era protagonizada por Zezé di Camargo e Luciano lá pelo ano de 2002.

Os sertanejos emprestavam suas vozes ao jingle enquanto sentavam-se em sofás e poltronas da loja.

Destinados a um público assim chamado de classes D e E, os móveis eram simples, fabricados em aglomerado de madeira, tinham pouca durabilidade, mas custavam ''barato''. Ainda por cima podiam ser comprados por crediário.

Na época, o que me chamou a atenção foi ter visto em uma revista fotos das salas das residências de Zezé di Camargo e Luciano. Verdadeiro luxo. Decoração contratada a profissionais, móveis de madeira de lei importados, enfim, um primor. Tudo muiiiiiito caro.

E eles recomendavam que a gente comprasse os móveis da Marabrás...

Mulheres lindas e famosas também fazem propaganda de xampus e sabonetes, além de outros produtos de beleza.

Mas lembrei-me agora de outra campanha publicitária dos anos 70, se não me engano, estrelada por outro famoso: o atleta do século passado, Pelé.

Pelé fazia propaganda para a vitamina Vitasay. Ele que era modelo de vitalidade, agora revelava a todos seu segredo. A Vitasay deve ter vendido muito comprimido com Pelé.

Mas será que ele chegou a tomar algum? Ninguém sabe.

Recentemente vimos outro rei fazendo propaganda. Desta vez, o rei Roberto Carlos. Fazendo propaganda da carne Friboi.

A campanha causou polêmica na imprensa, nos blogs, nas redes sociais.

Diferentemente dos outros garotos-propaganda mencionados, o rei não toca no produto que promove. Por que?

Roberto mantém há anos a imagem de vegetariano que come peixe, ovo, queijo e toma leite.

Os vegetarianos desfilam perante pessoas como eu, carnívoras (com certo sentimento de culpa), uma certa aura. A de pessoas com grande força de vontade, que se libertaram de um alimento, que apesar de ser fonte de proteínas, carrega certa dose de toxicidade. São pessoas que nos passam uma imagem mais pacífica, mais tolerante, menos agressiva perante a vida, ao contrário das carnívoras.
Um dos militantes do vegetarianismo, outro famoso, porém muito mais famoso que o rei, Paul McCartney, tem denunciado a crueldade da criação e do abate de animais.

Noticiários revelaram que Roberto Carlos, após 30 anos de vegetarianismo, arrependeu-se, voltando a comer carne.

Mais tarde, o cineasta Fernando Meirelles afirmou que o rei nunca teria deixado de ser vegetariano.

Só mais recentemente, seu empresário revelou que Roberto nunca o foi de fato.

Foi revelado também que o cachê pago pela Friboi teria sido de 25 milhões de reais. Nada mau. Nada mau para quem está há 11 anos sem gravar um álbum.

Agora analisando:
1º. Se Roberto Carlos se arrependeu do vegetarianismo, ele poderia ter cortado o bife e comido um pedaço, não? Mas não o fez. Faturou 25 milhões.

2º. Se o rei não desistiu de ser vegetariano, arriscou-se a ter sua imagem comparada a uma nota de três reais. Mas faturou 25 milhões.

3°. Se Roberto nunca foi vegetariano, poderia ter comido a carne. Mas não o fez. Mas faturou 25 milhões.

De qualquer forma, com qual imagem você ficou do rei? É falso, arrisca sua imagem por dinheiro?
E da carne da Friboi? A carne é ruim a ponto do Roberto Carlos não comê-la?

Outra questão pode ser colocada: você compra determinados produtos somente porque estão associados a imagem de alguém? Que não os consome?

Mais uma indagação: É ético alguém que possui milhares ou até milhões de fãs, seguidores, admiradores, associar sua imagem a determinado produto, sem conhecer sua cadeia produtiva? Sem saber se o fabricante contrata e paga regularmente sua mão de obra? Se paga impostos com regularidade? Se o produto tem realmente qualidade? Se não vai prejudicar a saúde de quem o consome?

Só por dinheiro?





sábado, 17 de maio de 2014

Gushiken, um troféu de caça

Por Fernando Castilho

Pra variar saiu na Folha mais uma notícia relacionada ao mensalão.

É todo dia. 

Desta vez, ela dá conta de que a defesa de José Dirceu, cujo número de citações no jornal, de seis meses para cá, deve ter batido todos os recordes, acaba de recorrer ao Plenário do STF contra ao veto a seu trabalho externo.

Em que pese tudo aquilo que já foi publicado sobre o caso de Dirceu, o que dá um volume bem grande, haverei de em breve, escrever um pouco mais sobre o assunto.

Mas agora não é esse o caso.