sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Sobre dois extremos: esquerda caviar e esquerdopata

Por Fernando Castilho


Esquerda caviar. Duas palavras que ultimamente tem visitado minha mente, de forma recorrente.

Derivado do termo ''esquerda festiva'', esquerda caviar é uma expressão pejorativa utilizada para se referir às pessoas que, mesmo socialistas, não abrem mão dos confortos do capitalismo. O jornalista Mino Carta define a ''gauche caviar'' como "representantes do chique radical".

Este termo, utilizado pelo neolib Rodrigo Constantino, colunista de Veja e uma das expressões do Instituto Millenium, clubinho da direita mais reacionária do país, tem incomodado muita gente de esquerda que se defende dizendo que a postura pró combate às desigualdades sociais não implica necessariamente em voto de pobreza.

Será?

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O Obamolulodilmopetismo americano

Por Fernando Castilho



A charge que serve paras duas ocasiões
Cuba, apesar de ter conquistado sua independência da coroa espanhola e ter proclamado sua república em 1902, teve negada sua soberania, através da Emenda Platt, que concedia aos Estados Unidos o poder de intervir em seus assuntos internos.

Em 1934, os americanos impuseram à Cuba um ditador títere. Fulgêncio Batista, com mão de ferro, governou a ilha até 1959. Nesse período, Cuba foi transformada em uma espécie de playground dos marmanjos americanos que iam à ilha para jogar, se divertir com prostitutas, traficar e consumir drogas e estuprar mulheres e crianças.

Ainda nesse período, a desigualdade social, o desemprego, a fome e a miséria aumentaram exponencialmente, o que acabou culminando em 1956 no aparecimento de um grupo de guerrilheiros liderado por Fidel Castro, empenhados em derrubar o regime.

Castro, que percorria a ilha de ponta a ponta, amealhando adesões e lutando contra a forte repressão do governo, em 1959 logrou derrotar o ditador, assumindo o poder e implantando reformas de cunho socialista.

Foi aí que começou o conflito com os Estados Unidos e a aproximação com a União Soviética, em plena guerra fria.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

PSDB - Partido da Social Dissimulação Brasileira

Por Fernando Castilho

Mas como é dissimulado esse partido, não?

Inconformado com a derrota para Dilma Rousseff nas últimas eleições, Aécio Neves esperneou, esperneou, e acabou por afirmar que o PSDB, partido do qual é presidente, iria fazer uma oposição sem adjetivos, sem diálogo com o governo.

Num outro dia afirmou que faria o governo Dilma sangrar. Já pensou?

Após seu vice, Aloysio Nunes, comparecer à uma manifestação pelo impeachment e pela volta da ditadura, foi a vez de Aécio convocar a população para uma passeata dos impeachloides, a qual não compareceu. Porém, hipocritamente condenou aqueles que pedem a volta do regime militar, pois o remédio poderia ser amargo demais para ele.

Ao mesmo tempo em que condena o impedimento da presidenta, à socapa, o PSDB tenta de várias maneiras, derrubá-la.

sábado, 13 de dezembro de 2014

A Comissão da Verdade, os patetas e Bolsonaro

Por Fernando Castilho


Latuff
Interessante como os fatos se conectam, não?

Em meio às manifestações pedindo impeachment e a volta da ditadura, enfim foi divulgado o Relatório da Comissão da Verdade.

Embora o teor do relatório já fosse conhecido pela esquerda, seus detalhes, como os métodos hediondos empregados nas torturas, chocam, e muito. Foi um verdadeiro show de horrores.

Este blogueiro não chegou a ser torturado naquela época, mas apanhou no corredor polonês e teve uma arma apontada a seu ouvido.

Porém, colegas de faculdade não tiveram a mesma sorte...

O Brasil fora dominado por uma insanidade geral. Prendia-se e torturava-se como atos corriqueiros do dia a dia.

Há quem ache que as pessoas que pedem a volta da ditadura não sabem exatamente o que é isso. Algumas realmente não sabem. Outras sabem, e muito. É só observar as fotos dos manifestantes e ver que sim, há idosos no meio. Eles viveram a época.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

E o golpe deu chabú

Por Fernando Castilho

Devolve, Gilmar 
O blog, juntamente com os grandes Eduardo Guimarães e Luís Nassif, no texto de 9 de dezembro, alertava para o golpe que estava se desenhando.

Escolhido para julgar as contas de campanha da Presidenta Dilma Rousseff, Gilmar Dant... ops, Mendes, já apregoava que havia razões para impugná-las. Se isso acontecesse, o processo de impeachment poderia ser iniciado.

A Folha de São Paulo chegou a publicar que os técnicos do TSE já se manifestavam por pequenas irregularidades nas contas.

Porém, os textos de Guimarães e Nassif, ao se adiantarem à decisão de Mendes, produziram uma espécie de vacina aos malfeitos do malfeitor.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O golpe e o sapo na panela

Por Fernando Castilho


Este blogueiro já vem, de uns tempos pra cá, alertando para o golpe que está se desenhando. Um dos textos falando disso é: ''Notícias do front: o golpe avança!''

Embora o blog seja pequeno, o texto obteve muita aceitação.

Um dos blogueiros mais importantes da blogosfera, Eduardo Guimarães, no seu Blog da Cidadania, vem também alertando sobre o golpe já há algum tempo.

Porém, Guimarães tem recebido críticas e comentários de leitores e jornalistas que discordam dessa possibilidade. Para eles, Guimarães está sendo alarmista. Tudo o que está acontecendo, estaria dentro da normalidade, e logo mais as coisas esfriariam. Esquecem-se de que o blogueiro é pessoa muito articulada, que recebe informações de fontes confiáveis.

Outro que também alerta sobre o golpe que está por vir é Luís Nassif, homem de grande credibilidade na blogosfera.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Ah, o Rio, aquele sol, aquele mar...

Por Fernando Castilho


Aécio Neves gravou um vídeo convocando os indignados a comparecerem no sábado ao vão do Masp para a manifestação contra Dilma Rousseff e o PT.

Imediatamente nas redes sociais foram publicadas chacotas sobre o senador derrotado, sugerindo que ele próprio não iria à manifestação, ocupado que estaria em uma das belas praias do Rio de Janeiro.

E não é que ele não foi mesmo? Afinal, com aquele sol, aquele mar, e a esticada mais tarde na balada...

Lobão também se queixou da ausência de Aécio Neves: "Cadê os parlamentares? Só tem 'inimigo' aqui. Cadê o Aécio, o Caiado? Se eu passo aqui e vejo esse pessoal, acho que é tudo a mesma coisa. Estou pagando de otário."

sábado, 6 de dezembro de 2014

Serra: ''Eu vou contar uma coisa pesada. Eu sabotei o trem-bala.''

Por Fernando Castilho

Sabotador
O camarote de José Serra andava meio parado, esquecido, não frequentado. 

Embora tenha sido eleito senador, menos por seus méritos e mais por causa do anti-petismo que ronda o Estado de São Paulo, rejeitando até Eduardo Suplicy, político nota 10, Serra tem ultimamente perdido seu protagonismo dentro do PSDB para o neotroglodita Aécio Neves e o neopolítico mineiro, Geraldo Alckmin.

Para agregar algum valor ao camarote, o tucano confessou a um grupo de neotucanos, que fez uma coisa pesada: sabotou o projeto do trem-bala brasileiro. Leia a matéria completa aqui

O fato teria acontecido quando ele era governador de São Paulo e Dilma Rousseff, ministra de minas e energia do governo Lula.
Não se sabe se Serra jogou para uma plateia de impeachloides, ávidos por ouvir críticas ao PT (afinal, se as pessoas vão ao seu camarote por causa da champanhe francesa, é champanhe francesa que você tem que servir), ou se ele, a exemplo de FHC, já está demonstrando sintomas de senilidade.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Paralisia do governo facilita o golpismo

Por Breno Altman


Breno Altman é mais uma voz que vem bradar aos quatro ventos que estamos vivendo um golpe, como este humilde blogueiro tem alertado já há algum tempo. Vale a pena conhecer seus argumentos e sua opinião sobre qual a atitude a se tomar.


PARALISIA DO GOVERNO FACILITA O GOLPISMO
A aprovação de mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias, obtida no final da madrugada desta quinta-feira, não sustou ou debilitou a escalada conservadora.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Notícias do front: o golpe avança!

Por Fernando Castilho


Publiquei em 27 de novembro o texto ''sensacionalista'', O cerco fechou. Estamos vivendo o golpe .

Sensacionalista entre aspas porque parece mesmo. Mas não é.
E a cada dia o golpe toma mais forma.

O blogueiro Eduardo Guimarães, no seu Blog da Cidadania, também tem a mesma opinião.

Ontem, saiu a notícia dando conta que as propinas da Petrobrás financiaram de maneira legal, campanhas políticas de Dilma, Aécio e governadores de vários partidos, inclusive do PT e do PSDB, como Geraldo Alckmin. O UOL/Folha, através da oposição sugeriu que, embora o dinheiro tenha entrado de forma legal nos partidos, é fato que Dilma se elegeu (em 2010!) com dinheiro sujo, não importa a quantia. Aécio também se utilizou em 2014 do mesmo recurso, porém ele não foi eleito, mas Dilma sim.

Sugeriu que por isso, por ter sido eleita de maneira irregular em 2010, Dilma pode sofrer impeachment agora. Como Aécio não foi eleito, não tem o que temer.
Que tal a manobra? Simples assim.

Caso o vice de Dilma, Michel Temer também tenha usufruído do mesmo dinheiro, pode também ser impedido.

Quem assume, então? Aécio.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Como se desmonta um príncipe (príncipe?)

Por Fernando Castilho


Theotonio dos Santos, um dos formuladores da Teoria da Dependência
Theotonio dos Santos, economista, cientista político e um dos formuladores da Teoria da Dependência citado em meu último texto FHC, o intelectual das maracutaias, em uma carta aberta a FHC, de certa forma, elegantemente, ao contrário deste blogueiro, sem falar em corrupção, fraudes e maracutaias, desmonta o príncipe. 

Uma relação em que, a princípio, Theotonio considerava Fernando Henrique um ideólogo de esquerda, mas que depois, ao se revelarem os verdadeiros perfis, percebeu nele um capacho, subserviente aos mandos dos americanos do norte.

Talvez nem devesse se dar ao trabalho, uma vez que FHC fará ouvidos moucos. Mas sua dignidade o obrigou a fazê-lo.

Vamos à carta
Meu caro Fernando,

Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960.