Imagem: Meme publicado na Folha |
Assim como os alunos do colégio, o prefeito se veste quase que diariamente de gari, guarda de trânsito e até de cadeirante sem que os brasileiros de Sampa se indignem com isso.
Ficamos,
alguns, claro, perplexos com uma festa organizada por um colégio
evangélico do Rio Grande do Sul, para os alunos do terceiro ano do
Ensino Médio, cujo tema foi “E se nada der certo?”.
O
tema foi criado, segundo a escola, para instigar estudantes sobre as
opções em caso de reprovação no vestibular, convidando os alunos
a se fantasiarem com trajes de profissões ou atividades que
considerariam como possibilidade se os planos "dessem errado".
Entre as opções elencadas pelos adolescentes estavam vendedores,
faxineiros, ambulantes, mecânicos, cozinheiros e garçons.
Ora,
o tema se coloca nos dias de hoje, como muito apropriado, diria até,
em consonância com os rumos que o país está adotando, guiado pelos
seus governantes.
Tudo
começou após junho de 2013 quando a presidenta Dilma despencou de
confortáveis 65% de aprovação para 30% apenas.
Uma
parte dos brasileiros, a chamada elite que mandou no país desde seu
descobrimento e que foi responsável pelo golpe militar e pelos 21
anos de escuridão democrática, xingou Dilma de “vaca” e a
mandou TNC durante a abertura da Copa do Mundo.
No
mesmo dia em que a presidenta conseguiu sua reeleição, esses mesmos
brasileiros, liderados por um irresponsável passaram a exigir seu
impeachment, desrespeitando a Democracia, a Constituição e o Estado
de Direito.
Dilma
sofreu um golpe e com ele o Brasil, governado por uma quadrilha
liderada pelo vice traidor, Michel Temer que começou a afundar o
país numa crise sem precedentes.
Temer
foi pego em flagrante tratando de corrupção. E esses brasileiros
agora só querem sua renúncia porque a Globo está pedindo. Mas não
querem eleição direta.
O
ídolo dessa gente, Aécio Neves, também foi pego em gravações,
mas ao contrário do que o senso comum poderia esperar, esses
brasileiros não admitem que foram enganados, não exigem sua prisão
e nem reconhecem que foram responsáveis pelo estado crítico da
ética em que estamos envolvidos.
Dilma
não foi retirada por corrupção, mas sim, porque ela é do PT.
Poupam
Aécio porque ele é tucano. Simples assim.
Por
outro lado, a cidade de São Paulo elegeu um prefeito que se diz
gestor e não político.
João
Doria, logo no início de seu mandato, foi desmascarado como devedor
do município com uma dívida de 90 mil reais de IPTU! Sem graça,
teve que pagar.
Assim
como os alunos do colégio, o prefeito se veste quase que diariamente
de gari, guarda de trânsito e até de cadeirante sem que os
brasileiros de Sampa se indignem com isso. Trabalhar mesmo que é
bom, nada.
Além
disso, o prefeito se meteu numa aventura daquelas cuja consequência
não se conhece. “Acabou” com a cracolândia, espalhando-a por
todo o centro da cidade. Como se não bastasse, percebendo a
enrascada inconsequente em que se meteu por puro desconhecimento do
delicado assunto, decidiu internar os dependentes à força, no que
foi barrado pela Justiça. A situação permanece indefinida, sem
solução, mas os brasileiros paulistanos já lhe concederam 80% de
aprovação pela sua “política” na cracolândia.
Esses
mesmos brasileiros de Sampa já o colocam numa pesquisa à frente de
Lula para a presidência!
Por
fim, a cereja do bolo.
Doria
teve sua carteira de habilitação suspensa por somar mais de 20
pontos e acumular grande valor de multas entre 13 de janeiro e 12 de
março ao dirigir seus Porsche, Audi e BMW. Como ainda não fez o
curso de reciclagem, continua sem carteira.
Querem
mais? Ele ainda tentou se justificar dizendo que perdeu o prazo para
transferir a pontuação! Isso não é corrupção?
Mas
quem se importa?
Esses
brasileiros de que falo?
A
ética se inverteu neste país faz tempo.
Agora
os corruptos, os que se saem bem, os que passam por cima dos demais
para conseguir sucesso na vida são os admirados por essa gente.
Uma nova geração está sendo educada em caros colégios com esses valores.
Já
deu tudo errado, minha gente!