Por Fernando Castilho
Tarcísio avisou que a extrema-direita e Bolsonaro seriam derrotados e acertou. A grande mídia ficou eufórica com ele por despontar como uma alternativa a um quarto mandato de Lula.
Há
várias definições para ignorância: desconhecimento, desinformação e inocência
são algumas delas. Todas aludem a um estágio anterior ao conhecimento e parecem
sugerir que a pessoa ignorante é aquela que não teve acesso ao conhecimento, razão
pela qual não se pode atribuir culpa a ela por isso.
Já,
para o mau-caratismo, há também inúmeras definições: cafajestismo, canalhice e desonestidade
são algumas delas. Todas remetem a um comportamento inadequado dentro de um
determinado grupo social. Aquele que exibe mau-caráter é aquele que busca
incessantemente enganar ou ludibriar o outro para obter vantagens em detrimento
dele.
Na
semana passada vimos como a ignorância e o mau-caratismo quase se amalgamam, embora
este último predomine sobre o primeiro.
Foi
o caso da reunião do Partido Liberal (PL), em que o governador de São Paulo,
Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi hostilizado, não só por uma plateia
raivosa, mas também pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Tarcísio,
aliado por 4 anos do capitão, entendia que a reforma tributária proposta por
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, seria algo benéfico para o país, mas seu
ex-patrão (e é aqui que entra a ignorância), sem ter lido uma linha sequer da
proposta, incitou os presentes a atacarem o governador. Além disso, como se
fosse o presidente do partido, praticamente ordenou que os deputados do PL
votassem contrariamente ao projeto simplesmente porque (e é aqui que entra o
mau-caratismo) seria algo que daria pontos ao governo Lula.
A
reforma tributária não é a reforma dos sonhos dos progressistas, mas é a
reforma possível e, com certeza, será muito benéfica para o país, pois, dentre
inúmeros avanços como a unificação de alguns impostos que beneficiarão as
empresas, pela primeira vez os jatinhos, helicópteros, iates, lanchas e
jet-skis dos milionários pagarão impostos. Além disso, os produtos da cesta
básica não serão mais taxados, o que barateará a alimentação dos mais pobres.
À
parte a possibilidade de uma estratégia de Tarcísio para romper o cordão
umbilical com Bolsonaro e se apresentar aos brasileiros como uma direita de
sapatênis, aproveitando o vácuo deixado por João Doria, o governador que tenta herdar o espólio dos tucanos demonstrou que de ignorante não tem nada. É muito astuto.
Previu e avisou que a extrema-direita e Bolsonaro seriam derrotados e acertou.
A grande mídia parece ter ficado eufórica com Tarcísio por despontar como uma
alternativa a um quarto mandato de Lula.
Os
vídeos com as falas de deputados bolsonaristas, tanto no plenário da Câmara,
como em seus canais, logo irromperam numa torrente de mentiras (é aqui que
também entra o mau-caratismo) em que não faltaram acusações de que o projeto é
comunista (o conceito que atualmente serve para tudo aquilo que contraria o
extremismo de direita) e que iria levar o país para o abismo. Na verdade,
estávamos à beira do abismo, ou até dentro dele, até o fim do governo Bolsonaro.
Agora, passados 6 meses de governo Lula, o ambiente já está consideravelmente
mais despoluído e um bom futuro começa a ser construído para a nação.
Se
há várias formas de definir o mau-caratismo, mais uma pode ser incorporada: a
maldade.
Um
dos maiores representantes da prática da maldade para atingir objetivos
próprios é o senador Magno Malta. Em vídeo, transparece a quem não é incauto,
(outra possível definição de ignorante) essa maldade. Esse senhor, cuja marca
da maldade parece estar estampada em sua testa, NÃO QUER um bom futuro para as
pessoas mais pobres do país, mas tão somente, fazer crescer seu nome para
conseguir mais rebanho (rebanhos são ignorantes, puros, incautos, inocentes
conduzidos por alguém mais esperto).
Um
demônio incorporado numa figura humana, assim como seu mito.
Outro
que parece tentar passar uma imagem de ignorante é Eduardo Bolsonaro. Ao
afirmar em evento de defensores do armamento que professores são piores que
traficantes, não passou somente por ignorante no assunto educação, mas expôs
todo seu mau-caratismo além de seu posicionamento fascista. Todos sabemos que
fascistas odeiam a educação, a cultura e a ciência.
Ah,
quase ia me esquecendo, a reforma tributária foi amplamente aprovada pela
Câmara. Vitória dos bons.
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