Por Fernando Castilho
Em
junho de 2013, logo após os protestos do Movimento Passe Livre,
Roberto Irineu e João Roberto foram convocados pelo caçula José
Roberto para uma reunião urgente em sua casa.
Haviam
acabado de assistir ao Arnaldo Jabor vociferando contra os protestos
e babando de ódio.
José
Roberto expôs uma ideia que havia tido aos 2 irmãos.
A
Globo passaria a aderir aos protestos e, aos poucos tomaria conta e
os direcionaria para o fim desejado que era fazer despencar a
popularidade da presidenta Dilma. (Dilma despencou 27% em junho, pelo
Datafolha)
João
Roberto foi contra. Acho bom não mexer com isso. É muito complicado
e perigoso.
Mas
o mais velho, Roberto Irineu, decidiu pelos três. Olha pessoal, a
ideia é boa. Se ela perder as eleições o Aécio assume e aquela
grana do BNDES tá no papo.
Aécio
perdeu.
Por
isso nova reunião entre os irmãos aconteceu.
Desta
feita, Roberto Irineu assumiu a liderança e propôs aproveitar a
onda de impeachment que a oposição insuflou. ''Vamos dar todo apoio
todos os dias nas pautas do jornal. Qualquer coisa contra Dilma e
Lula tem que ser publicada. Poupem os tucanos. Que nada sobre o FHC
saia. Vamos apertar essa mulher até onde der. Temos que ter certeza
de que essa história de regulação da mídia não avance. Além
disso, essa chantagem branca pode nos render a grana do BNDES que
precisamos, o cancelamento da cobrança do imposto de renda que já
está em um bilhão, lembrando ainda que venderemos jornal pra ca...,
que é isso que precisamos, certo?. Mãos à obra!''