Por Fernando Castilho
Imagem: captura de tela Central GloboNews/Rede Globo |
Eliane Cantanhede concluiu com uma gargalhada: como esse homem é sortudo!!!
É sorte, minha gente! Claro que tem o arcabouço, tem várias medidas, etc. e tal, mas Lula tem muita sorte, disparou a jornalista Mônica Waldvogel no programa Central Globonews.
Eliane
Cantanhede concluiu com uma gargalhada: gente, como esse homem é sortudo!!!
Reunidos
no estúdio, além das jornalistas, estavam Otávio Guedes, Waldo Cruz e Merval
Pereira. Este, por incrível que pareça, disse que, em seu terceiro mandato, não
há como creditar o sucesso do governo Lula à sorte, apenas.
Interessante
que, caso a economia estivesse à beira de um abismo, Lula não seria chamado de
azarado, mas seria apontado como o único responsável pelo insucesso.
A
cena parecia uma reunião de pauta em que jornalistas, inconformados pelas boas
notícias econômicas e, pressionados pela direção da Rede Globo, procuravam uma
forma de minimizar os créditos à competência do presidente, justamente aquele
que, em campanha, prometeu colocar o pobre no orçamento e melhorar a vida dos
brasileiros e, com apenas 5 meses e meio de governo, apesar do fator Lira e do
centrão, já colhe os merecidos frutos. Só pode ser sorte!
Imagem: captura de tela Central Globo News |
Normalmente
essas reuniões são fechadas ao público, mas desta vez o brasileiro teve a
oportunidade de assistir ao vivo como as pautas da grande mídia são compostas.
Para
essa grande mídia, Lula só teve importância no finalzinho da campanha
eleitoral, já que nenhum candidato da terceira via foi capaz de enfrentar
Bolsonaro, aquele que ela sabia por certo ser uma ameaça à sua própria
sobrevivência, uma vez que, reeleito, incapaz de fazer um governo minimamente
sério e competente como demonstrou ao longo de intermináveis 4 anos, teria,
obrigatoriamente para se manter no poder, que calar a opinião pública
censurando jornais, prendendo opositores e obrigando muita gente a se exilar no
exterior. Havia até um plano, descoberto nos celulares dos ajudantes de ordens
do capitão, de sequestrar o ministro do STF, Alexandre de Moraes e assassinar
Lula.
Uma
vez concluída a etapa eleitoral, o presidente eleito teria apenas poucas
semanas de trégua que acabaram se estendendo um pouco mais devido ao golpe de 8
de janeiro, abafado rapidamente e à agilíssima ajuda ao povo Yanomami.
Mas
acabou a trégua. Parece que a mídia agora não deseja a volta de Bolsonaro, mas
precisa que a extrema-direita se reorganize, seja através do governador blindado
de São Paulo, Tarcísio de Freitas, possível candidato em 2026, ou do presidente
da Câmara, Arthur Lira.
Como,
apesar de todas as dificuldades, Lula logra êxito em seu primeiro semestre de
governo, é preciso encontrar formas de atacá-lo ou, quando isso não for
possível, atribuir seu sucesso à sorte ou lançar mão de outro recurso comum, o
de omitir informações favoráveis ao presidente.
Esse
é o caso da matéria levada ao ar no último dia 17 pelo Jornal Nacional.
Ao
comparar a aprovação dos presidentes desde Itamar Franco durante os primeiros 5
meses de seus respectivos governos, o jornal mostrou em um gráfico os índices
do primeiro governo Lula, mas omitiu os de seu segundo mandato, justamente o
mais exitoso que lhe conferiu incríveis 87% de aprovação ao final 2010.
Imagem: captura de tela Central Globo News/Rede Globo |
É essa grande mídia que o governo Lula tem como difícil missão contrapor através da Secretaria de Comunicação comandada por Paulo Pimenta.
O
ministro não pode se omitir diante dessa manipulação flagrante de dados e
precisa rapidamente exigir que o gráfico seja corrigido e exibido novamente no
mesmo jornal.
No
dia 18, na GloboNews, o jornalista Jorge Pontual em tom irônico, “pensando” se
tratar de casas do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, criticou
as casas de 15 m² que estão sendo construídas pela prefeitura de Campinas. Em
seguida, Eliane Catanhede interrompeu Pontual dizendo que tinha acabado de receber
uma ligação de Lula que pedia que a matéria fosse corrigida. Ficou muito chato
para a emissora.
É
imperioso que Lula tenha permanentemente alguém destacado para acompanhar os
noticiários, pronto a contrapor a toda e qualquer informação inverídica que
seja veiculada, o que pode até ser bem útil nestes tempos em que não há
disposição por parte dos veículos de imprensa em divulgar notícias positivas dos
feitos do governo.
Esse
enfrentamento vai durar os 4 anos de Lula, porém, os bombardeios aumentarão
muito nos meses que antecederão as eleições municipais e 2024 e as
presidenciais de 2026.
Esperamos
que até lá muitos dos estragos cometidos pelo governo anterior já estejam
consertados, que a economia esteja deslanchando com empregos e queda da taxa de
juros e que o país já tenha saído do mapa da fome da ONU.
Nesse
novo ambiente sócio-político-econômico, ficará muito difícil para essa grande
mídia continuar a divulgar fake news, manipular e esconder notícias boas.
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