Por Fernando Castilho
Foto: Caio Guatelli/AFP |
Bolsonaro falhou em ser o líder da extrema-direita no Brasil. Não foi competente em comandar as Forças Armadas para deflagrar um golpe. Nem em 7 de setembro de 2021, nem agora.
Ao longo de quase quatro anos de governo, Bolsonaro, além de trabalhar muito pouco ou quase nada (vide agenda presidencial), fez e falou muita bobagem.
Terceirizou
a economia para Paulo Guedes, seu posto Ipiranga e demonstrou que nunca esteve
preparado para governar.
Na
terrível crise da pandemia da Covid-19 expôs seu lado mais sombrio e psicopata
ao negar a existência do vírus, receitar medicamentos inócuos, sabotar a compra
de vacinas e debochar de quem morria ou perdia seus entes queridos. Ele é o
responsável por pelo menos 400 mil mortes.
Durante
as enchentes que mataram e deixaram muita gente desabrigada e, Pernambuco,
Paraná, São Paulo, Bahia e Rio de janeiro, preferiu se esbaldar de jet-ski.
Por quase quatro anos viveu de fake news enquanto fazia campanha com dinheiro
público.
Imaginou,
doentiamente, que seu cercadinho era seu palco e que as motociatas
representavam mais que os dados dos institutos de pesquisa. Nunca procurou
ampliar sua base, preferindo sempre proferir asneiras e mentir.
Revelou-se
capaz de praticar canibalismo e, num ato falho, acabou admitindo ter inclinações
pedófilas.
Bolsonaro
só perdeu a eleição por culpa dele mesmo, pois é tosco, burro, ignorante e
despreparado.
Agora,
ao perder as eleições para Lula, não vem a público reconhecer sua derrota,
mantendo alguns inconformados às portas dos quartéis pedindo intervenção
militar.
Sobre
isso, devemos atentar que os aloprados não pedem anulação das eleições ou que o
resultado contemple seu ídolo, Bolsonaro.
Esse
é o sinal de que o presidente falhou em ser o líder da extrema-direita no
Brasil. Não foi competente em comandar as Forças Armadas para deflagrar um golpe. Nem em 7 de setembro de 2021, nem agora.
Valdemar
da Costa Neto, o dono do PL, vai tentar manter a chama acesa, conferindo a
Bolsonaro um cargo no partido para que ele lidere a oposição a Lula e se cacife
para 2026.
Mas Bolsonaro
não está à altura disso. Seu negócio é incendiar o país. O Costa Neto,
pragmático que é, acabará por abandoná-lo.
O capitão
incompetente já
deveria ter reconhecido a derrota e começado a preparar sua oposição.
Observem
que ele só obteve esse grande número de votos graças ao antipetismo, pois seus
seguidores-raiz não passam de 30% da população, seu cercadinho ampliado.
O
atual presidente enfrentará inúmeros processos por seus crimes cometidos e certamente
será inelegível para 2026.
Mas a
extrema-direita não desaparecerá do país. O capitão não será mais seu mito. Aparecerá
outro a ocupar seu espaço.
O
nome com que devemos nos preocupar é Tarcísio de Freitas, o governador eleito
para o estado mais importante da federação.
Tarcísio
é um Bolsonaro bem mais refinado. Apesar de ter mentido muito nos debates, não
fala muita bobagem, é astuto e articulado, portanto, mais palatável àquela
parcela antipetista da população.
Possivelmente,
será ele que substituirá o capitão.
É
preciso que nos preparemos a isso.
Boa Fernando.
ResponderExcluirMuito obrigado!
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