Marin recebendo o colar do Ministério Público do Estado de São Paulo |
Confirmando
a Lei de Murphy, quase tudo que poderia acontecer, aconteceu.
Vamos
lá:
Os
marchadores do Movimento Brasil Livre, tendo que cumprir mais de mil
quilômetros em um mês, teriam que caminhar cerca de 8 horas por
dia, mas não foi o que fizeram.
Com
uma logística de 5 carros e um ônibus, andavam um pouco a pé,
principalmente nas entradas e saídas de cidades e em seguida
embarcavam nos veículos confortáveis à sua disposição. E a
Polícia Rodoviária tranquilamente permitiu que trafegassem pelos
acostamentos.
Numa
dessas poucas caminhadas, seu líder, o Kim Kataguiri e mais uma
seguidora foram atropelados por um carro conduzido por um bêbado.
O
nonsense está no fato de Kim e o MBL serem a favor de que motoristas
dirijam embriagados (!).
O
rapaz foi socorrido pelo SAMU, do Governo Federal, outra
incongruência, uma vez que ele é contrário ao Estado e suas
políticas públicas.
Ao
chegarem à Brasília, os marchadores que esperavam serem recebidos
por milhares de pessoas, ficaram solitários pelos gramados. O jeito
foi Kim fazer selfies com Bolsonaro e Feliciano. Oh tristeza...
Loucura!
Loucura! O avião em que viajavam Luciano Huck, Angélica, três filhos, duas babás e tripulantes teve de fazer um pouso forçado.
No
noticiário da Globo as babás chamavam-se Babás, pois nome próprio
não têm.
Huck
e Angélica, mesmo ricos, tiveram que experimentar o SAMU e o SUS
para serem atendidos. E que atendimento Vip, não? Não faltou nem a
caríssima tomografia em seus exames.
Aguardemos
que eles façam pelo menos o elogio do Sistema Único de Saúde, tão
necessário quanto mal visto pelos mais abastados.
Na
Câmara Federal, o presidente Eduardo Cunha colocou em pauta o tal do
distritão, sistema adotado na avançada democracia do Afganistão.
Pela primeira vez desde que assumiu a presidência da casa, já se
sentindo o grande mandatário do país, foi acachapantemente
derrotado.
Mas
Cunha não se fez de logrado e ainda apresentou o projeto de Reforma
Política cujo item mais polêmico é aquele que autoriza o
financiamento privado de campanhas eleitorais. Desafiando a lógica
da Câmara que é majoritariamente constituída por deputados que
mamam nas gordas tetas das empreiteiras, Cunha foi derrotado.
Interessante
notar que PT, PcdoB, PDT e Psol, por terem militância se postaram
contrariamente ao financiamento privado. A contradição vem do PPS,
um mero genérico do PSDB que também votou contra. Vá entender...
Mas
não parou por aí! Já no dia seguinte Eduardo Cunha voltou à carga
e reapresentou o mesmo projeto com outra maquiagem. E então vimos 71
deputados simplesmente mudarem de ideia de um dia para o outro.
Quanta grana rolou em 24 horas talvez nunca consigamos descobrir. Mas
parece lógico que Cunha, um portfólio ambulante de muitas empresas,
não iria desistir assim tão facilmente.
Resta
saber se o STF que recebeu representação dos partidos derrotados,
vai melar a votação pelo fato de que um mesmo projeto não pode ser
reapresentado na mesma legislatura.
Dígno
de nota também é o PSDB de Aécio Neves que diz que luta contra a
corrupção votar pelo financiamento privado, a maior fonte de
corrupção do país. Não tem militância, precisa de grana.
Por
fim, mais surpresa na semana. E que surpresa!
José
Maria Marin, o todo poderoso dirigente do futebol brasileiro e
mundial, foi preso.
Mas
quem é Marin?
Ouvi
falar dele ainda muito jovem. Meu pai conhecia o pai dele em Santo
Amaro, zona sul de são Paulo. Marin enriquecera e largara seu
progenitor à míngua. Meu pai foi um dos que o ajudou.
Partiu
desse crápula, na época deputado estadual pela ARENA, partido que
dava sustentação ao regime militar, a sugestão ao delegado Feury
para que o jornalista Vladimir Herzog, barbaramente torturado e
assassinado nos porões da ditadura, fosse preso em 1975.
Marin
substituiu Paulo Maluf por 10 meses no governo do Estado em 1982. Foi
o bastante para ele comprar um apartamento avaliado em cerca de um
milhão de dólares, muito dinheiro para a época.
Mais
tarde, já como vice-presidente da CBF, Marin em de 2012, durante a
premiação após o jogo final da Copa São Paulo de Futebol Junior,
embolsou disfarçadamente uma medalha que seria entregue ao jogador
corintiano Mateus. O ato foi flagrado pelas câmeras da Band e
exibido ao vivo, em rede nacional. Ladrão de galinhas.
E
agora está preso na Suíça, acompanhado de outros seis executivos
da FIFA, em investigação liderada pelo FBI. Del Nero, o presidente
da CBF tratou de voltar rapidinho antes que também fosse preso por
lá.
Cabe
aqui um comentário. Para o FBI crimes não prescrevem quando o
criminoso atinge mais que 70 anos como no Brasil. Por isso é que
temos um Maluf impune. E outros malfeitores do mensalão tucano
fazendo hora para chegarem aos 70 anos e se tornarem inimputáveis.
Outro
comentário. As investigações tem que chegar também à Rede Globo
que, juntamente com Ricardo Teixeira, Marin e Del Nero, sempre mandou
no futebol brasileiro.
Em
março deste ano José Maria Marin recebeu (!) o Colar do Mérito
Institucional do Ministério Público do Estado de são Paulo. O tão
admirado Ministério Público, sempre empenhado em elevar a Justiça deste
país.
Bem,
a semana ainda não terminou. O que mais falta acontecer?
Nenhum comentário:
Postar um comentário