Bem,
temos uma queda de um Boeing da Malásia com 295 pessoas a bordo,
próximo a Ucrânia.
Antes
de analisar o ocorrido, é preciso lembrar a situação política
daquele país, ou o que resta dele. a notícia aqui
Até
1991 a Ucrânia integrava a União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas, URSS. Ao declarar sua independência, imediatamente
ficou dividida: uma parte do país se inclinou à União Europeia, e
outra à Rússia, por ter população de maioria russa. crise na Ucrânia
O
país convivia razoavelmente bem com esse conflito até 2013 quando o
presidente Viktor Yanukovych recusou um acordo que aprofundaria os
laços com a UE. Aproximando-se da Rússia. Devido à decisão
milhares de manifestantes insuflados pela oposição, saíram às
ruas para protestar. É certo, porém negado, que os americanos
apoiaram os protestos que culminaram na queda do presidente,
assumindo um títere (apoiado pelos neonazistas) de Obama, como
costuma acontecer nessas ocasiões.
Preocupada
com seu destino, a região da Crimeia de maioria russa buscou ser
anexada à Rússia, o que efetivamente ocorreu após um plebiscito em
que a maioria esmagadora (96%) votou a favor da proposta.
Estava
instalada a crise com os americanos.
Obama
passou então a determinar sanções econômicas contra os russos, que não
se curvaram.
E a briga de Washington com Moscou não se deve somente a isso, mas também ao fato de que a Rússia é aliada da China, que vem crescendo fortemente e passará a ser a maior potência econômica do planeta. A China está aos poucos recompondo a rota da seda, contando para isso com o apoio justamente da Rússia.
É
nesse contexto que aparecem os separatistas, grupo que luta pela
separação de parte da região para que seja anexada à Rússia.
Na
semana passada, o presidente da Rússia, Vladimir Putin esteve no
Brasil para participar da reunião do Brics (bloco de países
emergentes composto de Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e
China), cujo resultado maior foi a criação de um banco de fomento
ao desenvolvimento, verdadeira afirmação de uma nova ordem mundial, que em muito deve ter desagradado ao FMI, e
consequentemente a Obama.
Putin voltava para Moscou após o encontro dos Brics, passando com seu avião de porte semelhante ao da aeronave da Malásia, pela mesma rota, minutos depois.
É
neste cenário que o episódio da queda do Boeing deve ser analisada.
O ódio de Washington a Moscou já estava instalado desde que Putin deu asilo temporário a Snowden.
O ódio de Washington a Moscou já estava instalado desde que Putin deu asilo temporário a Snowden.
É
certo que os separatistas contam com o apoio do Grande Urso, no que
diz respeito a possuir armamentos militares. Inclusive já haviam
derrubado 3 aviões de médio porte a altura máxima de 3000 metros.
O
aparato militar necessário para abater um avião do porte do Boeing
777 da Malaysia Airlines é bastante sofisticado e dificilmente seria
utilizado por grupos rebeldes e sim por exércitos de países. A
análise é do general Augusto Heleno, primeiro comandante militar da
Operação da ONU no Haiti, a Minustah.
Em
entrevista à Bandnews FM, ele disse que o míssil utilizado teria de
ser de grande precisão, uma vez que o Boeing é de grande porte e
voava a 10 quilômetros de altitude.
Augusto
Heleno ainda explicou que o armamento poderia ter sido acionado de
qualquer plataforma, seja terrestre, aérea (caças) ou marítima,
essa última menos provável devido à posição geográfica do
acidente.
As
primeiras informações indicam que destroços foram localizados num
raio de 15 km. Isso, segundo o General, contribui para a tese de que
o avião teria explodido no ar.
Não
há provas de que o avião foi atingido por míssil russo. Outros
três aviões faziam rota parecida naquele momento e ninguém notou
nada anormal.
Além
disso, mísseis de produção russa/soviética estão nos arsenais de
praticamente todos os países da ex-URSS.
Segundo Sérgio Luís Bertoni, Mestre em Filosofia Social pela Universidade Estatal de Moscou M.V. Lomonossov, coordenador de TIE-Brasil e presidente da Fundação Blogoosfero, ''a unanimidade na imprensa europeia e norte americana em acusar a Rússia pela queda de avião da Malásia na Ucrânia é indício de armação propagandística típica de guerra fria.
Em
tempo: a fonte de informação da CNN é o pentágono norte
americano, os mesmos que diziam que o Iraque de Saddam Hussein tinha
armas químicas de destruição em massa.''
Bertoni
pondera, ainda que:
''Há
uma forte possibilidade de caças SU-25 da Aeronáutica Ucraniana
terem cometido algum erro ao derrubar o avião malaio e agora, como
Israel, contam com a mentira ocidental para se transformar em vítima.
Testemunhas
ucranianas afirmam que avião malaio foi abatido por uma caça SU-25
da força aérea ucraniana e que este teria sido atingido depois
pelos defensores da república de Donetskii.''
Os
Estados Unidos passaram a afirmar, ainda extraoficialmente, às
18h23, que foi um míssil terra-ar que abateu o voo MH 17, da
Malaysia Airlines, na rota Amsterdam-Kuala Lumpur, que sobrevoava o
território da Ucrânia.
O
Estado onde a tragédia aconteceu tem cem por cento de
responsabilidade sobre o ocorrido, declarou o presidente Vladimir
Putin, marcando a posição do país a respeito de eventuais
acusações sobre a culpa pelo ataque.
Pelo exposto, fica claro que a operação só poderia ser executada por exércitos de países, e nunca por um grupo separatista.
Não
acredito que o exército ou a Força Aérea russa tentariam abater o
avião de Putin. Muito menos que errariam feio ao derrubar um avião
de passageiros.
Uma
questão se coloca neste momento: a quem interessaria a derrubada de
um avião de grande porte?
Aos
russos? Por que? Em que isso ajudaria os separatistas? Em que
favoreceria a Rússia?
Não
há como responder a não ser dizer que em nada. Em nada mesmo.
Mas,
e quanto aos Estados Unidos?
Fica
claro que motivação havia. Abater Putin enfraqueceria ou mesmo extinguiria o movimento separatista financiado por
ele.
O Brics também perderia muito sem o líder russo, já que ele é um dos maiores entusiastas do grupo, embora saibamos que com ele ou sem ele, o processo continua.
Mas é claro que é muito delicado já sair acusando Obama sem provas. E é certo que o míssil não partiu dos Estados Unidos, por ser terra-ar.
Mas o tempo dirá , com pouca margem de erro, que o projétil partiu mesmo da aeronáutica ou do exército ucraniano. e motivado por ordens de Washington. Embora tenha errado o alvo, a tragédia ainda pode servir às intenções americanas de intervenção na região.
O Brics também perderia muito sem o líder russo, já que ele é um dos maiores entusiastas do grupo, embora saibamos que com ele ou sem ele, o processo continua.
Mas é claro que é muito delicado já sair acusando Obama sem provas. E é certo que o míssil não partiu dos Estados Unidos, por ser terra-ar.
Mas o tempo dirá , com pouca margem de erro, que o projétil partiu mesmo da aeronáutica ou do exército ucraniano. e motivado por ordens de Washington. Embora tenha errado o alvo, a tragédia ainda pode servir às intenções americanas de intervenção na região.
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