terça-feira, 8 de julho de 2014

Sem água, o bicho pega!

Por Fernando Castilho

Sabe, tem uma hora que cansa.
Este blogueiro já escreveu aqui sobre o grande número de problemas que o Estado de São Paulo enfrenta desde sempre, mas mais notadamente nestes 15 anos de governo (?) Alckmin. Foram 8 postagens tentando aprofundar e discutir 8 graves questões que os paulistas enfrentam, e que deveriam ter respostas imediatas do governador.

Nem queria mais falar sobre isso, uma vez que, ao que parece, o homem está blindado. Haja vista a sua posição nas pesquisas eleitorais, com 44% das intenções de voto, podendo levar no 1° turno.

Parecemos chover no molhado.


Geraldo está mesmo blindado pela grande mídia, que não admite que São Paulo perca esse grande bastião do conservadorismo que, principalmente pela omissão e pelo descaso, deixa as coisas acontecerem, os problemas se avolumarem e com isso, tornando o Estado cada vez mais pequeno.

Pra começar, assistimos atônitos o governador reajustar os pedágios em 5,29% em média. Ainda que abaixo da inflação no período, não dá para admitir que um caminhão pague em uma única viagem, até R$ 260 mil em pedágio no Estado.
É claro que isso gera inflação, uma vez que o frete aumenta, e consequentemente, os produtos transportados. O povo é que paga.

Mais atônitos ainda, vemos o governador negar que esteja em andamento o racionamento de água no Estado de São Paulo. Pode até não estar havendo em bairros mais nobres da Capital, mas nas periferias e municípios atendidos pelo Sistema Cantareira, não há como negar. Mas ele está protelando ao máximo admitir o racionamento, e torcendo para que ainda haja um mínimo de volume morto, algumas gotas pelo menos, até outubro, que possam lhe garantir a reeleição. É como quando você vê que o tanque de combustível está na reserva, mas mesmo assim, você tenta chegar ao posto de sua preferência. E a gasolina acaba...

Embora escudado pela imprensa, o Uol/Folha acabou fazendo uma matéria em vídeo, em que moradores da zona sul e da zona norte de São Paulo, demonstram claramente que a água é cortada à noite. E a conta ainda aumenta bastante devido à forte pressão do ar que antecede a volta da água pela manhã! 

''Manter o ritmo atual de consumo é loucura. Pode ser a sobrevivência eleitoral de Alckmin. Mas é o suicídio de nossa maior metrópole.'' Fernando Brito no Tijolaço
O povo é que paga.
Veja o vídeo do Uol/Folha.

É quase certo também que poderemos perder nossas universidades públicas. Alckmin tem intenção de privatizar a USP e a UNICAMP. Para isso tem um plano. Solta aqui e ali opiniões favoráveis de terceiros nos jornais, tentando preparar os espíritos para quando o projeto for lançado. Ele mesmo não se manifesta, uma vez que é dissimulado.

E a segurança pública?
A polícia de Alckmin bate muito. E prende muito. Mas age com toda truculência contra manifestante, advogado ativista, professor negro e grevista. Bandido mesmo está solto, colocando em risco a vida das pessoas principalmente na periferia da Capital.

A justiça de São Paulo acaba de suspender os resultados da Convenção do PT realizada em 14 e 15 de julho, que definiu os postulantes do partido aos cargos dentro do âmbito estadual.
Está aí incluída a candidatura de uma boa alternativa à Alckmin, Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde, que certamente teria uma postura de alcance social muito maior que a do atual governador.

Embora haja a possibilidade de recurso do PT, uma vez que a candidatura foi homologada pelo TRE de São Paulo, soa muito estranho que, para que se atendesse à liminar imposta pelo deputado estadual Luiz Moura que teve negado seu registro por parte da direção do partido por motivo de ligações com o PCC. Uma coisa não pode invalidar a outra. Mais aqui: Matéria completa aqui

Enquanto isso, vamos ver se, sem água, os paulistas deixem de culpar São padro e passem a responsabilizar quem de fato se omitiu, desde que em 2004, quando se deu a renovação da outorga (Portaria DAEE 1213/04) a Sabesp assumiu compromissos, que se tivessem sido cumpridos, a crise não teria tomado as proporções que tomou. A companhia deveria elaborar, em 12 meses, um Plano de Contingência para ações durante situações de emergência, mas que nunca saiu do papel. Matéria completa aqui

Sem água, o bicho pega.




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