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Briga entre tucanos fakes esquenta em São Paulo. Mas será isso também mais um fake?
FHC
X Dória, a briga dos fakes
Em
palestra em São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
criticou o prefeito de São Paulo, João Dória, afirmando que este
sabe muito bem manipular (tirando o celular do bolso) isto.
O
que ele quis dizer? Ora, que Dória usa a comunicação para tentar
parecer o que não é aos olhos da população de São Paulo. Ou
seja, o gestor é puro marketing e mais nada. É apenas um out-door
ambulante de si mesmo.
Dória
rebateu dizendo que FHC precisa visitar mais São Paulo. Não sei se
foi uma indireta ao ex-presidente que costuma ir muito a Paris onde
possui um apartamento na Avenida Foch, no edifício mais caro e
chique da cidade luz.
O
fato é que os tucanos estão se bicando. E não é de hoje.
FHC
tem história na esquerda, sobressaindo-se como um dos mais
importantes intelectuais de sua época. Depois, quando assumiu a
presidência, pediu que esquecêssemos tudo o que escreveu e passou a
vender o Brasil numa onda de privatizações que prejudicou
enormemente o país.
Recentemente
FHC se reafirmou como sendo de esquerda. Apenas um fake porque sendo
de esquerda não poderia ser neo-liberal, convenhamos.
O
ex-presidente é conhecido nos meios intelectuais por ter se
apoderado da Teoria da Dependência de Ruy Mauro Marini. Além disso
se autoproclamou autor do plano Real.
Doria,
por sua vez, nas redes sociais é referido como prefake, ou seja, um
falso prefeito porque não cria, não inova, não administra, não
equaciona nem resolve problemas da cidade. Somente faz marketing
pessoal de si mesmo, talvez visando galgar postos mais altos no
futuro. A impressão que dá é que iniciou campanha eleitoral já no
dia 1o de janeiro de 2016.
Mas
se FHC e Dória são fakes, seu próprio partido também não deixa
de ser.
O
PSDB, que se originou de uma dissidência de esquerda dentro do MDB,
adotou o nome de Partido da Social Democracia Brasileira, ou seja, se
deslocou do centro para a esquerda, configurando-se como
centro-esquerda.
Mas
ao se deixar converter ao neoliberalismo, os tucanos se posicionam já
há algum tempo à direita, portanto, o nome “Social” agora não
tem mais nada a ver com o partido que defende a reforma trabalhista
que prejudicará enormemente os trabalhadores e a reforma da
previdência que porá fim à aposentadoria de grande parte dos
brasileiros.
Então,
nada mais lógico do que termos dois políticos fakes protegidos
pelas asas de um partido também fake.
Portanto,
eles não deveriam brigar, deveriam se congratular.
Ou
essa briga também é fake?
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