Por Carlos Fernandes
Após reunião com Lula, Márcio França desiste de candidatura e afirma que estará junto na campanha de Haddad.
O interior conservador de São Paulo, ninguém nega, é um fator a ser superado por qualquer chapa progressista de esquerda.
Justamente por isso, o apoio de Alckmin e Márcio França a Haddad são suportes que ajudam e muito a superar esse direitismo e antipetismo tão enraizados.
Ainda que outras variáveis como a influência - via poder econômico, inclusive - que o atual governo do estado irá exercer na campanha devam ser incluídos nessa complexa conta, é impossível negar que estamos construindo a mais sólida e provável oportunidade de vitória do campo da esquerda de todos os tempos no maior colégio eleitoral do país e estado mais importante da federação.
O PT parece ter aprendido, a duras penas, que não basta apenas um projeto de governo, mas também, e principalmente, de um projeto de poder.
E São Paulo é parte fundamental para esse segundo projeto.
Lutar pontualmente ao lado de inimigos históricos, num contexto político envolto a uma série de derrotas, visando a construção de algo muito maior e mais duradouro é exemplo típico da mais tática, estratégica e responsável luta política, dada as atuais circunstâncias.
Para além de livrarmos o estado de São Paulo de mais de 3 décadas de hegemonia tucana e liberal, pavimentamos a estrada para uma verdadeira revolução de curto, médio e longo prazo jamais vista nesse país.
E os primeiros tijolos a serem assentados via análise concreta da realidade é a deposição de Jair Bolsonaro e João Dória da vida pública brasileira.
A isso chamamos política. Todo o resto é brincadeira juvenil de pseudos-revolucionários.
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