Por Fernando Castilho
É certo, porém, que o capitão cometeu crime de responsabilidade de acordo com a Polícia Federal. O presidente da Câmara, Arthur Lira, se sentará sobre mais um pedido de impeachment e tudo ficará na mesma
Bom dia, amigos!
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a todos que têm visitado este blog que estava desativado e que volta agora com entusiasmo.
Bem, vamos lá!
28 de janeiro de 2022. Dia cheio, minha gente! Dia cheio.
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, já de saco cheio com os adiamentos do depoimento do presidente Jair Bolsonaro, determinou que ele comparecesse hoje às 14:00 para esclarecer sobre a live em que vazou informação sigilosa sobre o ataque hacker que o TSE sofreu, mas que não afetou em nada os dados das eleições.
O Capitão Morte havia pedido adiamento e concordado em comparecer.
Logicamente, de acordo com a Constituição, poderia ficar calado diante das perguntas, mas optou pelo não comparecimento.
Com isso abre nova crise com o STF e se coloca nas mãos de Moraes. Não se sabe ainda qual será a resposta do ministro.
É certo, porém, que o capitão cometeu crime de responsabilidade de acordo com a Polícia Federal. O presidente da Câmara, Arthur Lira, se sentará sobre mais um pedido de impeachment e tudo ficará na mesma.
Na mesma? Pera lá! Tudo converge, se não houver algum acontecimento excêntrico, para a derrota de Bolsonaro nas eleições. Esse será mais um dos crimes pelos quais terá que responder se perder o mandato.
Ontem, ainda, o ex-juiz, ex-ministro e ex-consultor, Sergio Moro fez uma live junto ao deputado Kim Kataguiri, em que tentou se defender das desconfianças que pairam acerca de seu trabalho de consultor junto a empresa Alvarez&Marsal, responsável pela liquidação extrajudicial da Odebrecht, justamente uma das empreiteiras quebradas pela Operação Lava Jato.
Moro não quis dar uma entrevista coletiva para esclarecer o caso. Preferiu a live porque não precisaria responder às indagações de repórteres.
O ex-juiz recebeu, segundo ele, por um ano de trabalho, a quantia de 3,5 milhões de reais, montante que ele próprio considera de acordo com os padrões americanos.
Negou haver um conflito de interesses, mas esse é o assunto do qual o TCU está se encarregando em desvendar. No mínimo, trabalhar para a liquidadora da Odebrecht foi antiético e isso será utilizado contra ele durante os debates que virão antes das eleições.
Ainda, em 28 de janeiro, o ex-presidente Lula teve seu processo sobre o tríplex do Guarujá encerrado atendendo a pedido do próprio MPF que não vê prazo hábil para reiniciar as ações devido à idade avançada de Lula.
A Rede Globo noticiou o fato de maneira correta, mesmo com certa expressão irônica de William Bonner. Desta vez, reportou corretamente que os supostos crimes prescreveriam. De outra feita, suprimiu o termo “supostos”.
Ao verificar a agenda do presidente para o dia de ontem, este blogueiro verificou o todo mundo anda comentando, ou seja, que desde as “férias”, há mais de um mês, o capitão praticamente não trabalha. Ontem se limitou a falar pela manhã no cercadinho (isso não consta da agenda), das 9:30 às 10:30, participou do lançamento do Programa Nacional de Prestação de Serviço civil Voluntário e das 15:00 às 15:30, encontrou-se com Pedro Cesar Sousa, Subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República. Uma hora e meia de trabalho, mais nada.
Ontem também, (ufa!) a Folha de São Paulo teve acesso a uma nota técnica da ministra Damares Alves que diz que pessoas que se sentirem "discriminadas" por serem contrários à vacinação contra Covid-19 poderão denunciar os casos ao Disque 100.
Um absurdo! A corrida negacionista no governo continua a todo vapor e vai na contra-mão do desejo das pessoas em se vacinar.
Trata-se de mais crime contra a saúde pública e certamente será contestado pelo STF.
Como vemos, meus amigos, as campanhas eleitorais para 2022 já começaram e prometem muto.
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