quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Minha bandeira

Por Fernando Castilho


Caminhando pelo meu bairro, constatei que algumas casas ostentam a bandeira do Brasil em suas janelas ou varandas.

Ao voltar pra casa, passei a refletir sobre isso.

Há alguns anos minha impressão sobre isso seria de que esses moradores certamente são patriotas e amam o Brasil.

Porém, é preciso lembrar que o Brasil não é uma porção de terra, um território, somente. O Brasil é o povo que nele habita. Com sua cultura, sua diversidade e sua enorme desigualdade social.

O Brasil, mais do que nunca, hoje é um povo sem emprego, passando fome, cozinhando o pouco que tem com lenha e sem futuro.

Tenho certeza de que as pessoas que exibem essas bandeiras de maneira tão ilegítima não são patriotas. Não amam e nem se preocupam com os mais desvalidos. Pior, não hesitam em vender o país para os americanos do norte.

Com toda a sinceridade de quem deixou a bandeira de lado, sinto hoje ojeriza por essas pessoas.

Sonho com o dia em que possamos vestir o verde e amarelo naturalmente pelas ruas sem que hajam manifestações pelo fim da democracia.

Sonho com o dia em que voltemos a enaltecer o significado das cores de nossa bandeira, orgulhosos de que estejam realmente em sintonia com a preservação de nosso meio-ambiente.

Verde, amarelo, azul e branco.




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