quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Tá ou não tá estranho?

 Por Fernando Castilho


As campanhas eleitorais já estão iniciando e o Capitão Morte se comporta como se desejasse perder as eleições.
Em meio à crise de fome, desemprego, variante ômicron, demissão em massa de chefias da Receita Federal por protesto contra o reajuste de policiais federais, o projeto de ditador sai de férias irregularmente cometendo crime de apropriação indébita.
Como se não bastasse, divulga um vídeo numa lancha dançando funk sem se preocupar com as opiniões das lideranças evangélicas que o cultuam.
Mandou seu ministro capacho da saúde protelar ao máximo a vacinação de crianças quando sabe que as vacinas têm a aprovação de 95% da população.
Viu Lula disparar nas pesquisas enquanto sua desaprovação bate recordes e deu de ombros. Disse que o que vale é o Datapovo.
Viu Lula participar de um jantar com várias lideranças partidárias e Geraldo Alckmin, possível vice na chapa do ex-presidente, mas não ligou.
Vai na contramão de tudo o que poderia fazê-lo ganhar uns pontinhos nas pesquisas. É como se não estivesse nem aí.
Ou está contando que o Auxílio Brasil compre os votos dos pobres e o faça subir nas pesquisas ou sonha de novo em preparar um golpe.
Duvido que a primeira hipótese dê certo, afinal, os pobres sabem que é Lula que se preocupa com eles. Pode até subir um pouco, mas não vence Lula somente com isso.
Quanto à segunda hipótese, embora tenha dado um passo decisivo para tentar comprar os policiais federais que poderiam lhe dar apoio numa tentativa de golpe, faltou combinar com os policias militares dos estados. Além disso, depois do fiasco de 7 de setembro, está evidente que o capitão não reúne forças que deem suporte a um golpe.
O que se passa no oco da cabeça do capitão?

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