Por Fernando Castilho
Conheci Lula quando ele surgiu ainda como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo.
Passei a admirá-lo quando, em sua casa no Bairro Ferrazópolis em SBC, ele, entre amigos deu a fórmula simples (que segue até hoje) para alavancar a economia do Brasil:
1 - aumentar salário mínimo melhorando o poder de compra do trabalhador;
2 – trabalhador com mais dinheiro consome mais;
3 – consumindo mais, o comércio compra mais produtos e contrata mais para atender à demanda;
4 – para atender à maior demanda do comércio, a indústria produz mais;
5 – para produzir mais, a indústria precisa contratar mais gente;
6 – com mais gente empregada, aumenta o consumo. E assim vai.
A admiração cresceu depois do grande comício na Vila Euclides que o consagrou como a maior liderança operária a desafiar a ditadura militar.
Depois Lula fundou o PT, disputou sua primeira eleição a presidente e perdeu para o Collor porque este aplicou-lhe um golpe ao tocar em assunto de sua vida privada. Como se não bastasse, a Rede Globo arrematou ao fazer uma edição altamente desfavorável do debate apresentada no Jornal Nacional. Lula não se abateu e concorreu ainda mais outras vezes sem reclamar, até que venceu em 2002. Como não admirar esse homem?
Lula foi presidente por dois mandatos e, por mais que os órgãos de imprensa tentem esconder dos mais novos ou tentem negar, foi ele o único presidente que realmente reduziu a desigualdade social tirando o Brasil do mapa da fome.
Porém, com a idade ficamos mais resistentes a ídolos tendendo também a criticar aqueles que mais admirávamos no passado, afinal, falsos ídolos têm pés de barro.
Lula também tem suas falhas como todo ser humano.
Analisemos o passado e as falas e propostas dos atuais candidatos a presidência do Brasil em 2022. TODOS são adeptos do neoliberalismo, embora o coronel parisiense tente disfarçar. E NENHUM fala em combater a desigualdade e a fome. Um até pretende continuar sua obra de destruição.
Como toda regra deve ter uma exceção, essa voz distinta é de Lula, o único que fala em combater a fome, a desigualdade social e incluir o pobre no orçamento. O ÚNICO!
Portanto, não se trata aqui de escolher o mito da ocasião, o salvador da pátria da vez.
Trata-se de optar por aquele que já demonstrou na prática como se faz. Sem messianismo, sem idolatria.
O resto é... o resto.
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