Um projeto de um deputado aloprado e ignorante quer proibir que as escolas ensinem Marx. Ao mesmo tempo o presidente da CNI propõe ao interino golpista que a legislação trabalhista mude e adote uma jornada de trabalho de 80 horas semanais. Coincidência?
Ok, querem proibir doutrinação ideológica nas escolas.
Mas como não falar de Marx (o Cristo a ser crucificado pela direita), Engels ou mesmo Durkheim, Max Weber, Thomas Morus, ou mesmo, Milton Friedman e Adam Smith?
Como não falar de Hitler? Tem que falar de Hitler!
Mas enquanto este debate ocorre, vemos que um senhor, que representa a Confederação Nacional das Indústrias, vai ao interino golpista apresentar uma proposta de mudar a legislação trabalhista impondo uma jornada de trabalho de 80 horas semanais (12 horas por dia, 6 dias por semana) como forma de recuperar a indústria brasileira.
Ele se aproveita que o governo não é Lula e não é Dilma, mas é um interino fraco, neo-liberal e de direita.
Recuperar a indústria? Balela, aumentar o lucro. Aumentar a mais-valia de que Marx falou.
Marx, para a nossa consciência, já que não pertencemos à classe dominante, a burguesia, afirmou que há uma luta de classes necessária.
Quer queiramos ou não, ela existe e sempre existirá.
É um cabo de guerra constante. E se você cochila, o outro lado avança. A burguesia sempre, eternamente, há de impor sua busca incessante pelo lucro à custa de recursos naturais, destruição ambiental, trabalho escravo, o que for.
Cabe a nós, proletários (e é difícil e doloroso nos afirmarmos como proletários pois sempre achamos que fazemos parte de uma classe média prestes a chegar ao topo) rechaçar qualquer proposta indecorosa e injusta que nos faça retroceder até a Revolução Industrial.
1 (hum) por cento da população concentra metade da riqueza mundial.
Portanto, não estou escrevendo para eles, mas sim para os 99%.
Embora muitos se prestem ao trabalho de defender o 1% dominante.
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