Por Mário Xavier
O
STF aprovou a Revisão da Vida Toda por 6x5 em dezembro de 2022. O INSS, dois
presidentes da República, a AGU, Barroso e certos ministros não respeitaram a
decisão e se colocaram contra cerca de 100.000 aposentados lesados brutal e
inconstitucionalmente pelo Executivo e pelo Supremo.
Os
parlamentares não fizeram praticamente nada para apoiar nossa causa.
A
imprensa, em sua quase esmagadora maioria, além de não dar voz aos afetados
pela RVT, colaboraram sobremaneira para promover inverdades, difundir números e
fatos absurdos, que alimentaram o terrorismo de que a RVT causaria um rombo aos
cofres públicos.
Fomos
invisibilizados, destratados, desrespeitados em nossos direitos cidadãos, como
idosos, hipossuficientes e "contribuintes" que recolheram para a
Previdência e foram usurpados, extorquidos e prejudicados no cálculo de nossas
aposentadorias.
Fomos
vítimas de uma perversa orquestração entre Executivo e Judiciário que nos
enganou, oprimiu e fez sangrar por quase dois anos como consequência das
traquinagens engendradas com o propósito de não cumprir a decisão a nosso
favor, do final de 2022.
Advogados,
aposentados e suas famílias, juristas, especialistas da academia dedicaram
incontáveis horas em lives, artigos, vídeos, petições, estudos, e-mails aos
ministros, memoriais, interlocuções do mais alto nível técnico, ético, correto
e constitucional para chegarmos, neste final de setembro de 2024, a
praticamente lugar nenhum, devido ao grau de insegurança jurídica resultante de
lawfare, manipulação do Direito e da Justiça, insensibilidade humana,
crueldade, omissão, falta de ética e de compromisso constitucional e social.
"Que
país é este?", já se perguntou em letra de música dos anos 1980.
É
tremendamente triste e ultrajante o que os "podres poderes" - como
cantou Caetano - fizeram conosco desde 2020!
Pelo
contexto atual, parece que apenas um milagre salvará o reconhecimento da RVT a
que temos direito. Ou teremos que esperar pela Justiça Divina e a próxima
encarnação?