quarta-feira, 29 de abril de 2015

Dilma no 1° de maio. Na TV ou na Internet?

Por Fernando Castilho



Dilma na Internet
Dilma não vai falar na TV no 1° de maio, já sabemos.

A preferência recaiu sobre as redes sociais.
Pessoalmente, acho que a presidenta devia falar na TV sim, dependendo do tipo de discurso. E na internet também.

Mas qual o discurso adequado ao momento?

O da emoção, penso eu.

Dilma deveria fazer opção pelos pobres, esquecendo aqueles que vivem de panelaços.

Fico imaginando a dona de casa com a TV ligada na Dilma enquanto está cozinhando ou lavando roupa ou cuidando da criança pequena.

Fico imaginando a reação desta dona de casa ao ouvir a emotiva Dilma, o ser humano como ela. Dilma, a sofrida Dilma. A xingada Dilma. A caluniada Dilma.

Fico imaginando esta dona de casa largando tudo que estava fazendo, para sentar-se no sofá e prestar atenção na fala da presidenta.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

CARTA ABERTA A UMA SENHORA

Por Francisco Costa

Investiram contra os nossos artistas e pensadores, mutilando textos, calando canções, destruindo obras de arte, impondo a adesão cega ao senso comum, e justamente quem, por dever de ofício, deveria estar ao lado da rebeldia, do inconformismo, da resistência, mais que aderir, compactuou.


Imagem: Internet
Bom dia, senhora.

Cabe-me, por cavalheirismo, dar-lhe os parabéns, afinal hoje é o seu aniversário, mas confesso não ver motivos para comemorações maiores.

Nossas vidas sempre estiveram ligadas, crescemos juntos, ficamos adultos juntos e agora envelhecemos juntos.

Sempre próximos, confesso que tivemos momentos de flertes, ou de azaração, como os meninos de agora dizem, e até trocamos uns beijinhos, mas não passou disso.

Como eu poderia manter um namoro firme, noivar e até casar com uma mulher volúvel, afeita à afetação, sedenta de dinheiro, não envidando esforços para chegar ao ambicionado, ainda que para isso tivesse que se valer de todos os meios, onde não se exclui a prostituição?

Ainda menina seu caráter se pôs a descoberto, quando os nossos amiguinhos foram maltratados, presos, torturados, muitos deles mortos ou tendo que fugir para longe da família, e a senhora, mais que silenciar, optou por ficar ao lado dos responsáveis pela desgraça imposta, fazendo a apologia dos fabricantes de gritos nas masmorras, de cadáveres adolescentes, de fugitivos.

domingo, 26 de abril de 2015

Judiciário: aqui se faz política

Por Fernando Castilho

O Judiciário há tempos deixou de ser um poder que segue estritamente aquilo que a Constituição manda, para ser o lugar onde se interpreta as leis de acordo com a conveniência política ou dos interesses daquilo que chamamos comumente de elite.

Imagem: Reprodução/Internet
Em todo o período democrático a partir da Nova República, após a ditadura de Vargas em 1945, e interrompido de 1964 a 1985 pela ditadura militar, os poderes Executivo e Legislativo nunca gozaram de confiança e respeito por parte da população brasileira.

Privatizações desonestas, maracutaias, confisco de poupanças, compras de votos para mudança de período de mandato, convivência promíscua com empreiteiras e outros vícios, contribuíram muito para que o povo brasileiro perca a confiança nos governos.

Ao mesmo tempo, ao praticar a democracia, elegendo seus deputados e senadores, vemos que a população vem errando muito em suas escolhas para o Legislativo que, afinal, deveriam refletir sua preocupação em ver atendidos seus anseios.

Assim é que deputados como Jair Bolsonaro, que é contrário à Democracia, pregando a ditadura que, afinal de contas, significa entre outras coisas, a privação das liberdades individuais para o próprio povo que o escolheu, são eleitos.

Nesta última legislatura o que vimos foi a composição de uma Câmara de perfil extremamente conservador, não faltando um Eduardo Cunha, achacador federal, sendo escolhido como seu presidente.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

PT voltará a viver da venda de bótons?

Por Fernando Castilho

Rui Falcão, presidente nacional do PT, anunciou que o partido não mais receberá doações de empresas privadas. Quais são as intenções de Rui Falcão? Quais os desdobramentos dessa ousada decisão?


Rui Falcão, presidente nacional do PT, anunciou na última sexta-feira (17), após reunião do diretório nacional da legenda, em São Paulo, que o partido não mais receberá doações de empresas privadas. A decisão ainda precisa ser referendada pelo Congresso Nacional do partido, porém, deve passar.
Clap, clap, clap!

Desde sempre, como sabemos, são as doações empresariais, principalmente das empreiteiras que se apresentam para tocar obras públicas, a origem de grande parte da corrupção no país.

Combinam preços e ganham licitações, às vezes de obras desnecessárias, como muitas que Paulo Maluf contratou em São Paulo. O preço de tudo isso é uma gorda contribuição aos partidos políticos que estão em campanhas, sejam municipais, estaduais ou federais.
Impõe-se urgentemente a tão propalada Reforma Política.

Há um ano (!) atrás, após a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.650, que avalia se é legal ou não o financiamento privado empresarial de campanhas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ter obtido naquela instância, voto favorável de 6 dos 11 ministros, e apenas um contrário, Gilmar Mendes pediu vistas do processo e não mais o devolveu.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

A soma de todos os medos

Por Fernando Castilho

Bem, após as manifestações meio que fracassadas de 12 de abril, parecia que o governo enfim poderia respirar um pouco e haveria uma tendência natural dos ânimos se arrefecerem.

A Operação Lava Jato que alguns creditam como o mote maior dos protestos, havia citado e recomendado investigação a elementos de fora do PT, o que viria a esvaziá-la com o tempo, já que para a grande mídia só interessa punir os petistas.

Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras, mudara seu depoimento da delação premiada ao afirmar que as obras da estatal não eram superfaturadas, o que, por si só, poderia dar uma guinada de 180° ao caso.

Portanto, um horizonte mais calmo à frente...

Mas, para surpresa geral, justamente no dia 15 de abril, quando foi marcado o Ato contra o PL-4330 que autoriza a terceirização de atividades-fim, eis que o juiz Sérgio Moro manda prender o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, sem provas de nenhuma espécie, baseado somente em arrecadações para financiamento de campanha, coisa que tesoureiros de outros partidos também fazem.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Começa agora o segundo mandato?

Por Fernando Castilho


Clarice Lispector
A porta do hospício foi aberta novamente em 12 de abril.

Por ela, além de saírem os loucos que querem a volta da ditadura, saíram também hipócritas que não protestam contra a corrupção do PSDB, que não protestam contra a falta de água em São Paulo, gente de mau caráter que não vê mal nenhum em se mandar bilhões de reais para fora do Brasil sem recolher impostos e manipulados que não estão nem aí para o PL-4330 da terceirização.

Uma verdadeira salada geral cheia de vermes e com gosto ruim.

A mídia, como sempre, bem que fez o possível para levar mais gente aos protestos, divulgando-os a semana inteira, e até convidando pessoas para mandarem mensagens por what's up para as redações de jornais informando a quantas ia a manifestação em suas cidades.

Mas não deu.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O Cunha-vírus tem remédio?

Por Fernando Castilho


Os médicos explicam: quando o organismo de uma pessoa está habituado à uma certa qualidade de vida, sendo saudável portanto, os vírus encontram muita dificuldade em penetrá-lo, preferindo procurar pessoas mais propensas às doenças.

Porém, se esta pessoa, que se alimenta bem, pratica exercícios físicos regularmente e trabalha em atividades prazerosas, passa de repente por momentos de tensão, de estresse, já que a linha da vida não é tão linear assim, pode adoecer de uma hora para outra.

Geralmente são vírus oportunistas que encontram portas abertas para invadir e fazer estragos. Alguns podem já estar lá dentro, incubados, só aguardando o momento certo de desferir o golpe.

Não é de todo disparate procurar um paralelo com o que está acontecendo atualmente com o governo Dilma Rousseff.

domingo, 5 de abril de 2015

MAIORIDADE PENAL, o Brasil e o mundo

Por Paulo Franco em seu blog 
SOCIEDADE SUSTENTÁVEL http://pafranco2005.blogspot.br/

Há algum tempo atrás, quando este assunto começou a pipocar na mídia, lí diversos artigos e as informações e os dados veiculados nas diversas matérias não batiam com a minha percepção.

Muita gente não sabe, mas há 3 faixas de idades contempladas internacionalmente pela legislação penal:
(i) a primeira faixa é a da inimputabilidade, que refere-se ao período de vida quando a criança não é responsável pelos seus atos, não podendo ser acusada, processada e nem ser sentenciada a qualquer tipo de pena;

(ii) A segunda faixa é a da RESPONSABILIDADE PENAL, onde a criança ou o adolescente, sendo responsável criminalmente pelos seus atos, é passível de acusação, ser processado e sentenciado a um regime diferenciado do adulto (medidas de segurança) e

(iii) a terceira faixa é a da MAIORIDADE PENAL, onde a pessoa é responsável criminalmente pelos seus atos e está sujeita à acusação, processo e sentença como adulta.

No Brasil a inimputabilidade vai até os 12 anos de idade, a RESPONSABILIDADE PENAL, vai dos 12 até os 18 anos de idade e a MAIORIDADE PENAL, incia-se a partir dos 18 anos de idade.

Com base em um estudo efetuado pela Universidade de Oxford e a Secretaria de Estado da Justiça do Reino Unido, seguem abaixo as idades de MAIORIDADE PENAL e de RESPONSABILIDADE PENAL adotadas internacionalmente.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Lula na ONU ou em Brasília?

Por Fernando Castilho


E Lula acaba de proferir mais um discurso histórico no Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Só ele mesmo para injetar um pouco de esperança nos já combalidos militantes que vêem dia a dia os sonhos de justiça social serem corroídos pelos últimos acontecimentos.

Em 1989, quando Lula foi derrotado por Fernando Collor, o moço bonito com voz mais bonita ainda, a elite brasileira comemorou a artimanha da Globo em editar o último debate. Não fosse isso, o sapo barbudo teria vencido.

Mas, segundo o que diz hoje, não teria feito um bom governo, nem construído as bases para sua sucessão.

Na campanha de 2002, como sempre, houve de tudo, mas ele venceu.

As classes média e alta do país diziam que o país iria à bancarrota sob o governo de um analfabeto.