Mostrando postagens com marcador mídia já quer Tarcísio de Freitas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mídia já quer Tarcísio de Freitas. Mostrar todas as postagens

sábado, 8 de julho de 2023

A mídia já tem seu nome para 2026. E não é Lula.

Por Fernando Castilho



A grande mídia rapidamente balançou suas penas e se aprumou. Estava ali, diante dela, a opção de direita para ser construída como oposição a Lula e a esquerda!


Há apenas alguns dias escrevi um texto em que imaginava, apenas imaginava, que a grande mídia já estava procurando um nome para as eleições de 2026 para chamar de seu.

Bingo! Ela já tem esse nome. E ele é oriundo das bases bolsonaristas, porém, embora até outro dia integrasse as hostes da extrema-direita, agora se apresenta como um Bolsonaro aberto ao diálogo, menos impulsivo a falar besteira e mentiras e o homem perfeitamente adequado a ocupar o espaço vazio deixado pelo PSDB.

Parece certo que, até outro dia, suas pretensões não incluíam a disputa ao governo federal porque teria que, caso o governo continue a ser tão exitoso, disputar com Lula ou com quem quer que seja o indicado por ele. Derrota na certa.

Então, o mais seguro seria tentar a reeleição ao governo do estado de São Paulo, já que conseguiu boa penetração no espólio deixado por Geraldo Alckmin e João Doria nas prefeituras do interior. Vitória na certa.

A candidatura a presidente ficaria, então, para 2030. Lula, enfim, se aposentaria e o caminho estaria aberto para a volta da extrema-direita, talvez disfarçada de direita, ao poder.

Mas o evento do PL que contou com ele e com Jair Bolsonaro, mexeu com a cabeça de nossa mídia.

Defender a reforma tributária dentro de um ambiente bolsonarista-raiz, contrário à proposta, acabou por redefinir sua posição dentro do espectro da extrema-direita. Para ela, ele se converteu ao comunismo, vejam, só.

A grande mídia, rapidamente balançou suas penas e se aprumou. Estava ali, diante dela, a opção de direita para ser construída como oposição a Lula e a esquerda!

Os colunistas, influenciados pelos editoriais dos grandes jornais, se apressam a incensar seu nome para governar o país num cenário em que imaginam algum tropeço do governo.

Logicamente, como todo ser humano, embora demonstre ser racional e pragmático, o homem deve estar refletindo e revendo sua estratégia. Quem sabe, não dá pra ser já em 2026?

Com uma bela ajuda da grande mídia a esconder os feitos do governo e amplificar seus possíveis erros, é possível que já estejamos a assistir a ascensão de um novo mito.

Esse é o jogo e é ele que tem que ser jogado.