Por Walter Falceta
Como seria, no horário de propaganda eleitoral gratuita, uma eventual propaganda do tão defendido Partido Nazista Brasileiro?
Qual seria o programa? Instituição do Bolsa Segrega, com guetos para negros, judeus, asiáticos, indígenas, ciganos, comunistas, anarquistas, LGBTs, feministas, religiosos de esquerda e deficientes?
O Programa Nova Empresa, em que as companhias dos grupos acima seriam expropriadas e entregues a representantes da "raça pura"?
Você que adora seu sobrenome italiano, não comemore. Eles, no fundo, também consideram você um representante de sub-raça.
A aliança com o assassino Mussolini foi tolerável por motivos estratégicos. Mas a turma de Karl Wolff saiu da Itália, na II Guerra Mundial, deixando centenas de milhares de cadáveres como agradecimento pela estadia.
Programa "O Trabalho Liberta", com a construção de campos de concentração em Rondônia, Acre, Mato Grosso e Amazonas?
A fundação da Empresa de Fornos Nacionais, em Angra dos Reis, para a cremação industrial de inimigos da Pátria?
O Prêmio Nacional Harro Schacht, em homenagem ao comandante do submarino U-507 que, em 1942, afundou quatro navios brasileiros, provocando mais de seiscentas mortes, inclusive de mulheres e crianças, contribuindo para a "purificação da raça"?
Conversão do Exército em Wehrmacht dos Trópicos? Transformação das milícias do genocida em Sturmabteilung Verde e Amarela? Mudança das PMs para destacamentos da SS Brazuka?
Transformação das AMAs e UBSs em centro de esterilização em massa para ciganos, adictos, negros, deficientes, indígenas e outros grupos considerados um estorvo pelo sistema?
Transformação das Universidades de Medicina em Unidades Mengele, com laboratórios de testes para crianças deficientes ou "inferiores" vivas?
Se você considera que um nefando partido com essas características merece ser legalizado, respeitado e agregado ao rito eleitoral democrático, pega o seu lugar na fila.
Walter Falceta é jornalista