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domingo, 16 de outubro de 2022

O risco do fascismo no Brasil

Por Fernando Castilho




A última pesquisa Datafolha de 14/10 deu 53% para Lula e 47% para Bolsonaro nos votos válidos. E é surpreendente.

Apostaria com qualquer um que:

Após a reportagem da Folha dando conta que a família Bolsonaro adquiriu ao longo dos anos 107 imóveis, 51 dos quais, com dinheiro vivo;

Após o escândalo do orçamento secreto que pode ser, como afirmou Simone Tebet, o maior esquema de corrupção da história do país, envolvendo um inédito montante de dinheiro que deveria ser aplicado na melhoria das condições do povo, mas que, devido a seu caráter sigiloso, com certeza está sendo desviado para outros fins, como a última operação de PF demonstrou;

Após a divulgação do vídeo em que o presidente afirma, sem nenhuma manipulação ou corte, que comeria carne humana, o que, em tempos normais, por si só acabaria com seu sonho de se reeleger;

Depois que foram mostrados nas redes sociais os atos de vandalismo e desrespeito na Basílica de Aparecida;

Após o corte dos remédios da Farmácia Popular, dos quais dependem parcela significativa da população;

Depois do capitão dar entrevistas mentindo em escala nunca vista, afirmando, por exemplo, que nenhuma criança morreu por Covid-19, enquanto todos os dados, inclusive de seu governo, apontam um grande número de mortes,

as pesquisas de opinião mostrariam uma queda, ainda que pequena, dele.

Mas não foi o que vimos.

Bolsonaro continua firme e forte mantendo a temeridade de encostar em Lula ou até virar no dia da eleição. Difícil, mas não descartável, afinal, ninguém esperava que subisse tanto no dia do primeiro turno e chegasse hoje com esse montante de votos.

Para quem assistiu ao documentário O Dilema da Redes (Netflix), fica mais fácil compreender esse fenômeno.

As redes sociais estão sendo muito bem aproveitadas pela campanha bolsonarista. Os algoritmos estão sendo muito bem utilizados para, em vez de aumentar nas pessoas a rejeição ao presidente, reduzi-la, como bem demonstra o Datafolha ao mostrar a oscilação de um ponto para cima na rejeição de Lula (de 47% para 48%) enquanto a de Bolsonaro permanece estável (51%).

Deduz-se que qualquer denúncia grave que se faça contra o capitão não lhe causará a perda de um voto sequer, enquanto a pecha de ladrão imputada a Lula, mesmo que ele tenha recuperado seu status de inocente de acordo com a Constituição, é grandemente amplificada a ponto de não lhe render a segurança de vitória.

Por que isso acontece?

Porque Bolsonaro está blindado pela população que o apoia. Ele e seus aliados já emitem sinais de que, uma vez reeleito, aproveitará os próximos quatro anos para impor uma autocracia (leia-se ditadura) ao país.

O capitão deteria ampla maioria na Câmara, o que lhe garantiria segurança para aprovar qualquer projeto.

Um deles seria o de aumentar o número de ministros do STF. Ele indicaria os nomes certos para sempre lhe dar maioria. Assim, a corte deixaria de ser um problema e não contestaria nenhuma de suas ações.

O deputado Ricardo Barros já tem projeto para criminalizar os institutos de pesquisa em caso de erro de prognósticos. Com a Câmara na mão, o capitão não só puniria os institutos, mas também criaria leis para cercear a liberdade de imprensa para que ela não publicasse notícias desfavoráveis a ele.

A Lei da Transparência seria extinguida ou, pelo menos, alterada para legalizar o sigilo de 100 anos para todos os atos do presidente e de seus filhos.

A Polícia Federal e o Ministério Público seriam totalmente direcionados para cumprirem todos os desejos do capitão, poupando-o de qualquer investigação e perseguindo a quem lhe fizer oposição.

É claro que, se ninguém deixa o presidente governar, seria preciso que lhe dessem a devida autonomia para agir como quisesse. E apenas quatro anos seria pouco para ele transformar o Brasil como deseja. Seria preciso mais, mas como a Constituição não permite uma segunda reeleição, seria preciso mudá-la.

Esse é o risco que corremos, que tem o aval de boa parte da população e que representa seu desejo de implantar o fascismo no país. É isso que o Datafolha, o Ipec e o Ipespe mostram nas entrelinhas.

Observem que uma das características do fascismo é justamente fazer com que a opinião prevaleça sobre a Ciência, os dados científicos e de informação.

Por isso Bolsonaro mente. Sua opinião, para seus apoiadores fascistas, é mais relevante que qualquer dado ou estatística. Foi assim quando receitou a cloroquina contra a Covid-19 e muita gente o seguiu, inclusive muitos médicos e o Conselho Federal de Medicina que não se opôs.

Quando, por mais que mostremos a enorme corrupção desse governo e os atos totalmente incivilizados do capitão, as pessoas, em vez de defendê-lo, passam a chamar Lula de ladrão, é porque têm o fascismo como projeto para o Brasil.

Esse é o risco que o país corre.

Mais do que nunca, é preciso somar forças para impedir esse projeto de poder.


segunda-feira, 3 de outubro de 2022

A definição adiada

Por Fernando Castilho


Foto: Lucas Gomes


Parece que o povo se deliciou ao ver na TV as imagens da Amazônia em chamas, do garimpo ilegal e do assassinato de indígenas.


Assim como toda a esquerda brasileira que deseja que o Brasil se recupere do estrago empreendido pelo governo de feições fascistas de Jair Bolsonaro, sonhava com a vitória de Lula já no primeiro turno.

Sonhava, é verdade, mas com o devido pé atrás.

Portanto, apesar da decepção, o impacto não foi tão grande, pelo menos no embate Lula x Bolsonaro.

O impacto foi violento quando vi a inversão de números entre Haddad e Tarcísio.

Quando pensava que o susto fora superado, percebi que o astronauta estava vencendo Márcio França com folga.

A partir daí foi um show de horrores.

Aqueles ministros que durante quase 4 anos se empenharam em fazer exatamente o contrário da competência de suas pastas, se elegeram. E com muitos votos.

Pazuello, o ministro da saúde que, além de permitir corrupção dentro do ministério, obedeceu à risca as ordens de seu chefe que não queria vacinar a população contra a Covid-19, mas sim prescrever a cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz, se elegeu deputado federal.

O resultado foram as mais de 680 mil mortes, fora os óbitos em Manaus por asfixia, dos quais o próprio presidente debochou.

A impressão que dá é que quem votou nele não teve nenhum parente ou amigo morto pela pandemia. Se teve, ou esqueceu ou a ideologia falou mais alto.

Ricardo Salles, ex-ministro do meio-ambiente, se elegeu com muitos votos, 4 vezes os de Marina Silva!

Outra vez, parece que o povo se deliciou ao ver na TV as imagens da Amazônia em chamas, do garimpo ilegal e do assassinato de indígenas.

No show da reunião ministerial, o deleite deve ter sido grande ao ver o ministro dizer que era preciso passar a boiada.

Como a corrupção a ser combatida é só a do PT, ninguém se importou com o fato de Salles ser pego com a mão na botija tentando vender madeira ilegal para os Estados Unidos.

Mário Frias, aquele que tanto se empenhou em seu ministério para destruir a cultura no país, também foi eleito deputado federal.

Damares Alves, a ministra que viu Jesus na goiabeira, a grande espalhadora de fake news que vê símbolos fálicos em tudo e que, além de ser cúmplice no massacre de indígenas enviou seus capangas para tentar forçar uma menina de 10 anos a dar à luz um bebê, fruto de estupro no Espírito Santo, foi eleita senadora pelo Distrito Federal.

O astronauta Marcos Pontes, o ministro que praticamente acabou com a pesquisa científica no Brasil, obrigando muitas mentes brilhantes a procurar emprego no exterior, se elegeu senador por São Paulo, com folga.

Praticamente quase todos os malfeitores do time de Bolsonaro se deram bem. São milicianos como ele.

Teve até o Zé Trovão, processado por ameaçar a democracia em 7 de setembro de 2021. Foi eleito deputado federal por Santa Catarina e talvez seja diplomado usando tornozeleira.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, mesmo tendo 5 secretários denunciados por corrupção, se elegeu em primeiro turno!

O que aconteceu para que houvesse essa enxurrada de votos malucos e amantes da corrupção?

O fato de Bolsonaro conseguir ir para o segundo turno com tantos votos, contrariando todas as pesquisas eleitorais se deve, acreditem, ao seu lema fascista, Deus, Pátria, Família e Liberdade. Os pobres preferiram esquecer sua fome e desemprego para se sentirem seguros contra o inimigo imaginário, o comunismo que quer tirar deles aquilo que eles não têm.

O caso Haddad x Tarcísio é um pouco mais difícil de explicar, mas talvez o paulista ache que a dobradinha Tarcísio/Bolsonaro seja boa para São Paulo.

Já a eleição dos senadores e deputados estaduais e federais, tão inimigos do povo brasileiro, só Freud talvez explicasse.

Talvez.

De qualquer forma, a campanha de Lula, que já tinha uma estratégia preparada para caso ele fosse para o segundo turno, agora deve sacudir a poeira e dar a volta por cima.

Para isso, deverá buscar apoio de Simone Tebet e Soraya Tronicke.

Embora não seja muito fácil, Bolsonaro está dando uma ajudazinha. Pela manhã, no cercadinho, chamou Tebet de “estepe” e Tronicke de “trambique”. Será que só isso bastaria?

O comportamento da grande imprensa precisa agora mudar para apoiar Lula em tempo integral. Para isso, o líder de Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros, também está dando uma ajudazinha. Pela manhã, declarou que ainda nesta segunda (03), entrará com projeto criminalizando os institutos de pesquisa, caso, após as eleições a margem de erro não se concretize. A pena não exclui a prisão dos diretores dos institutos. A Folha, dona do Datafolha, tem que estar mordida.

Essa é uma pequena amostra do que está por vir, em caso de vitória do capitão.

Espera-se mais: a destituição de certos ministros do Supremo também está na pauta.

Bolsonaro, se reeleito, instaurará, desde o começo de seu governo, a censura aos órgãos de imprensa, o estado teocrático e, após mais 4 anos, se negará a sair.

Podemos acabar com esse pesadelo no próximo dia 30.

É preciso.

 


Lula x Bolsonaro - Um país fraturado

Por Michelle Meneses


Foto: Fernando Rabelo.  A bandeira em farrapos. Pernambuco, Brasil, 2017.


O discurso Fascista e radical encontrou solo fértil em uma sociedade Escravocrata, Cruel, Preconceituosa, Elitista e Conservadora.


A Onda Reacionária que inundou o Brasil mostrou toda sua força nas Eleições 2022.

O PL partido de Bolsonaro fez a maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal; em muitos estados também fez a maioria das bancadas no Legislativo.

Como explicar a Força do Bolsonarismo?

Com fortes pautas ideológicas de costumes, com muita desinformação e fake news, o Bolsonarismo construiu uma realidade paralela, levando muito MEDO ao povo brasileiro com informações distorcidas e muitas mentiras.

Essa combinação perigosa de medo, desinformação, eleitores sem compromisso com o voto e também com um forte apelo antipetista e religioso, mostrou toda a força do Bolsonarismo, num país claramente dividido entre Reacionários e Progressistas.

Como entender e explicar que 686.000 brasileiros perderam suas VIDAS para a Covid19 no Governo Bolsonaro, com a pior gestão na mais grave Crise Sanitária do país e o ex Ministro da Saúde General Pazuello foi o 2° Deputado Federal mais VOTADO do Rio de Janeiro!

Isso é incrivelmente absurdo !!

Será que o Eleitor não entendeu o que aconteceu no Brasil?

Será que o Eleitor vota sem responsabilidade e compromisso?

Será que o Eleitor perdeu o senso de solidariedade?

Em São Paulo, o ex Ministro Ricardo Salles, Inimigo do Meio Ambiente teve MAIS que o DOBRO da Votação de Marina Silva, defensora incansável das causas Ambientais, sendo reconhecida internacionalmente por sua luta em defesa da Amazônia e dos demais biomas brasileiros!

Ambos foram eleitos Deputados Federais.

Como isso pode acontecer num país que se diz ” Defensor do Meio Ambiente “?

São muitas contradições nessas Eleições.

A Falta de Consciência política do Eleitorado é muito visível e preocupante.

A extrema-direita se firmou no Brasil, isso é um fato inexorável!

“Deus, Pátria, Família e Liberdade”

O discurso Fascista e radical encontrou solo fértil em uma sociedade Escravocrata, Cruel, Preconceituosa, Elitista e Conservadora.

“Um fascista é alguém com profunda identificação com um determinado grupo ou nação em cujo nome se predispõe a falar, que não dá a mínima para os Direitos de outros e está disposto a usar os meios que forem necessários- inclusive a violência- para atingir suas metas.”
( Trecho do Livro ” Fascismo – Um Alerta”)

A economia pífia, a precarização do trabalho, a violência, a fome, a miséria, a educação e saúde destruídas foram temas que pouco tiveram peso na Escolha do Eleitor em seus Representantes políticos.

Precisamos fazer uma profunda e séria reflexão sobre ” Qual Brasil, Qual Povo” emerge da Tsunami Reacionária que varreu o país.

Um país Fraturado, Dividido e Perdido é o local perfeito para a instalação de uma Ditadura.

Tempos Difíceis e Sombrios!



Michelle Meneses é advogada, cientista política e colunista da Tribuna da Imprensa Livre

 


sábado, 12 de fevereiro de 2022

Sentado numa pedra, para respirar

Por Valter Moraes



Nessa semana, dois eventos do meu entorno me tiraram as forças. No primeiro, um amigo não entendeu uma ironia (em que eu depreciava a mim mesmo) e foi de uma grosseria doentia; noutro, uma pessoa querida demais me vem com um "nem Lula nem ... (aquilo lá).

Apesar de o primeiro caso ter me deixado bem chateado (é uma pessoa que admiro e respeito), aceitei com o tempo. Estamos todos meio malucos mesmo e é um erro falar com contatos virtuais como se estivéssemos num bar tomando chope. Vida que segue.

O segundo, porém, abriu um ralo sob meus pés e fez o ânimo escoar. Já é muito difícil para mim, aceitar que 1/4 da população ainda apoie esse inferno que vivemos, mas o flagelo aumenta quando vemos que há ainda pessoas - esclarecidas! - que ponham no mesmo nível um homem comum e um ser que representa o fascismo. "É pacabá!"

Eu sou petista, mas não tenho energia para militar do modo tradicional, tentando convencer quem quer que seja de uma obviedade desse tamanho.

Meu Deus, não se trata de gostar desse ou daquele líder, é uma questão de princípios, de História, de ciência. De um lado, a democracia; de outro, o Fascismo; de um lado, uma pessoa que pode não agradar; de outro, um verme que flerta com a morte desde o começo; de um lado, uma pessoa que perdeu várias eleições e respeitou o jogo democrático; de outro, uma escória que só se elegeu por meio de mentiras!

Eu nem gosto de pensar no vice do Lula, me dá náuseas, mas isso é política. Porém, se o Ciro - que eu detesto - fosse a opção contra esse pesadelo, seria ele a saída. Não se trataria de política, mas da manutenção de conquistas por que gerações antes da minha tanto lutaram. Muita gente foi torturada e morreu por isso!

O cara que se me mostrou arrogante e me destratou é mais velho do que eu; a pessoa que sugeriu se abster de escolher entre fascismo e democracia, mais jovem. Acho que isso também diz muito acerca do meu cansaço. Ele se soma ao medo do que pode vir: é só a ponta do iceberg.

O amigo nervoso deve ser ateu. Ao menos no caso dele, há uma possibilidade de tudo ficar bem e voltar ao normal. No outro cenário, o desalento: não sei até que ponto montagens de quinta categoria de Lula fazendo pacto com o demônio estão contaminando a mente dessa minha tão querida.

Mas já nem quero saber: nem de uma coisa, nem de outra. Preciso sentar numa pedra, respirar, tomar fôlego e ir deixando tudo para trás. Seguir adiante, sei que não estou só.

 


sábado, 22 de janeiro de 2022

O bolsonarismo sem Bolsonaro



Por Fernando Castilho





O Capitão Morte, por sua estratégia de falar e fazer somente aquilo que os 30% do cercadinho querem dele, nos permite projetar que chegará às eleições com esse mesmo número ou até menos e será derrotado.


A mais nova pesquisa Poderdata mostrou que Lula está à frente com 42% e Bolsonaro com 28% das intenções de voto para as eleições presidenciais de 2022.

Já assimilamos tanto esses 28 a 30% com naturalidade que nem nos apercebemos mais o que esse número significa.

Por mais que o Capitão Morte tenha sabotado a compra de vacinas sendo responsável indireto pela morte estimada de pelo menos 400 mil pessoas, tentado dar um golpe no 7 de setembro, agido para protelar a vacinação de crianças, usado dinheiro público para se esbaldar por duas semanas enquanto a Bahia e Minas Gerais enfrentavam o caos com as enchentes que desabrigaram mais de 600 mil pessoas, a verdade é que ainda há cerca de 30% de pessoas que aprovam seus mal feitos e votariam de novo nele em 2022. Isso representa cerca de 44 milhões de eleitores!

Recentemente a Folha publicou um artigo de Antônio Risério que falava de um tal racismo reverso que, segundo ele, existe no Brasil. Algo como um branco ser abordado e espancado por um grupo de PMs negros ou um branco ser vigiado desde sua entrada num supermercado ou um shopping até sua saída. Pode ser que Risério não seja bolsonarista, mas a maneira como ele entende o racismo é. Portanto, existe bolsonarismo sem Bolsonaro.

Há no Brasil (e também no resto do mundo) um certo contingente de pessoas contrárias à vacina e, mais ainda, à vacinação de crianças. O que isso tem a ver com conservadorismo e ideologia de extrema-direita? Aparentemente nada, mas 100% dessas pessoas votam em Bolsonaro e o chamam de mito.

O Capitão Morte, por sua estratégia de falar e fazer somente aquilo que os 30% do cercadinho querem dele, nos permite projetar que chegará às eleições com esse mesmo número ou até menos e será derrotado.

Certamente festejaremos a saída do pior presidente que o Brasil já teve, mas temos que admitir que o bolsonarismo veio pra ficar e poderá aflorar novamente caso apareça algum outro líder para preencher o espaço deixado vazio. Foi assim com o fascismo e o nazismo, mesmo após sete décadas sem Mussolini e Hitler.

Definitivamente aquelas pessoas com as quais convivíamos em alegres churrascos aos domingos, que faziam piadas homofóbicas e racistas e que hoje são bolsonaristas, não voltarão mais a nos ser próximas.

Bolsonaro pelo menos teve o mérito de explicitar a nossos olhos que estávamos dormindo com o inimigo.