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quarta-feira, 5 de abril de 2023

Lula está perdendo a batalha da comunicação?

Por Fernando Castilho



Perdemos a batalha das comunicações em todos os mandatos presidenciais do PT e, embora sejam ainda apenas 3 meses, parece claro que continuamos a perder.


Domingo, 02 de abril de 2023.

A Folha de São Paulo publica um editorial intitulado “Fio da Navalha”. Lá, após comparar os índices de popularidade de Lula com os de Bolsonaro e Collor nos 3 primeiros meses dos respectivos governos, o jornal se sai com essa: “O começo deixou a desejar. Lula abraçou-se a velharias ideológicas, em especial no terreno crucial da economia, e afastou aliados e eleitores que acreditaram na promessa de uma “frente ampla. Há tempo, claro, de corrigir a rota. Falar e governar tão somente para o segmento mais simpático e ideologizado não trará resultado diferente do que obteve Bolsonaro, acossado pela impopularidade durante todo o mandato.”

O que seriam as tais “velharias ideológicas”? Já teve colunista afirmando que Lula se prende ao passado para governar. O que a Folha quer dizer é que Bolsa Família é algo do passado. Não era coisa do passado quando Bolsonaro mudou o nome do programa para Auxílio Brasil.

O Minha Casa Minha Vida é outra “velharia”. Talvez melhor seria não ter nenhum programa que facilitasse o acesso à moradia por parte dos mais pobres.

O Mais Médicos também pertence ao passado, não é? Para quê, afinal tratar a saúde dos brasileiros que não tem atendimento nos longínquos rincões do país?

E afirmar somente após 3 meses que Lula terá o mesmo destino de Bolsonaro é, no mínimo, decretar o fim de seu governo. Um absurdo!


Domingo, 02 de abril de 2023.

A Veja coloca na capa a manchete: “Até aqui, nem paz nem amor”.

Em seguida lê-se: “Lula se aproxima dos 100 dias de governo longe da meta de pacificar o país. Rancor e espírito revanchista têm impedido o presidente de cumprir a promessa de governar para todos os brasileiros.”

Sim, Lula tem a meta de pacificar o país, mas não seria responsável por parte da revista aguardar até que resultados apareçam? Até porque acabamos de sair de um governo que criou até um gabinete do ódio! A pacificação é um processo e será feita na medida em que os programas sociais começarem a surtir efeitos e a economia apresentar melhores resultados com geração de renda e emprego formal.

Corrigir os malfeitos de seu antecessor não é ser rancoroso nem possuir espírito revanchista. Se o outro destruiu, Lula tem a obrigação de reconstruir.

Todos sabíamos que a grande imprensa, nem passados os 100 dias de governo, iria decretar o fim da trégua, mas atacar dessa maneira uma administração que já fez em pouquíssimo tempo muito mais que o ex-presidente é muito baixo.

Diante de tudo isso, é inevitável a sensação de que há problemas na comunicação do governo.

Não é à toa que, para 29% das pessoas ouvidas pelo Datafolha, Lula faz um mau ou péssimo governo.

É preciso lembrar que Bolsonaro perdeu muitos eleitores depois de 8 de janeiro e após o caso de roubo das joias que era propriedade do Estado brasileiro. A prova é que não havia uma centena de pessoas na sua recepção no aeroporto, quando de sua volta ao Brasil. Boa parte desses 29% e também dos que consideram o governo regular, não estão informados sobre as realizações dos ministérios de Lula.

Perdemos a batalha das comunicações em todos os mandatos presidenciais do PT e, embora sejam ainda apenas 3 meses, parece claro que continuamos a perder.

Estudos recentíssimos mostram que, tanto Bolsonaro quanto senadores e deputados bolsonaristas estão dando de 10 a 0 no governo e nos parlamentares de sua base nas redes sociais.

O que é preciso compreender de uma vez por todas é que hoje as redes sociais TÊM que ser exaustivamente utilizadas em todas as frentes. E com essa afirmação me vem à mente que, enquanto Bolsonaro criou um gabinete do ódio, especializado em utilizar robôs para divulgar fake news, Lula poderia criar o gabinete do amor para, sem robôs – porque esse tem que ser um diferencial de governos progressistas – usar ao máximo a criatividade para bem informar as pessoas.

Mas com um ministro mais preocupado com leilões de cavalos...


quinta-feira, 20 de outubro de 2022

O capitão não subiu, como quer o Datafolha. Ele caiu!

Por Fernando Castilho


 



O Capitão Morte talvez até teria ultrapassado Lula nas pesquisas, caso os escândalos não tivessem aparecido. Foram eles que o puxaram para baixo dando a ilusão de que temos um povo insensível.


O título parece pueril, mas explicarei por que não é.

Esperamos ansiosamente o Datafolha de quarta-feira (19) porque, nós, democratas que desejamos que o país volte a avançar, tínhamos a expectativa de que Lula, o candidato que representa essa esperança, aumentasse sua diferença em relação ao capitão que flerta com a morte, o canibalismo e a pedofilia, como foi amplamente demonstrado nos vídeos por ele divulgados sem cortes.

Infelizmente, a diferença diminuiu e agora temos um empate técnico.

Parece haver uma anomalia, uma discrepância nos dados, mas talvez não.

Vou na contramão das análises que afirmam que os eleitores do ser que ainda ocupa o cargo mais importante da nação, de repente se mostram insensíveis às últimas e horripilantes revelações. Minhas últimas análises, inclusive, consideravam isso.

Na realidade, é possível (e até provável) que as pessoas mais pobres que vêm se sentindo um pouco mais aliviadas com o Auxílio Brasil estejam gratas ao capitão e, muito mais, esperam que ele cumpra a promessa de manter o benefício em 2023. Nosso povo é assim.

Além disso, o orçamento secreto tem sido usado eleitoralmente Brasil afora pelos aliados do inominável, como sabemos.

Não falta também o uso desmesurado da máquina pública sem nenhum pudor, como nunca vimos antes.

Alie-se a isso a incrível máquina de fake news tocada pelo filho 02 e seu gabinete do ódio, verdadeira locomotiva queimando carvão dia e noite.

Por tudo isso, minha tese atual é de que o Capitão Morte talvez até teria ultrapassado Lula nas pesquisas, caso os escândalos não tivessem aparecido.

Foram esses novos fatos, canibalismo e pedofilia, além do desrespeito à padroeira do Brasil ocorrido em Aparecida, que frearam o crescimento e puxaram o maior mentiroso do país para baixo, colocando-o em empate técnico com Lula. Os vídeos são impressionantemente asquerosos e, com certeza, causaram repugnância em nosso povo.

É preciso lembrar que o Datafolha ainda não mediu a repercussão do esplendoroso sucesso da entrevista de Lula ao Flowpodcast que conta, no momento em que escrevo, com incríveis 8,4 milhões de visualizações, praticamente, 4% da população brasileira.

E para não desanimar aos que anseiam por um bom futuro para o país, Lula está se preparando para o debate da Globo, o último e mais importante antes das eleições.

Se conseguir bater o Capitão Morte, venceremos no dia 30.

Enquanto o debate não chega, o TSE acaba de decidir por uma grande ofensiva nas redes, impedindo a propagação das mentiras.

Para isso, precisamos de esperança, garra e mobilização, seja nas redes, seja nas ruas.


domingo, 14 de agosto de 2022

Nada de MUITA calma nesta hora!

Por Fernando Castilho


Pintura de Stasys Eidrigevicius


Se não há motivos para alarde, pelo menos um sinalzinho amarelo deve estar soando no comando da campanha de Lula. Acredito que ela não deva ser negligente.


Fernando Brito, a quem tenho muito respeito como jornalista, escreveu em seu blog, Tijolaço, um artigo com o título, MUITA CALMA COM OS ALARMISTAS DA ELEIÇÃO.

Poderia concordar com ele, já que não devemos ficar desesperados com a, até agora, pequenina melhora de Bolsonaro nas pesquisas. Porém, não acho que o fato deva ser negligenciado pela campanha de Lula. Vejam que ele não pediu calma, que pode ter como sinônimo cautela, mas MUITA calma, o que é um exagero.

Brito chega a citar alguns fatores que contribuíram para esse respiro do Capitão, como a queda do preço da gasolina e, principalmente, a grana distribuída aos mais pobres de maneira inconsequente e ilegal às vésperas da eleição.

Mas são esses justamente os fatores que podem alavancar mais ainda a campanha do homem que desdenha da morte e que ocupa temporiamente a cadeira presidencial.

Podemos juntar a isso a ofensiva que a primeira-dama, Michelle tem feito para tentar recuperar a imagem de seu marido junto às mulheres, aqueles seres que ele desde sempre os dois consideram inferiores. E vem conseguindo, vamos combinar.

Além disso, a campanha do inominável avança muito entre os evangélicos. Essa população com tendências fundamentalistas é sua aliada ideal numa absurda guerra entre o bem, do qual ele diz ser o representante, e o mal.

Se não há motivos para alarde, pelo menos um sinalzinho amarelo deve estar soando no comando da campanha de Lula. Acredito que ela não deva ser negligente.

Faltam longuíssimos 50 dias até o pleito e os efeitos da ousadia do ser que ocupa a cadeira têm muito tempo para serem sentidos.

Essa postura de não se deixar se alarmar e de tratar tudo com MUITA calma, de certa forma, custou o impeachment de Dilma Rousseff, até porque ela própria confiou nas instituições, já que não havia cometido crime algum.

Quase que exatamente um ano antes da prisão de Lula, obtive a informação de que ele seria condenado e detido. A fonte, hoje membro do grupo Prerrogativas, que pediu à época para que não mencionasse seu nome, me garantiu que isso seria líquido e certo. Cheguei a duvidar, até porque não havia nenhuma prova de crime cometido pelo ex-presidente. Mesmo assim, a fonte me garantiu que a prisão ocorreria e mais, que a segunda instância também estava comprometida com o então juiz, Sérgio Moro.

Publiquei isso em meu blog e fui atacado por muita gente, simplesmente porque ninguém aceitava o “absurdo” da prisão de um ex-presidente inocente. E aconteceu.

Outra coisa que Brito escreveu diz respeito à crítica que André Janones fez aos termos técnicos e complicados de economês que a campanha de Lula utiliza e que o povo mais simples não consegue compreender. O articulista tem razão ao afirmar que o ex-presidente sabe como ninguém se comunicar com as pessoas, mas a coordenação precisa realmente se comunicar melhor. Quem anda fazendo isso é justamente o Capitão Morte.

Estamos em uma guerra entre a civilização e a barbárie e precisamos vencer.

Artigos que contribuem para que baixemos a guarda de nada nos servem agora.

Lula sabe disso e até colocou Alckmin de vice e vem construindo alianças por todo o país.

Ele sabe que não é permitido cochilar até a vitória.

É preciso pressão total e contínua até 2 de outubro e para isso, é necessário que se organizem cada vez mais atos, não só pela defesa da democracia, mas por aquele em que depositamos nossa confiança para recuperar a terra arrasada em que o Brasil se transformou.

Nada de MUITA calma.

 

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Lula. Vitória no primeiro turno?

Por Fernando Castilho




A nova pesquisa Datafolha crava Lula com 48%, o capitão com 27% e Ciro Gomes mantendo os seus 7%. O que isso significa?


Depois de dias muito ruins e tristes quando a polícia carioca chacinou 26 pessoas e a Polícia Rodoviária Federal exterminou um homem numa câmara de gás improvisada no porta-malas de uma viatura em Sergipe, enfim, uma notícia boa para todos que não veem a hora de uma guinada nesse inferno em que nosso país vem se tornando nestes tempos de Bolsonaro.

A nova pesquisa Datafolha crava Lula com 48%, o capitão com 27% e Ciro Gomes mantendo os seus 7%. Simone Tebet, a grande esperança de terceira via dos veículos de imprensa, não sai dos 2%. Os demais candidatos têm resultados pífios.

Com esses índices, por enquanto, Lula vence no primeiro turno sem precisar do coronel Ciro. Ainda bem.

Observando a pesquisa com mais racionalidade, é de se perguntar o motivo dessa súbita subida do ex-presidente e por que ela não se refletiu nas demais pesquisas que saíram no últimos dias. O dois únicos fatos novos foram o lançamento de sua pré-candidatura e seu casamento com direito à capa da revista Caras.

Outra possibilidade é a de manipulação de dados com a intenção de fazer a coordenação da campanha relaxar, embarcando no Já ganhou, mas isso seria apenas teoria da conspiração.

Analisando alguns detalhes, constatamos que Lula vence fácil entre os jovens de 16 a 24 anos (58 a 21%), entre as mulheres (49 a 23%), entre quem só tem o ensino fundamental (57 a 21%), entre quem tem renda familiar até dois salários mínimos (56 a 20%) e quem está desempregado (57 a 16%).

O petista tem procurado se comunicar com os jovens, talvez seguindo o conselho dado por Mano Brown em seu podcast.

Quanto às mulheres, todos sabemos que esse não é terreno fértil para o capitão que as odeia.

Analisando os índices dos que têm menos escolaridade, recebem menor salário e estão desempregados, percebemos que o eleitoreiro Auxílio Brasil de chabu. Falta emprego, comida, gás e gasolina. Não adianta o parvo presidente alegar em seu cercadinho que a culpa é da pandemia e da guerra da Ucrânia. Todos sabem que ele é responsável.

Esse dados serão muito importantes para a coordenação da campanha de Lula traçar as próximas estratégias.

Vale a pena agora se concentrar nos nichos onde ele não vence, como evangélicos, empresários e quem tem renda superior a 10 salários mínimos?

Na humilde opinião do blogueiro, a pesquisa pode servir para balizar, mas como em time que está ganhando não se mexe, acho que a estratégia deve continuar a mesma.

Lula não precisa falar ao mercado.

Não precisa ceder à vontade da imprensa que fala todo santo dia em privatizar.

Se falou que poderia rever a reforma trabalhista, o que convulsionou a imprensa, deve manter o mesmo discurso, se isso constar do programa de governo.

Lula só agora começará a viajar pelo país, ao contrário do adversário néscio que já está há meses viajando em campanha com o dinheiro público.

Ademais, quando o horário eleitoral chegar, todas as maldades cometidas pelo inominável serão relembradas para quem já se esqueceu.

Lula só não vence no primeiro turno se alguma arapuca estiver sendo preparada pela campanha do miliciano.

Mas vamos em frente, confiantes.

Sigamos sem medo de sermos felizes, pois se Lula de nó precisar, estaremos ao seu lado.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Brasileiro valoriza mais a religião do que ter carro ou filhos

Por Fernando Castilho



Rezar se tornou atividade mais frequente que ouvir música, assistir filmes ou séries ou trabalhar à distância! Isso significa que as igrejas podem ter crescido mais que streamings como Netflix


O que você mais valoriza na vida?

Esta foi a pergunta da pesquisa Datafolha em parceria com a startup imobiliária, quinto Andar.

A pergunta poderia ser confundida com os sonhos que o brasileiro tem.

Diferentemente das pesquisas comuns, esta atribuiu notas aos resultados obtidos. Desta forma, ter uma casa própria e uma profissão receberam a nota 9,7.

Num país onde faltam moradias, não é de surpreender que o brasileiro queira um lugar próprio para morar. Mas, e a profissão?

Sabemos que grande parte das pessoas, senão a maioria, trabalha com aquilo que originariamente não escolheu, mas as circunstâncias as obrigaram. Os recém-formados nas faculdades sabem muito bem o que é isso. Portanto, deve haver muita frustração, por isso, a nota 9,7.

Em seguida veio: ter estabilidade financeira – 9,6. Quem não gostaria? Vejam quanta gente se submete a concursos públicos hoje em dia;

Ter uma família – 9,4. Interessante que esse item vem em 4º lugar, enquanto ter filhos aparece em 9º e casar, em 10º lugar;

Ter plano de saúde – 9,2. Acho surpreendente que tanta gente dê importância a planos de saúde depois do escândalo da Prevent Senior e do golpe que a Amil está aplicando a seus segurados.

Além disso, planos de saúde submetem seus associados a uma espera de meses para procedimentos. Durante a pandemia muita gente descobriu o SUS e passou a se tratar por ele porque em muitos casos acaba sendo mais ágil;

Ter uma religião – 9,0. Surpreendente! Vem bem antes de ter filhos.

Durante a pandemia a eterna disputa entre ciência e religião foi espetacularmente vencida pela primeira. Foi a ciência que descobriu e mapeou geneticamente o coronavírus e, em tempo muito curto, produziu as vacinas para combatê-lo. Além disso, nos mostrou como podemos evitar o contágio através de distanciamento social e uso de álcool em gel e máscaras.

Pode ser que neste momento de desemprego e fome, os brasileiros sem perspectivas estejam se refugiando na religião que exerce o papel de manter as esperanças;

Depois vem, pela ordem, ter um negócio próprio – 8,8, ter um carro – 8,5, ter filhos – 7,9 e casar – 6,9. Este último, o menos valorizado.

A pesquisa avança para esmiuçar qualitativamente, principalmente a questão da casa própria, mas é interessante destacar  as atividades que o brasileiro passou a fazer com mais frequência em casa, durante a pandemia, em %. Neste casos é melhor reproduzir o gráfico do Datafolha.

Rezar se tornou atividade mais frequente que ouvir música, assistir filmes ou séries ou trabalhar à distância! Isso significa que as igrejas podem ter crescido mais que streamings como Netflix. Quando a pandemia acabar, as igrejas poderão lotar novamente e crescer ainda mais. Isso, mesmo depois que, repito, a ciência foi mais importante para a preservação da vida que a religião.

Não há como saber se essa  pesquisa refletiria mais ou menos o que ocorre no resto do mundo, mas, podemos dizer que o brasileiro é um povo que sempre surpreende e dá dor de cabeça a antropólogos e cientistas sociais que tentam estudá-lo.

Para acesso à pesquisa completa, clique em https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/02/brasileiro-valoriza-mais-casa-propria-do-que-filhos-religiao-e-estabilidade.shtml