Por Fernando Castilho
terça-feira, 21 de outubro de 2025
No Kings
segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Centrão: o grande camaleão da politica brasileira
Por Fernando Castilho
Nos últimos tempos, o Centrão, essa entidade política que
sempre sabe onde fica a cozinha, esteve confortavelmente abraçado à extrema
direita bolsonarista. A parceria, claro, não foi por afinidade ideológica, mas
por conveniência. Prova disso foram os mimos trocados, como a PEC da Blindagem,
uma tentativa quase poética de escapar das investigações sobre o destino das
emendas parlamentares. Afinal, ninguém quer acabar atrás das grades por falta
de zelo orçamentário.
Outro ponto de união foi a resistência à taxação dos
super-ricos. Nada mais natural: muitos dos parlamentares do Centrão fazem parte
desse seleto grupo e, como bons representantes (deles mesmos), defenderam com
unhas e dentes seus próprios bolsos.
Mas eis que o roteiro saiu do controle. O povo, elemento
imprevisível da democracia, resolveu sair às ruas contra os abusos. A
mobilização popular pegou os parlamentares de surpresa. Com as eleições se
aproximando, a má fama do Centrão começou a ameaçar a reeleição de seus
membros, que até então acreditavam que bastava distribuir emendas e selfies
para garantir votos.
A onda de protestos também deu um empurrãozinho nas
pesquisas para o presidente. Lula foi beneficiado por episódios dignos de
série. Eduardo Bolsonaro, ao agir contra os interesses nacionais, acabou
presenteando Lula com o papel de defensor da soberania. É preciso lembrar que,
uma vez iniciadas as campanhas eleitorais na TV, os vídeos em que Eduardo pede que
os Estados Unidos imponham sanções ao Brasil, joguem uma bomba atômica ou enviem
um porta-aviões para cá, serão enormemente explorados. Quem do Centrão, em
juízo perfeito, vai querer ter seu nome ligado a alguém tão tóxico ao país?
Além do tiro no pé que Eduardo deu, Donald Trump, num giro
inesperado, buscou diálogo com Lula para tentar consertar os estragos do
tarifaço. Sim, até Trump percebeu que talvez seja melhor conversar com quem
manda de verdade e não com dois patetas.
Outro dado importante é o destino de Jair Bolsonaro. Preso,
ele iniciará uma nova trajetória rumo ao... ostracismo. Rei morto, rei posto.
Adeus.
Enquanto o cenário se inverte, dois ministros de Lula, mesmo
sob ameaças de expulsão partidária, ignoraram os caciques e permaneceram no
governo. Um gesto raro de convicção política, ou talvez apenas de cálculo mais
refinado.
Diante desse novo cenário, o Centrão, sempre com o dedo no
vento, começa a recalibrar sua bússola. Alguns membros já se aproximam do
governo, conscientes de que dividir o palanque com Lula, favorito em todos os
cenários eleitorais, e não com um possível Tarcísio ou Ratinho Jr., pode render
bons frutos. Afinal, quem quer ficar do lado que só oferece desgaste e memes
ruins?
A debandada tem uma consequência direta: o isolamento dos
bolsonaristas, agora desmascarados por seu apoio explícito aos bilionários, às
casas de apostas e aos bancos. Nada como defender esse povo... rico. E há
vídeos mais que suficientes de Sóstenes e outros, que serão explorados durante
a campanha.
A aproximação do Centrão com Lula pode redesenhar
completamente o jogo político. Governadores e prefeitos ligados ao grupo já
ensaiam passos rumo ao governo federal, em busca de apoio, recursos e, claro,
emendas. A dança das cadeiras começou, e os palanques bolsonaristas em
estados-chave correm o risco de ficarem vazios ou, pior, com plateia hostil.
No Nordeste, onde Lula nada de braçada, a migração
partidária deve ser ainda mais intensa. Não será surpresa se deputados e
senadores trocarem de sigla como quem troca de gravata, buscando abrigo em
partidos mais alinhados ao governo, como PSB, MDB ou até o próprio PT. Afinal,
a coerência para eles é ditada pelo momento.
Essa disputa por espaço no campo governista pode gerar
tensões internas. Partidos que sempre estiveram com Lula vão exigir
contrapartidas: mais ministérios, mais apoio, mais tudo. E o bolsonarismo? Deve
se restringir aos núcleos ideológicos mais radicais, com menos capilaridade
eleitoral e orçamento digno de vaquinha online.
Com o Centrão recalculando sua rota, a dinâmica legislativa
também muda. Lula pode conquistar uma base mais ampla e estável, suficiente
para aprovar projetos estratégicos, especialmente nas áreas de economia,
justiça tributária e reformas sociais e ambientais. O isolamento dos
bolsonaristas, por sua vez, tende a reduzir a obstrução nas votações. O
plenário, palco de gritaria e memes, pode finalmente virar espaço de debate (ou
pelo menos de silêncio constrangedor). A negociação com o Centrão, embora pragmática
e baseada em cargos e verbas, pode garantir avanços em pautas populares.
Afinal, até o fisiologismo tem seu lado útil.
O Centrão, como sempre, não decepciona. Atento à direção dos
ventos, recalculou sua rota com a precisão de um GPS político. A combinação
entre pressão popular, desgaste bolsonarista e ascensão de Lula criou um novo
campo gravitacional no Congresso. E como bons satélites da sobrevivência
eleitoral, os parlamentares estão sendo atraídos para o lado do governo.
Se isso vai redefinir os rumos do país? Provavelmente. Se
vai ser por convicção? Pouco provável. Mas no Brasil, até a conveniência pode
ser revolucionária, desde que venha com cargo, verba e uma boa foto no
palanque.
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Lula, o Dom Juan da política brasileira
Depois
que ouvi Lula falar na então Rádio Bandeirantes, no programa O Trabuco
do saudoso Vicente Leporace, acho que ainda nos anos 70, senti uma inquietação:
quem era esse líder metalúrgico que ousava desafiar a ditadura em nome dos
direitos de sua categoria? A curiosidade me levou à histórica assembleia no
Estádio de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo. E ali, no meio da massa
operária, comecei a entender que aquele homem não era só barulho, mas também
pura estratégia.
Mais
tarde, estive por duas vezes em reuniões na casa emprestada pelo advogado
Roberto Teixeira a Lula, no bairro de Ferrazópolis. Ainda estudante, me vi
hipnotizado ao ouvi-lo falar sobre economia com uma lógica tão simples e
intuitiva que faria muito doutor engasgar com a própria tese.
O
tempo passou, e Lula foi colecionando aliados como quem coleciona figurinhas
raras. Seu poder de sedução política é digno de estudo, ou de uma tese de
doutorado com direito a banca rendida.
Por
mais improvável que parecesse, lá estava ele como presidente, trocando
confidências com George W. Bush e recebendo elogios rasgados de Barack Obama,
que não economizou: “Esse é o cara!” Pois é. O cara.
Com
Emmanuel Macron, presidente da França e da ala direita, não foi diferente.
Foram filmados de mãos dadas na Floresta Amazônica, em Belém, como dois
adolescentes em passeio escolar. Faltou só o piquenique e a trilha sonora.
O
senador Ciro Nogueira, bolsonarista de carteirinha, chegou a declarar: “Ele é
capaz de me seduzir em 15 minutos. É macio e jeitoso.” Um elogio que até hoje
causa urticária na ala mais radical do Congresso.
Em
2022, Lula fez o impossível parecer trivial. Bastaram algumas conversas para
transformar Geraldo Alckmin, aquele mesmo, seu adversário em outras épocas, em
seu vice. A conciliação, afinal, é uma das marcas registradas do Barba. E ele
assina com estilo.
E
quem não lembra da prisão em Curitiba? Lula, enclausurado na sede da Polícia
Federal, acabou conquistando justamente o carcereiro. Horas e horas de conversa
e, no fim, mais um fã. Se tivesse mais tempo, talvez saíssem de lá com um
podcast.
A
mais recente conquista do Dom Juan da política parece ser ninguém menos que o
presidente norte-americano Donald Trump. Em uma conversa telefônica de 30
minutos, Trump saiu encantado: “Gostei da ligação. Nossos países vão se sair
muito bem juntos!” Prometeu mais encontros, tanto no Brasil quanto nos Estados
Unidos. Se isso não é charme, o que é então?
Nas
entrevistas, seja com a imprensa progressista ou com os grandes veículos da
mídia corporativa, o resultado é sempre o mesmo: entrevistadores saem
satisfeitos, convencidos, quase convertidos. Lembro bem da entrevista com
Reinaldo Azevedo durante a campanha de 2022. Justamente o cara que cunhou a
expressão “petralha”. Tio Rei saiu de lá praticamente com uma estrela no peito.
Mas
afinal, qual é o segredo desse poder de agregar?
Digo
que é a verdade. A sinceridade no olhar. E uma biografia marcada pela coerência
ou, no mínimo, pela habilidade de parecer coerente em qualquer cenário.
O
poder do diálogo com Lula é tão surpreendente que os bolsonaristas evitam
qualquer conversa com ele. E fazem bem. Porque se conversarem... é capaz que se
apaixonem.
Pode
ser até que Trump o traia. Afinal, isso não se descarta em nenhuma relação.
Mas, por enquanto, parece que a coisa vai às mil maravilhas.
quarta-feira, 7 de agosto de 2024
Teria o Partido Democrata contratado um pistoleiro?
Por Fernando Castilho
Imagem:
(REUTERS/Brendan McDermid
Se o plano de assassinar Trump realmente existiu, a pergunta a ser feita a seguir é: afinal, quem teria interesse em afastar o ex-presidente da corrida?
Donald Trump levou mesmo um tiro na orelha, ou foi tudo uma
armação para que ele, a exemplo de Jair Bolsonaro, subisse nas pesquisas devido
à comoção do povo estadunidense?
Essa foi a pergunta que mita gente fez, inclusive grande
parte da esquerda brasileira que vê em Kamala Harris como um contraponto ao
crescente fascismo no mundo.
O expert em geopolítica mundial, Pepe Escobar revelou que as
investigações estão concluindo (embora isso ainda não seja oficial e nem
sabemos se vai ser) que havia mais de um atirador naquele dia, já que balas
diferentes teriam sido encontradas no local. 
Então, se essa informação for verdadeira (e Pepe costuma ter
fontes no mundo inteiro), podemos afastar a possibilidade de simulação do atentado.
E isso é muito mais preocupante.
Se o plano de assassinar Trump realmente existiu, a pergunta
a ser feita a seguir é: afinal, quem teria interesse em afastar o ex-presidente
da corrida?
A resposta mais imediata é: o Partido Democrata. E não vai
aqui nenhuma afirmação, mas sim, uma constatação do que parece mais lógico.
Joe Biden estava indo mal nas pesquisas e, além disso, após
o debate com Trump em junho, em que demonstrou problemas de cognição, a
tendência era perder ainda mais pontos para seu adversário.
Com Trump fora da disputa, os democratas poderiam ter
caminho livre para a reeleição de Biden. Mas o atentado falhou. Por pouco.
Após isso, todo mundo sabe, Biden foi afastado da corrida e
Kamala assumiu em seu lugar.
Não se sabe se as investigações prosseguirão e se chegarão a
uma conclusão, já que, à esta altura, um escândalo com tal envergadura
explodiria a campanha de Kamala, esteja ela envolvida ou não.
Se o FBI parar de investigar, podemos ter a impressão de que
a administração Biden deu um basta, o que é difícil de acontecer nos EUA porque
o órgão é independente.
Restaria aos republicanos realizarem eles próprios uma
investigação. Lembremos que Trump tem ainda bastante influencia em setores das
instituições americanas.
De qualquer forma, caso haja a assinatura dos democratas
nesse possível atentado, mesmo que o caso seja abafado, transparecerá ao mundo
todo a decadência moral que o império sofre. E que tende cada vez mais a
crescer.
Trump é pior que Kamala, sabemos disso. Porém, vamos deixar
de incensá-la como se ela fosse muito melhor que ele. Nenhum dos dois presta.
Para você, sua família é única. Mas ela tem origem! Ela tem uma história de luta pela sobrevivência! E ela venceu!
Mas seus filhos, netos e bisnetos conhecerão essa história?
Contrate um profissional para transformar essa história em um livro para que as gerações vindouras de sua família a conheçam.
Uma bela história merece ser documentada!
quarta-feira, 5 de julho de 2023
Lula afirmou que a democracia é um conceito relativo. E agora?
Por Fernando Castilho
| Reuters News Brasil | 
Afinal, Lula acertou ou errou ao afirmar que a democracia é um conceito relativo?
A pergunta que se faz é: a democracia é relativa ou absoluta?
Lula
continua a causar frisson, não só na grande imprensa, mas também em algumas
mídias progressistas. A declaração desta vez foi que a democracia é um conceito
relativo. Por isso, é oportuno verificar se ele acertou ou falou bobagem como
querem certos jornalistas.
Democracia é uma forma de governo criada na Grécia Antiga em que os cidadãos, e somente os cidadãos, podiam se reunir na Ágora, uma espécie de praça pública, para discutir seus problemas e deliberar sobre decisões que impactavam a vida de todos.
Para
ser considerado cidadão apto a votar na Ágora, era preciso que a pessoa não
fosse escrava (a maioria dos gregos era constituída de escravos), não fosse
estrangeira, mulher ou criança. Por isso, somente cerca de 10% da população de
Atenas podia votar pelo destino dos demais.
A
isso se chamava democracia direta, ou seja, todo e qualquer problema da
comunidade era discutido e votado diretamente sem representantes eleitos do
povo.
Seria
essa uma democracia absoluta ou relativa?
Voltando
para nosso tempo, não vou afirmar que a forma de democracia praticada na
Venezuela é absoluta porque seria leviano dizer qualquer coisa sobre um país que
vem sendo há anos sufocado por um embargo econômico e que obriga seu governante
a tomar decisões fortes para manter sua soberania. Prefiro analisar se os
Estados Unidos, considerados a maior democracia do mundo, são mesmo um país
absolutamente democrático. 
Primeiro,
para ser democrático, um país deve atender a alguns requisitos básicos que
seriam os princípios básicos da democracia:
1
- Soberania popular: O poder emana do povo, e as decisões políticas são tomadas
em seu nome e para o seu benefício.
As
eleições norte-americanas, em que a contagem dos votos segue um sistema
complexo e de difícil compreensão, podem ser realmente consideradas justas e
representativas da vontade popular? Por que alguns estados têm mais peso que
outros?
2
- Igualdade: Todos os cidadãos têm direitos e oportunidades iguais para
participar e influenciar as decisões políticas.
Os
EUA ostentam hoje o título de um dos países mais desiguais do planeta,
justamente por seu sistema capitalista. É notório e visível o número de moradores
de rua sem direito à saúde, educação, alimentação e habitação.
3
- Liberdade de expressão: As pessoas têm o direito de expressar suas opiniões e
ideias livremente, sem medo de retaliação, desde que não desrespeite outras
leis.
Há pelo
menos dois exemplos gritantes de desrespeito à liberdade de expressão. Um deles
é Edward Snowden, acusado de espionagem por vazar informações sigilosas de
segurança dos Estados Unidos e revelar em detalhes alguns dos programas de
vigilância que o país usa para espionar a população americana. Snowden denunciou
um crime do governo contra o próprio povo de seu país. O outro é Julian Assange,
fundador do site WikiLeaks, que ganhou atenção internacional em 2010
quando publicou uma série de documentos sigilosos do governo
norte-americano, revelando como eram tramadas as guerras mundo afora.
4
- Estado de Direito: O governo é limitado pelas leis e todos, incluindo os
governantes, estão sujeitos às mesmas leis.
Donald
Trump, assim como Jair Bolsonaro, desrespeitou uma série de leis, incitou um
golpe de estado e continua livre. Além disso, há um grande número de pessoas,
com culpa formada ou não, confinadas numa prisão do governo norte-americano em
Guantânamo sem direito a advogados, defesa e a um processo legal.
5
- Eleições livres e justas: Os cidadãos têm o direito de escolher seus
representantes em eleições regulares, transparentes e sem coerção.
6
- Respeito às minorias: A democracia protege os direitos das minorias e evita
que a maioria oprima os grupos das minorias.
Frequentemente
surgem notícias de prisões arbitrárias e assassinatos de negros por parte de
forças policiais.
Pode
ser considerado um país absolutamente democrático aquele que impede que o povo
mais pobre tenha acesso à saúde gratuita?
7
- Responsabilidade e prestação de contas: Os governantes são responsáveis
perante o povo e devem prestar contas de suas ações.
São
notórias as atividades secretas da CIA, da NSA e do FBI sem que nem mesmo o
Congresso norte-americano tenha acesso a elas.
Portanto,
a democracia dos EUA pode ser considerada absoluta?
A
questão de a democracia ser relativa ou absoluta não deveria ser criticada
pelos grandes jornais, uma vez que não há consenso, sendo objeto de debate
entre teóricos, políticos e filósofos. A resposta não é simples como jornalistas
querem fazer crer, pois envolve diferentes perspectivas e abordagens.
Alguns,
como Lula, argumentam que a democracia é relativa, ou seja, seu conceito e
prática podem variar de acordo com as culturas, tradições e contextos
específicos de cada sociedade. O que pode ser considerado democrático em um
país pode não ser visto da mesma forma em outro. A China, por exemplo, se
considera um país democrático. Além disso, os sistemas democráticos podem
evoluir e se adaptar às mudanças sociais e políticas ao longo do tempo. 
Por
outro lado, há quem defenda que a democracia é absoluta, ou seja, existe uma
forma ideal e universal de democracia que deve ser seguida por todas as nações.
Nessa visão, os princípios democráticos básicos, como a proteção dos direitos
humanos, a participação popular e a governança transparente, são garantidos a
todos os lugares, independentemente de suas particularidades culturais. Como
vimos, os EUA não se incluem entre os que praticam a democracia absoluta.
É
preciso, porém, lembrar que, do ponto de vista filosófico, sociológico e científico,
absolutamente nada pode ser considerado absoluto. Tudo é relativo.
Uma
abordagem sugere que, embora existam princípios fundamentais que são essenciais
para a democracia, como a proteção dos direitos individuais e a soberania
popular, a maneira como esses princípios são implementados pode variar de
acordo com a cultura e a história de cada país. Isso significa que há uma base
de valores e normas que são comuns a todas as democracias, mas a forma concreta
de aplicação desses valores pode ser adaptada para atender às necessidades e
características específicas de cada sociedade.
Em
meio à dificuldade que a grande imprensa tem de pontuar favoravelmente os
feitos de um governo que só tem seis meses, como a retomada de importantes
programas sociais, a aprovação do arcabouço fiscal, a queda da inflação, a
projeção do aumento do PIB, a ascensão da bolsa, a queda do dólar, o aumento da
nota do Brasil pela S&P e a recuperação da imagem do país lá fora com a consequente
retomada de investimentos externos, jornalistas colocam o tempo todo uma lupa sobre
as falas de Lula para tentar detectar uma mínima falha, mesmo que ele esteja
fazendo uma afirmação correta.
São
míopes, pois enxergam muito bem de perto, mas não conseguem visualizar o
horizonte.
E você, leitor, o que acha? Lula acertou ou errou?