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sábado, 11 de outubro de 2025

O grão-vizir e o ex-sultão manipulável – uma fábula da verdade

Por Fernando Castilho




A Polícia Federal, em um raro momento de dramaturgia institucional, revelou o áudio de uma conversa nada republicana entre o empresário da fé, Silas Malafaia, e o ex-presidente que muitos já chamam de Deve Jair Preso. O conteúdo, digno de um conto oriental, evoca imediatamente a fábula de O Rei Yunan e o Médico Ruyán — onde a gratidão é vencida pela intriga, e a razão, pela manipulação.

Yunan Bolsonaro, ex-sultão de uma terra outrora próspera, sofre de uma doença incurável – talvez erisipela, talvez ego inflamado. Os generais-médicos do reino, com suas fardas engomadas e diagnósticos patrióticos, são convocados para resolver o problema. Fracassam, claro.

Surge então Duduh Também Deve Ser Preso, o filho estrangeiro, que propõe uma cura sem bisturis nem poções – apenas conversas ao pé de ouvido com o rei maior para tentar que ele intervenha. O ex-sultão, isolado em seu palácio, aguarda ansioso uma solução. Ela não vem.

Mas eis que o grão-vizir, tomado pela inveja e pelo instinto de sobrevivência política, sussurra ao ex-sultão:

— Majestade, quem cura com facilidade também pode matar com facilidade. E se ele estiver tramando algo contra ti?

O ex-sultão, antes grato, agora é paranoico. E como toda fábula que se preze, a ingratidão vence: o filho estrangeiro é chamado de imaturo. Este, inconformado com a traição, manda um recado para o pai, digno de um trovador moderno:

— VAI TOMAR NO CU, SEU INGRATO DO CARALHO!

O grão-vizir Silas Mau Lafaia, então, em várias conversas, resolve conduzir Deve Jair Preso como quem leva um camelo teimoso pelo deserto: com firmeza, paciência e um chicote verbal disfarçado de elogio. Chama-o de “homem muito inteligente” — um elogio tão deslocado que nem o destinatário parece entender.

Deve Jair Preso, fiel à fama de manipulável, obedece a uma ordem de Silas Mau-Lafaia: Dá bronca no filho Duduh. Depois, perdoa. Porque o grão-vizir manda. Mau-Lafaia também ordena que o ex-sultão negue qualquer intenção de aumentar tarifas contra seu país. Ele escreve um texto, mas o grão-vizir ordena que ele grave um vídeo. É um ex-sultão sem vontade própria – governado por seu grão-vizir.

Os áudios sugerem que Malafaia talvez seja a mente por trás da tentativa de golpe. E o ministro Alexandre de Moraes, com a elegância de um gato brincando com o rato antes do bote, deixa o grão-vizir da fé à vontade para esbravejar. Cada palavra dita é uma corda a mais no laço que se aperta.

Se a fábula seguir seu curso, veremos o empresário da fé – outrora intocável – conhecer o lado menos celestial da justiça. E quando isso acontecer, não será apenas um desfecho jurídico. Será uma catarse narrativa.

Aleluia.

Já chega! Já basta!

Por Fernando Castilho



Outro dia escrevi um artigo em que dizia que Hugo Motta e Davi Alcolumbre eram pusilânimes paspalhos — bordão que o covarde Dr. Smith, da série Perdidos no Espaço, usava para se referir ao Robô.

Alcolumbre, com algum esforço e alguma articulação, conseguiu se livrar da alcunha.

Já Motta… só fez por merecê-la ainda mais.

Na cerimônia de lançamento do programa Brasil Soberano, no Palácio do Planalto, Lula anunciou R$ 30 bilhões em crédito para empresas brasileiras atingidas pelo tarifaço de 50% imposto por Donald Trump.

O pacote inclui linhas de crédito com juros baixos, compras governamentais e incentivos fiscais — tudo para segurar a economia enquanto o problema não se resolve. Ou seja, Um montante de recursos que poderia ser aplicado em saúde, educação ou outros programas sociais. Debite-se isso na conta de Bananinha.

Hugo Motta estava lá.

Presente, sim.

Mas discreto.

Quase tímido.

Talvez pela sua já célebre pusilanimidade paspalha.

Enquanto isso, no mesmo dia, Eduardo Bolsonaro — deputado que ainda recebe salários pagos por nós (!) — estava em Washington, pedindo sanções contra o Brasil.

Sim, contra o próprio país! Contra seu próprio povo!

Em vídeo, declarou que estava disposto a “sacrificar tudo e queimar toda a floresta” para salvar seu pai golpista.

A floresta, diga-se, somos nós.

E Hugo Motta?

Do alto — ou do baixo — de sua covardia institucional, nada fez.

Não moveu um dedo pela cassação do traidor da Pátria.

Nem uma vírgula.

Um pedido formal de cassação foi protocolado por ex-reitores e professores universitários.

Foi endereçado a ele.

Mas até agora, silêncio.

Mesmo que o Conselho de Ética não aprove a cassação, ele deveria ao menos tentar.

É seu dever.

Ou deveria ser.

Se a comissão não aprova, escancara-se que ela apoia traidores.

Se Motta teme sanções contra si, vindas dos Estados Unidos — como Dudu Bananinha prometeu — então, sim.

Faz jus à alcunha de pusilânime paspalho, ou melhor, de paspalhão covarde.