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segunda-feira, 12 de agosto de 2024

BOMBA! Americanos são medalhistas graças a asma

Por Fernando Castilho




Caso o atleta estadunidense não passe pelo antidoping, basta apresentar um atestado médico!


Habituamo-nos nesta época, de 4 em 4 anos a nos irmanarmos no espírito olímpico, aquele que procura nos elevar a um alto grau de civilidade para a superação de nossas diferenças, buscando cada vez mais o ideal do homo sapiens cada vez mais evoluído.

Assistimos aquelas belíssimas cerimônias de abertura, limpas, organizadas, sorridentes, mas elas são apenas máscaras de beleza que escondem rostos muito feios.

Sempre haverá uma oportunidade para que revelemos de fato o que nós somos, seres mesquinhos, egoístas, aproveitadores da ingenuidade alheia e fadados a um destino muito cruel.

Sim, meus amigos, as olimpíadas são uma fraude. E há muito tempo.

Quem colocou a água no meu chope (como costuma dizer um grande amigo meu) foi o youtuber Felipe Durante em seu vídeo “PERIGO AMARELO”. Durante vive na China há muitos anos e produz vídeos escancarando a China aos olhos preconceituosos e hostis do Ocidente.

No vídeo, Durante comenta inicialmente sobre a fala preconceituosa que o técnico australiano de natação, Brett Hawke, fez após seu pupilo, Kyle Chalmers, ter sido derrotado pelo chinês Pan Zhanle. Hawke considerou impossível um chinês conseguir o 1.º lugar. "Estou bravo com a natação. Meus amigos são os nadadores mais rápidos do mundo, eu estudei eles por 30 anos, eu sou um expert. É humanamente impossível conseguir isso com um corpo de distância nesta prova", alegou Hawke.

Em seguida, Durante afirma que a maioria dos atletas de natação dos EUA é, vejam só, portadora de asma e que, por isso, são chamados de Team Asma.

Achando inicialmente ser apenas sensacionalismo, decidi pesquisar. Acabei verificando que a afirmação é verdadeira. Boa parte dos nadadores e das nadadoras dos EUA é portadora de asma.

Michael Phelps, ganhador de 28 medalhas olímpicas, sendo 23 de ouro, também tem asma.

A nadadora chinesa, Zhang Yufei, questionou: "Por que os atletas chineses são questionados sobre seus resultados, enquanto ninguém duvidou do Michael Phelps quando ele ganhou diversas medalhas de ouros?"

Grande parte dos velocistas dos EUA também apresentam o mal.

Mas, o que é asma?

A asma é uma condição crônica que afeta as vias respiratórias dos pulmões, causando dificuldade para respirar. Portanto, atletas portadores de asma têm grande dificuldade em provas como natação e corrida porque suas vias respiratórias ficam inflamadas e estreitadas.

A lógica nos faz questionar se os atletas que têm asma possuem vantagem contra os demais. Mas não é isso que acontece.

E vejam o que uma simples pesquisa no Google revelou: alguns medicamentos usados para tratar a asma podem conter substâncias que são monitoradas em exames antidoping. Por exemplo, certos corticosteroides e broncodilatadores têm o potencial de ser detectados em testes. No entanto, muitos desses medicamentos podem ser usados com segurança por atletas, desde que sejam prescritos por um médico e que o atleta tenha a autorização adequada da Agência Mundial Antidoping (WADA).

Algumas das substâncias mais comuns encontradas nesses medicamentos que são proibidas ou regulamentadas incluem:

  1. Beta-2 agonistas: São usadas em inaladores para tratar os sintomas da asma, ajudando a relaxar os músculos ao redor das vias aéreas. Exemplos incluem:
    • Salbutamol (Albuterol): Permitido em quantidades limitadas. A concentração urinária não pode exceder 1000 ng/mL.
    • Salmeterol: Permitido por inalação dentro de uma dose diária máxima específica.
    • Formoterol: Também permitido por inalação, mas com uma dose diária máxima.
  2. Corticosteroides: Utilizados em inaladores ou sprays nasais para reduzir a inflamação nas vias aéreas. Corticosteroides inalados geralmente não são proibidos, mas corticosteroides sistêmicos (administrados por via oral, intravenosa ou intramuscular) são proibidos sem uma TUE.
  3. Terbutalina: Outro beta-2 agonista que é proibido, a menos que o atleta tenha uma TUE.

Algumas das substâncias usadas para tratar a asma, especialmente os beta-2 agonistas e os corticosteroides, têm potencial para melhorar o desempenho atlético, o que explica por que são regulamentadas em esportes como natação e corridas.

Beta-2 Agonistas:

  • Efeito nos músculos respiratórios: Beta-2 agonistas como salbutamol, salmeterol e formoterol relaxam os músculos ao redor das vias aéreas, facilitando a respiração e aumentando a capacidade pulmonar. Isso pode ser particularmente benéfico em esportes de resistência, como natação e corridas, onde a eficiência respiratória é crucial.
  • Efeito nos músculos esqueléticos: Há estudos que sugerem que beta-2 agonistas também podem ter um efeito anabólico em doses elevadas, aumentando a força muscular e a recuperação, o que poderia beneficiar atletas em provas de velocidade e força, além de resistência.

Corticosteroides:

  • Redução da inflamação: Corticosteroides reduzem a inflamação das vias aéreas, melhorando a eficiência respiratória. Em atletas com asma, isso pode permitir uma melhor performance durante o exercício.
  • Efeito no sistema imunológico: Corticosteroides também podem diminuir o risco de doenças respiratórias, que poderiam prejudicar o desempenho. Em doses sistêmicas, podem ajudar na recuperação muscular e reduzir a fadiga, o que pode beneficiar o desempenho geral.

Embora o principal objetivo desses medicamentos seja o tratamento de condições médicas, seu uso pode conferir uma vantagem competitiva, especialmente em esportes que exigem alta resistência ou capacidade aeróbica.

Os atletas que usam medicamentos para asma têm que verificar se os componentes estão na lista de substâncias proibidas e, se necessário, solicitar uma isenção para uso terapêutico (TUE). Isso garante que eles possam competir sem preocupações relacionadas a doping.

Ou seja, caso o atleta não passe pelo antidoping, basta apresentar um atestado médico!

O interessante é que praticamente só os que disputam provas de velocidade como a natação, corrida ou de força são asmáticos. Aqueles que competem em provas em que se requer habilidade e precisão, como tiro, tênis de mesa ou ginástica, não possuem asma (uma exceção é Simone Biles, asmática).

O nadador chinês não é asmático, mas ao contrário dos norte-americanos que fizeram apenas um teste antidoping por dia, Pan Zhanle teve que fazer sete testes por dia! Chegaram a acordá-lo às 5 horas da madrugada para um teste!

Pan, talvez ingenuamente, reclamou em um vídeo que está viralizando, que o australiano se recusou a cumprimentá-lo após a derrota, comprovando a xenofobia presente em competições olímpicas.

Mas, Kyle Chalmers, dirão, é australiano e não estadunidense. Sim, mas é asmático também.

É importante lembrar também que a Rússia foi proibida de disputar os jogos em 2020 e 2022 sob acusações de doping e agora, novamente em 2024.

Durante décadas assistimos aos jogos olímpicos e ficamos admirados com a velocidade, a habilidade, a capacidade física e também a graça, o espírito olímpico e o fair play (principalmente na reverência que Simone Biles e Jordan Chiles prestaram a Rebeca Andrade). Porém, há algo de muito ruim escondido nesses jogos.

Os EUA, certamente, há décadas levam medalhas para casa de maneira fraudulenta. E todo o mundo do esporte sabe disso, mas não reclama.

Por que o técnico australiano considerou a vitória de Pan Zhanle impossível?

Ora, ele não tem asma. Não toma os medicamentos. Não tem um atestado para livrá-lo do exame antidoping.

Além do técnico australiano, a mídia hegemônica está fazendo grande alarde em cima da vitória do chinês. Os Estados Unidos ameaçam punir a WADA com a retirada de sua contribuição em dinheiro, uma das maiores do mundo.

Assim, não resistindo às pressões, a WADA deverá continuar a fazer vistas grossas sobre esse escândalo, os países competidores, que não por acaso, na sua maioria são aliados dos EUA e membros da OTAN, continuarão a enganar seus atletas com a ilusão de que eles têm chances iguais de ganhar medalhas e os atletas de países não alinhados, como os chineses, continuarão a sofrer discriminação e tratamento desigual nas competições de natação e corrida.